terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novembro de má memória

Novembro é para mim, em definitivo um mês de má memória. Não bastava a “destruição do sonho” cuja efeméride foi lembrada na passada Quinta-Feira (25 de Novembro), outra me apoquenta hoje a alma, trata-se da minha saída da Cooperativa do Vidigal no Entroncamento finais de Novembro de 1977.
A quinta do Vidigal fazia parte da Cooperativa Agrícola de Argea.
Ocupada no PREC, claudicou como outras após a saída de Lopes Cardoso do Ministério da Agricultura. Ministério que veio mais tarde a cair nas mãos do sociólogo António Barreto, o coveiro da nossa experiência cooperativista no ramo da agricultura.
Na cooperativa vivi umas das mais extraordinárias experiências que o 25 de Abril me proporcionou, nomeadamente a vida em comunidade. Uma comunidade onde pontificavam militantes das mais diversas correntes de esquerda, sobretudo da esquerda revolucionária, nacional e internacional. Na cooperativa coabitavam cooperantes das mais diversas nacionalidades, de alemães ocidentais a belgas, de franceses a espanhóis e portugueses evidentemente, todos irmanados no espírito de que algo estava a mudar, de que “a liberdade está a passar por aqui”.
Não que não tivéssemos divergências… Claro que as tínhamos! Umas de carácter ideológico [Havia quem abraçasse a causa do comunismo, do socialismo… outros eram militantes, maoistas, outros anarquistas e alguns independentes. Havia também quem fosse ateu, outros crentes, católico ou de outro credo, tínhamos connosco um ex-padre católico, sei lá… éramos o que éramos, sem que ninguém perguntasse porque o éramos!] e outras por antagonismos de carácter ou de personalidade. Nada porem que nos impedisse de aprofundar a experiência comunitária bem como a exploração da terra e do lagar.
As razões porque saí do projecto não vêm a propósito – talvez um dia reflicta seriamente sobre elas – o que importa é que saí e que pouco tempo depois, a terra foi devolvida aos “donos”.
“Donos” que a abandonaram, que a devolveram ao pousio permanente, como já antes  tinham votado a terra, os pomares e o olival.
Até o lagar, que foi totalmente recuperado e reactivado por nós, foi abandonado em nome da sacra propriedade e do santo proprietário.
Tudo caiu no abandono, porque a terra não é de quem a trabalha.
As fotos que se seguem – fotos de 2007 – são bem o espelho deste sonho destruído…













Eis o que resta...

Velho do Restelo, apolitico!

Mas um velho d’aspeito venerado,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, memeando
Três vezes a cabeça descontente
A voz pesada um pouco alevantado,
(…)
Os Lusíadas, Canto IV, 94

Medina Carreira cansa! É um tipo chato, pessimista e portador de um discurso populista e altamente reaccionário.
Ele que foi Ministro da Finanças, porventura um dos mais altos patamares da política, ou dos profissionais da política, pragueja contra a política e os políticos. Como se ele em cada palavra e em cada gesto não fizesse ou não fosse politico..
O homem diz-se apolítico fazendo política!
E, quando alguém lhe aponta o dedo, indigna-se, como se fosse a encarnação da virgem.
Não à pachorra para aturar mais Henrique Medina Carreira, mas a TV insiste em dar-lhe tempo de antena. Não chegava o Mário Crespo, sempre venerado e agradecido, volta não volta trazê-lo ao seu programa, era preciso também Fátima Campos Ferreira [Uma senhora que acha que os trabalhadores da PT são muito bem pagos! Logo ela que arrecada uma pipa de massa por cada Prós & Prós.] dar-lhe a oportunidade de mais uma vez vir vociferar a sua cólera contra a política.
Ontem, no programa de Fátima Campos Ferreira, Medina Carreira insistiu na tecla de sempre, e quando lhe foi observado, por Daniel Oliveira, que dos presentes ele era o único a já ter exercido o cargo de ministro, indignou-se.
Mas tem mais, Medina sempre tão douto nas opiniões, foi incapaz de apresentar uma ideia concreta, para além de que fossemos aprender com os concorrentes das nossas empresas. Fátima Campos Ferreira [Nem sei como.] confrontou-o então com o facto de tal proposta pressupor que deveríamos aprender com a China, que como sabemos no que confere aos direitos do trabalho entre outros princípios civilizacionais, não é recomendável. Ai Medina esbracejou e disse: “Esses não contam!”
E de repente, percebemos o simplismo do raciocínio base de Medina Carreira. Carreira pega numa borracha e de uma assentada, “limpa” quase um quarto da população mundial e porventura um dos mais apetecidos parceiros da elite dominante na velha Europa e nos EUA.
E ainda há quem sirva de correia de transmissão do pensamento de Medina Correia, reencaminhando e-mails com as ideias do dito, para todos os endereços da sua agenda.
Para mim escusam de o fazer, vai direitinho para o lixo!


