Cruzei-me agora mesmo na praia (Vau) com Mário Soares, como eu muitos reconheceram aquele que para muitos, mas não para mim, é o pai da nossa democracia.
Soares foi simpático, respondia com serenidade à saudação (bons dias) que lhe dirigiam e seguiu, como muitos outros veraneantes, a sua caminhada pelo areal.
Aqui, pareceu-me um velho normalíssimo, diria antes um homem idoso, passeando como todos os outros e outras, ainda que a sua pose de animal político, observador digo, lhe incuta uma certa pose de estadista. Confesso, e este blog é disso testemunho, que Soares não faz parte, politicamente falando, do meu círculo de afectos. Não faz por culpa dele, eu considero-me socialista, enquanto isso ele meteu o socialismo na gaveta e embora com algumas criticas, é um apoiante do pior primeiro-ministro oriundo do espaço político que denominamos por esquerda, que este país já teve, Sócrates de seu nome. Porem, confesso que gostei de me cruzar com ele, de o olhar e apesar de ver nele o homem que se aliou à direita para travar o PREC, de não lhe desculpar o ódio de estimação que agora cultiva por Manuel Alegre, ainda perscrutei o resistente que de quando em vez ergue a sua voz para condenar o neo-liberalismo que grassa por esta Europa que nos impõem…
Mas tem mais, sabendo que o Sr Aníbal é algarvio, nada me deixaria mais indisposto, que a eventualidade de me cruzar com ele.
Soares… enfim, do mal… o menos
Soares… enfim, do mal… o menos
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