Também editado no Sono do Monstro

Jamé! ...


Cavaco Silva disse que nas eleições de 23 de Janeiro está em causa uma escolha no “candidato melhor preparado para desempenhar as funções nos tempos de crise que o País atravessa”.
Inteiramente de acordo! Nunca o Sr. Aníbal falou tão a propósito, tão verdade. Em 23 de Janeiro a escolha é de facto, ou, é também essa, porem ao contrário do que insinua, não é ele quem preenche essa condição. Aníbal Cavaco Silva é um dos “pais do polvo”! Que eu saiba, o ex-primeiro ministro [10 anos enquanto tal] tem imensos defeitos, poucas virtudes, mas não tem tendências infanticidas, logo é expectável que, se por mero acaso, poderia deixar de alimentar o polvo, porem jamais cortaria o mal pela raiz.
Em 23 de Janeiro a escolha é: “Não a Cavaco!”, sendo que todos os votos contra Cavaco contam, ou “Sim a Cavaco, sim à continuidade” votando em Cavaco. Depois, na segunda volta [que acredito firmemente estar ao nosso alcance] o voto responsável; o voto de travão ao neoliberalismo; o voto de corte com a actual politica; o voto da mudança é o voto no candidato que receber a confiança dos portugueses para disputar a presidência ao Sr Aníbal.
Espero que seja Manuel Alegre, mas se por qualquer razão não for ele o escolhido para enfrentar Cavaco, se os portugueses escolherem Fernando Nobre, ou até Francisco Lopes, sem preconceitos declaro o meu apoio a esse candidato. Alegre, Nobre, Lopes ou qualquer um que enfrente pela esquerda Aníbal Cavaco Silva,  terá o meu voto na segunda volta.
Cavaco, nunca mais!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O quarto segredo...

Depois da revelação dos três primeiros segredos, um novo vidente foi escolhido para a revelação do quarto segredo.
O felizardo foi também um jovem, um jovem pastor bem-falante e educado – capaz de jurar uma coisa e o seu contrário, redimindo-se com sucessivos pedidos de desculpa. Distinguiu-se pela esperança que lançou no agitado rebanho social-democrata, afastado vai para uma dezena de anos das suculentas pastagens nacionais.
Ao que parece o jovem pastoreava o seu rebanho quando foi surpreendido por uma luz em cima de um chaparro. Aflito, o nosso jovem prostrou-se de joelhos e de mãos postas implorou-lhe que descesse.
Aqui fica a revelação em discurso directo:
"(...) Depois de visões terrificas e tenebrosas, levantei os olhos para o alto do chaparro, e vi que a senhora era nem mais nem menos Angela Merkel toda vestida de branco resplandecente. Com bondade e tristeza disse-me: Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, o Mercado quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado FMI. Se fizeres o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão finalmente estabilidade e paz. O desemprego vai finalmente acabar! Mas se deixares que ofendam os Bancos e os banqueiros e andarem de manifestação em manifestação, de greve em greve, o flagelo será ainda pior.
A ira do Mercado será terrível! Quando vires uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, saberás que é o sinal. Acautela e protege o teu rebanho porque o Mercado vai a punir os malandros dos trabalhadores e os povos da Europa e do mundo, por meio do FMI, da fome e de perseguições aos sindicatos e aos perigosos e terríveis activistas de esquerda.
Porem eu poderei impedir o castigo, o terrível tormento que te apoquenta, consagrando Portugal ao Imaculado FMI e à comunhão reparadora da redução de salários na função pública e no sector privado.
Se atenderes os meus pedidos, retirando direitos alcançados, haverá paz, se não, espalharei o poder dos banqueiros e da finança pelo mundo, promovendo guerras e perseguições... várias nações serão aniquiladas…
Por fim o sistema triunfará.
Em duas legislaturas consagraras este rincão de terra, encravado entre a Europa e o mar ao Sacrossanto poder da Finança e do Capital aniquilando a politica e a democracia, que se converterão num mero formalismo, onde o povo de quatro em quatro anos deposita o voto na urna.
Se assim acontecer concederei então a Portugal algum tempo de paz, a paz dos cemitérios".

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Foi há 35 anos atrás.

Passam hoje 35 anos sobre o 25 de Novembro de má memória. Questionam-se muitos dos bens pensantes, arrumados [a vidinha em ordem] e acomodados ex-militantes do PREC, sobre o desfecho do 25 de Novembro, isto é interrogam-se muitos sobre o rumo colectivo se os vencedores tivessem sido outros.
Diz-se que os vencedores novembristas eram militares moderados e os derrotados, por consequência, radicais de esquerda. Há distância de 35 anos e sem que as leituras, concordantes ou discordantes, possam alterar o rumo que as coisas tomaram, pouco me importa aprofundar a questiúncula. Questiono contudo a natureza moderada de Jaime Neves e outros que com ele triunfaram em Novembro. Os vencedores foram sobretudo homens ligados ao sector mais militarista e até reaccionário do exército, ao invés os ditos radicais foram homens que cortaram – radicalmente – com a estrutura colonialista e militarista de um exército envolvido numa guerra colonial fora de prazo, em três frentes e durante treze longuíssimos anos. Com estes, com os vencedores estiveram efectivamente alguns militares, que a história classificou como moderados, sendo que alguns o eram de facto mas outros não passavam de “cortiços”.
Passados estes anos, e tendo em conta a derrota da URSS e do seu modelo socialista, a queda do muro e as profundas alterações sociopolíticas na velha Europa, os vencedores do 25 de Novembro reclamam a coroa da pacificação social em Portugal e até se consideram estruturantes na consolidação da nossa democracia, contrapondo a este modelo aquilo que nos podia ter acontecido.
A história não se faz nem se escreve com “ses”. A história é! É o que foi e nunca o que podia ter sido.
Para mim, e creio que para muitos jovens como eu era na época, Novembro foi a destruição de um sonho e a percepção de que não há irreversibilidades nas conquistas sociais, elas regridem ou progridem de acordo com a correlação de forças. Na época, o MFA [Movimento das Forças Armadas] com os “Soldados, sempre, sempre ao lado do povo!”, era o nosso “chapéu-de-chuva”. O “soldado” mudou de campo, e nós ficamos expostos às adversidades e como não tínhamos impermeável…
Posto isto, uma leitura simplista é certo, mas ainda assim realista do que foi o 25 de Novembro, apoquenta-me o rumo colectivo que trilhamos. Mas mais que o rumo colectivo incomoda-me, para não dizer enoja-me, o percurso individual de uns quantos militantes, protagonistas e até lideres desse então.
Eu sei que Pacheco Pereira ex-líder ou “controleiro” num grupo maoista dos anos sessenta, é agora uma pálida figura no grupo parlamentar do PSD; que José Manuel Fernandes e Henrique Monteiro passaram pela Voz do Povo, assim João Carlos Espada que chegou a director desse Jornal e hoje são arautos do pensamento neoliberal; que o presidente da Comissão Europeia ou lá o que é, falo de Durão Barroso, foi um acérrimo e fogoso militante do MRPP; que este e aquele foram até Novembro de há 35 anos militantes da “causa operária e revolucionária” e hoje são paladinos do sistema que nos trama a vida e destrói os sonhos…
Quero que todos eles “vão ter um menino pela barriga das pernas”, como se diz na minha terra a propósito de gente que não nos interessa. Mas havia uma dessas proeminentes figuras, dirigentes ou destacados militantes, nomeadamente no Movimento Estudantil, que me deixou agradáveis impressões. Falo de Nuno Crato. Não pela eloquência, tenacidade ou firmeza ideológica, as quais me pareciam sólidas, mas antes pela maneira de ser e contrariamente a outros, pela humildade que apresentava, a qual não escondia uma capacidade intelectual notável. Esta humildade, era uma espécie de auto-flagelação ou acto de contrição que os jovens oriundos da burguesia ou da pequena burguesia assumiam como penalização por não serem filhos da gloriosa classe operária. Contrariamente eu era. Sou filho de um ex-assalariado agrícola que a precariedade empurrou para a manutenção da linha-férrea, culminando como operário da CP.
À época era eu um jovem, com pouco mais que dezasseis anos, acabadinho de ser eleito para a Associação de Estudantes da minha escola (Escola Secundária Polivalente do Entroncamento). Na escola o combate fazia-se à esquerda, a minha lista conotada com a UDP, venceu a lista do MRPP e a da UEC (PCP). Tal facto catapultou-me para direcção da UEDP (União dos Estudantes pela Democracia Popular) organização estudantil da UDP. Quando no decurso do encontro fundador a par de outros fui chamado à tribuna para tomar posse, Nuno Crato incita-me a gritar naquele encontro estudantil “Viva a Classe Operária!”. A assembleia extasiada aplaudiu e irrompeu numa vozearia ensurdecedora com saudações à gloriosa classe operária.
Fiquei estarrecido, toda aquela assembleia de pé, a aplaudir e a meu lado de punho cerrado bem erguido, Nuno Crato e João Carlos Espada entre outros, ripostaram “Vivaaaaaaaaaaaaa!”.
Depois perdi-lhes o rasto, a Nuno Crato sobretudo. Até que ele reapareceu, já nos anos 90 creio eu, como notável matemático e a produzir opinião sobre os diversos temas, nomeadamente os ligados ao ensino, onde defendia os exames (Exames que aguerridamente combatemos enquanto UEDP’s) entre outros pontos de vista. Pessoalmente e com toda a naturalidade, subscrevo alguns dos seus pontos de vista e oponho-me a outros.
É da vida e do caminho que trilhamos. Percebe-se que Crato, já não carrega o “peso histórico” da sua origem. Também eu não sou o mesmo (jovem ingénuo) que foi eleito para a direcção da UEDP. Há entre nós, entre aquela época, de utopias e quimeras, e esta fase de suposto realismo e ausência de idealismo, todo um tempo que passou.
Quando hoje li no DN, que Nuno Crato vai fazer parte da Comissão de Honra da candidatura de Aníbal Cavaco Silva, percebi que de facto não há apenas todo um tempo que passou, há Novembro. Novembro de há 35 anos que empurrou o sonho a comandar a vida para o mundo das canções… curiosamente escrita por uma homem da ciência, Rómulo de Carvalho sob o pseudónimo de António Gedeão.
Admiro Gedeão… temo Rómulo!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Estou para aqui a pensar:

Estes tipos, os “fazedores de opinião” deixam-me perplexo.
Por um lado, nós trabalhadores, somos uns calões, não produzimos [sempre a merda do futuro, a produtividade, ora aqui está… (FMI de José Mário Branco)], por outro berram que a adesão maciça à greve de amanhã vai causar não sei quantos milhões de prejuízos.
Mas afinal em que ficamos? Então se a malta, na lógica deles em dias normais, recebe e não produz, logo na mesma lógica perversa, causa-lhes – tadinhos! – prejuízos. Amanhã a maralha não trabalha mas também não recebe e mesmo assim causa-lhes prejuízos?
Então o encaixe dos salários que ficam por pagar?
No dia em que, nós trabalhadores, formos capazes de perceber que sem o nosso trabalho, banqueiros, economistas do sistema, fazedores de guerras e outros de igual calibre morrerão atolados no pântano do dinheiro que nos furtam. E então, senhores fazedores de opinião, jornalistas amestrados e outros que tal, tereis muitos prejuízos para calcular.
Até lá vamos resistindo, metendo apenas alguma areia na vossa engrenagem…

A manifestação não é destes… pois, deu para entender!

Segurando o "rebanho", ainda não estána hora de entrarem.
Na última manifestação pela paz, na qual por razões particulares não participei, a policia cercou literalmente uma parte dos manifestantes, como se estes fossem um bando de arruaceiros e criminosos. Para o efeito contou com a conivência e complacência dos organizadores, ou parte destes. Esta postura, dos polícias e da organização, incomoda-me. Dos primeiros, dos polícias enfim… já estou habituado, não me espanta – é a natureza desta polícia; sempre, sempre ao lado dos… dos coisos, pronto! – da organização, enfim… não é o habito [que também faz o monge!], que me incomoda, é também da sua natureza. Porem o que me dói na alma é esta propensão para o rotulo, para a divisão entre os bons militantes e os maus militantes, entre os manifestantes ordeiros e os manifestantes desordeiros, entre os camaradas disciplinados e os camaradas indisciplinados, entre os do sacrossanto Partido [o nosso, claro!] e os outros [dos outros, evidentemente!] diabólicos.


Mantendo o rebanho (na) em ordem. Ordem, claro!

Na última grande manifestação em que participei, também assisti incomodado, à tentativa, dos organizadores, de colocarem na ordem e disciplinar, um sector dito anarquista, que manifestava o seu desdém ao sistema, sem contudo obedecer a tutela, fazendo-o à sua maneira e de acordo com as suas próprias convicções. Escrevo tentativa, porque foi infrutífera – talvez porque os choques não se mostraram tão solidários com a organização e deixaram a iniciativa aos organizadores. Os manifestantes, aqueles manifestantes, ainda que no rebanho, não encarneiraram e fizeram ouvir o seu sentir e o seu protesto. Eu próprio, que não subscrevo a actuação do grupo em causa, senti-me impelido a manifestar a minha desaprovação pela actuação dos “funcionários” e até a corroborar, como forma de solidariedade, as palavras de ordem daquele sector. Convenhamos que no que confere ao anti-capitalismo que eles exaltaram, não lhes dou meças, eu reivindico igual estatuto, sou também profundamente anti-capitalista e não estou absolutamente seguro, nem certo de que o meu trilho é o melhor. Sei que é um caminho, um dos diversos caminhos para almejar a justiça social.

Curiosamente, os “polícias sindicais”, que quiseram colocar na ordem os manifestantes ditos anarquistas, eram os mesmos que “policiaram” e controlaram a entrada do sector identificado com o Bloco no Marquês e ai o retiveram com desmesurada presença, mediante um cordão humano [de braço dado e tudo] que mais parecia a vedação de um campo de concentração. Enfim, praticas absurdas que persistem num meio onde uma certa ortodoxia é dominante e se considera a si própria, como a portadora da verdade e a detentora em exclusivo do direito de combater o capitalismo.

Desta manifestação pela paz, no passado dia 20, martela-me ainda na cabeça a justificação, para aquele aparato policial, dada por um oficial da polícia. Disse ele: “A manifestação é da CGTP, não é destes…». E, assim fiquei a saber que os senhores agentes, têm um qualquer registo cadastral que separa as pessoas por serem ou não serem da CGTP, por serem destes ou por serem daqueles, por serem dos outros ou não serem dos outros…

Que estes? Que outros?

Evidentemente que não confundo sindicalismo, com estas atitudes, nem confundo a CGTP com estas praticas. Acredito que o movimento sindical em torno da Inter, é fundamental, crucial mesmo, para alterar o rumo que a nossa vida está a tomar. Porem a democracia interna e o respeito pelas minorias internas e externas, mais do que uma postura magnânima, dotada de uma certa generosidade ou moda, deve ser uma marca identitária, tem que ser assimilado e passar a fazer parte do código genético do sindicalismo.


E não é que têm razão?!
No que confere ao movimento anarquista – que os fazedores de opinião persistem em emparceirar com vulgares delinquentes e, ou meros agitadores sociais ao sabor da corrente. – inclino-me perante a sua persistência e determinação. Por outro lado, repudio a rotulagem [Muito ao estilo fascista de “quem não é por nós é contra nós”.] anarquistas ou não, muitos destes jovens trilharam milhares de quilómetros para manifestar o protesto contra os senhores da guerra, que têm, esses sim causado toda a espécie de desgraças, por onde passam. Quem de nós, cinquentões mas não só, se dispõe a esse gesto de cidadania que assenta na rebeldia e determinação dos jovens – Que já fomos! – e se dispõe a afrontar os responsáveis pelo estado a que chegamos, estejam eles onde estiverem?

Exige-se pois em nome do nosso futuro e até da humanidade mais respeito por estes jovens!

Por ultimo uma referência breve ao movimento anarco-sindicalista dos primórdios do século passado, o qual está incontestavelmente ligado ao sindicalismo mais democrático, combativo e, já agora, mais culto de que há memória, lembrando que do movimento, ou no movimento, anarco-sindical pontificaram verdadeiros lideres – parece paradoxal, lideres… – da classe operária, que se empenharam fortemente na luta pela sua emancipação, sobretudo no período da, também diabólizada primeira republica.

Quão diferentes eram as sedes sindicais, desse então. Onde hoje está o recebedor de cotas estava então a biblioteca; onde hoje se faz aconselhamento jurídico, planeava-se a insubordinação e a resistência…

Quão diferente era o aparelho!...


Nota: Fotos da manifestação de 29/5/2010 (300 000 na rua, contra a politica de Sócrates)

sábado, 20 de novembro de 2010

MANIFESTO ANTI-CAVACO

Escrito e declamado por Mário Viegas, inspirado no Maniesto Anti-Dantas do Mestre José de Almada Negreiros

[Experimente o leitor a fazer o seguinte exercício:
Onde se lê:
Manuel Monteiro experimente ler Paulo Portas; por Eng. António Guterres leia inginhero Sócrates; por Fernando Nogueira leia Passos Coelho; por Jacques Chirac leia Nicolas Sarkozy; por Dias Loureiro leia BPN ou conselheiro de estado; por Conceição Monteiro leia Manuela Ferreira Leite (neste ultimo caso experimente ler a frase completa trocando simplesmente Conceição Monteiro por Manuela Ferreira Leite: «… Vêm descendo pla dita estreitíssima escada, varias Marias todas iguais e de cigarros acessos, menos uma que usa óculos, (…) horrorosamente feia, o que quer dizer que é a deputada Conceição Monteiro.»
Poderia sugerir ainda as trocas de Carlos Carvalhas por Jerónimo de Sousa e já agora para não destoar, no papel daquele Louçã podia ler-se … sei lá…
Á UDP também está fora do contexto, talvez aqui possa ler BE...
fica ao seu critério…
O texto fica muito actual, não concorda?
Ora leia o Manifesto e diga de sua justiça]

MANIFESTO ANTI-CAVACO


E POR EXTENSO PELA U.D.P. UNIÃO DE POETAS “DA ESQUERDA A VALER” HUMORISTAS, FUTURISTAS, REVOLUCIONÁRIOS E BOA GENTE E TUDO.

MANIFESTO ANTI-CAVACO

BASTA PUM, BASTA!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Professor Aníbal Cavaco Silva é uma geração que nunca o foi. É um coio d´indigentes, d´indignos e de cegos! É uma resma de charlatães alaranjados e de vendidos, e só pode votar e parir abaixo de zero!

Abaixo a geração laranja!

Pôrra pró Cavaco, pôrra! Pim!

Uma geração com um Cavaco Silva a cavalo, é um burro algarvio incompetente!

Uma geração com um Eng. António Guterres à proa é uma canoa em seco!

O Manuel Monteiro é um magano!

O Fernando Nogueira é meio-mangano!

O Anibal Silva saberá gramática, saberá sintaxe, saberá vender gasolina, saberá inglês, saberá tudo, menos dirigir económica e politicamente o País, que é a única coisa que ele quer fazer e nunca o fez bem, nem soube fazer!

O Cavaco pesca tanto de Economia, que até faz quadras à António Aleixo, com as ligas da sua Maria Cavaca!

O Gueterres é um habilidoso!

O Carlos Carvalhas veste-se mal!

O Manuel Monteiro usa ceroulas de malha!

O Paulo Portas especula e inocula os concubinos!

O Cavaco é Aníbal!

O Cavaco é Guterres!

Pôrra, também pró Gueterres, pôrra! Pim!

O Professor Cavaco tem feito uma política para Portugal, que tanto podia ser como a do Fernando Nogueira ou a Maria Cavaca ou a Leonor Beleza, ou o Eng. António, ou a Teresa Patrício Gouveia, ou a Nau Catrineta, ou a cantora Dina do Partido Popular!

E o Cavaco teve claques e maiorias absolutas!

E o Nogueira teve palmas! E o António Guterres agradeceu de mão dada com o Jaime Gama!

O Francisco Louçã é um manganão!!

Não é preciso ir para a Fonte Luminosa vestido de laranja, para se ser uma laranjada!

Não é preciso saber contar pelos dedos, para se ser Professor de Economia, basta fazer contas pelos dedos como o Silva! Basta não ter escrúpulos, nem morais, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas europeias, com as políticas comunitárias e com as opiniões de Bruxelas! Basta usar o tal sorrizinho com escuma ao canto dos lábios, basta ser muito penteadinho por um barbeiro de bairro, usar figos algarvios e cócos marroquinos e olhos de Sá-Carneiro mal morto em Camarate! Basta ser Judas! Basta ser Fernando Cavaco Nogueira Silva!

Pôrra pró Cavaco! Pôrra! Pim!

O Professor Aníbal Cavaco Silva nasceu para provar, que nem todos os que governam sabem governar.

O Fernando Nogueira é um autómato extra-terrestre que deita para fora o que os trabalhadores pobres já sabem que vai sair… Mas é preciso que os trabalhadores pobres paguem impostos! Os ricos, não!!

O Nandinho Nogueira é um verso-de-pé-quebrado dele próprio!

O Cavaco em génio nem chega a uma garrafinha de mau-cheiro e em talento o Nogueira é pim, pam, pum!

O Cavaco nu é horroroso!

O Cavaco escuma dos cantos da boca!

Pôrra pró Cavaco, Pôrra! Pim!

O Nogueira é o escárnio da consciência!

Se o Cavaco Silva é Europeu eu quero ser Australiano!

O Vasco Graça Moura é a vergonha da intelectualidade portuguesa!

O Vasco Pulido Valente é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz que apoia o Cavaco!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa, manchada de sumo de laranja, que custa imenso a sair!

E quem tenha dó da gazolineira dos Cavacos!

E ainda há quem esteja indeciso de que se votar no Nogueiro-Cavaco não vale nada, e que não serve para nada, e que nem é inteligente, nem decente e é um voto contra si próprio, que nem chega a zero!

Vocês não sabem quem é a senhora Mariani do Cavaco? Eu vou-lhes contar:

A princípio, por notícias das “Olás”, entrevistas, tempos de antena e outras preparações com as quais nada temos a ver, pensei tratar-se da cantora lírica Francesca De Mariani, italiana, que lhe escreveu várias cartas em italiano, apaixonadíssima por ele quando o viu a dormir na primeira fila do S. Carlos, durante uma récita, há uns anos atrás e a subir a um coqueiro em S. Tomé. Depois de ler todas as “Revistas do coração”, de “Maria” a “Manuel”, da “Dona” ao “Diabo”, do “Crime”, ao “Jornal de Letras e Artes e Ideias”, também não fui capaz de distinguir, porque a lâmpada da minha mezinha de cabeceira é muito fraca, era noite muito escura e só a meio dum pesadelo, aí pela madrugada é que tive um sobressalto e lembro-me de consultar a “Nova Gente”, a “Visão” e “Casa, Jardim e Decoração”. E não é que descubro que a tal Mariani do Cavaco era a sua Vivenda algarvia! Adormeci mais descansado e comecei a sonhar o que seria viver naquele paraíso algarvio, só possível à nova sociedade de novos-ricos, criados pelo cavaquismo.

Sonho que a Maria Cavaco vem descendo uma escada estreitíssima, mas não vem só, traz também o Jacques Chirac, que eu não cheguei a ver, ouvindo apenas uma voz muito conhecida dum apaixonado por experiências nucleares e repressões aos Emigrantes em França. Pouco depois o agente do SIS é que me disse que ele vinha com uma camisola do PS, com um grande coração laranja.

A Maria Cavaco e o Chirac estão sozinhos na Vivenda, e às escuras, dando a entender perfeitamente que estiveram indecentemente a conspirar à beira da piscina, sobre a candidatura do Aníbal, à presidência da República, e o tabú do Aníbal. Depois o Chirac, completamente francês e satisfeito, despede-se e salta pela janela, com grande mágoa da Maria Laranjada borbulhante e lacrimosa. E ainda hoje os pobres turistas algarvios, a GNR, a Guarda-Fiscal, a Guarda Florestal, a PSP, e os agentes do SIS têm ocasião de observar a janela arrombada do primeiro andar da Vivenda Mariani, perto de Boliqueime, na Rua do Touro, (perdão, do Aníbal), por onde se diz que fugiu o célebre político em Portugal e bombista nuclear em Paris.

A Maria que é histérica, começa a chorar desatinadamente nos braços da sua confidente e excelente pau de cabeleira, a famosa tia Anica de Loulé…

… Vêm descendo pla dita estreitíssima escada, varias Marias todas iguais e de cigarros acessos, menos uma que usa óculos, dentes saídos para fora como uma vampira, horrorosamente feia, o que quer dizer que é a deputada Conceição Monteiro.

E seria até uma excelente personificação das bruxas de Goya, se quando falasse não tivesse aquela voz tão fresca e maviosa da ex-secretária de Sá-Carneiro. E reparando nos dois vultos interroga espaçadamente com cadência social-democrata, austeridade e imensa falta de camarate:

“Quem está aí?! E de cigarros apagados?”

- Foi o Freitas do Amaral, foi o Otelo, foi o General Eanes, foi o Mário Tomé, foi o Eng. Carlos Marques, foi o Mário Soares, foi o Álvaro Cunhal, foi o Major Canto e Castro, foi o Pinto Balsemão, foi a viúva do Soares Carneiro, foi o vento… dizem as pobres inocentes “Marias Vão Com As Outras”, varadas de terror pluripartidário… E a Conceição Monteiro que só é horrrorosa nos dentes saídos, nos binóculos, nos destroços da avioneta, e em andar sempre a chatear todos os grupos parlamentares, telefona imediatamente para a sede do SIS, em Faro, que é um dó d´alma ouvi-la assim tão sá-carneirista desempregada. Vão todas para a casa de banho, mas eis que, de repente, batem no portão e sem se anunciar nem limpar-se da poeira nortenha, sobe a escada e entra p´lo salão o Eng. Eurico de Melo, que quando era novo fez brejeirices com a menina da alfarroba e da fava-rica algarvia.

Agora completamente nortenho e emendado, revela à dentuças, que sabe por relatórios secretos do ministro Dias Loureiro que há homens que vão com as “Marias Vão Com As Outras”, na Vivenda e que ainda há pouco, fora detectado, por radar, um a saltar pela janela. A Sãozinha Monteiro diz que efectivamente já há tempos que Maria Cavaco vinha dando p´la falta de figos e galinhas no quintal e tão inocentinha, coitada, que naqueles oitenta anos, ainda não teve tempo para descobrir a razão da humanidade estar dividida entre homens e mulheres do PSD e homens e mulheres do PS e de outros partidos. Depois de sérios embaraços do tio Eurico é que ela deu com o atrevimento político e mandou chamar as Marias de há pouco, com os cigarros apagados. Nesta altura, este meu pesadelo policial toma um pedaço de interesse, porque o engenheiro Melo ora parece o Loureiro disfarçado de polícia-sinaleiro, ora um polícia de trânsito com a falta de educação dum agente da polícia de choque, e tão perspicaz que descobre em menos de meio minuto, o que o povinho está farto de saber - que o Cavaco anda a dormir com o Guterres!!!

O pior é que a Maria Silva foi à serra com as indiscrições do Barão do Norte e desata a berrar, a berrar como quem se estava marimbando para tudo aquilo. Esteve mesmo muito perto de se estrear com um par de murros na coroa do Chefe do Grupo da Sueca, no que se mostrou de um atrevimento, de uma insolência e de decisão social-democrata que excedeu todas as expectativas.

Ouve-se uma corneta tocar o Hino da Comunidade Europeia e da França e Maria, sentindo no ruído do escape do avião super-sónico francês, toda a alma tricolor do ser preferido, foi qual passarinha engaiolada, a correr até ao portão da Vivenda Mariani, a gritar desalmadamente pelo seu Jacques. Grita, assobia e redopia e pia e rasga-se e magoa-se e cai de costas com um acidente, de que já previamente tinha avisado o jornal “O Público” e a bandeira gigante do PSD também cai e os antigos votantes sociais-democratas também caem em si e desatam numa dessas ondas de contestação, abstenção e arrependimento tão enorme e tão monumental, que todos os jornais de Lisboa, Loulé e do Porto, no dia seguinte, foram unânimes naquele êxito político do Engenheiro Eurico de Melo e da Conceição Monteiro.

A única consolação que os ex-votantes decentes tiveram, foi a certeza de que aquilo não se tinha passado na Residência Oficial de S. Bento, mas na Vivenda Mariani em Boliqueime, com uma Maria escavacada e encavacada, que tem cheliques e exageros esquerditas.

Continue o Sr. Cavaco a mandar governar assim, que ha-de ganhar muito com as cavacas das Caldas e há-de ver que ainda apanha uma estátua de prata laranja por um ourives de Loulé e uma Exposição das maquetas pelo seu monumento erecto por subscrição social-democrata pelo “Povo Livre” a favor das vítimas da sua péssima política de apoio aos Timorenses, e a praça Dr. Francisco Sá-Carneiro mudada em Praça Professor Aníbal Cavaco Silva e com festas da cidade no Centro Cultural de Belém e sabonetes em conta. “Aníbeis Silvas” e pastas Cavacas prós dentes, e graxa Guterres prás botas, e bananas Jardim, e Niveína Durão Barroso, e comprimidos Paulo Mendo, e autoclismos Santanas e Santanas, Santanas, Santanas, Santanas… E limonadas Ferreira do Amaral - Magnésia.

E fique sabendo o Fernando Nogueira que se um dia houver justiça em Portugal, todo o mundo saberá que o autor de “Os Lusíadas” foi a Agustina Bessa Luís, que num rasgo memorável de modéstia só consentiu a glória do seu pseudónimo “A bruxa da Areosa”.

E fique sabendo o Carlos Carvalhas que se todos votassem como eu, haveria tais munições de punhos fechados, de “Esquerda a Valer” e não “A Necessária” que levariam dois séculos a gastar, sem “sair da rotina da esquerda” do Francisco Louçã!

Mas julgais que nisto se resume a política portuguesa? Não! Mil vezes não!

Temos além disto o Jorge Sampaio, que já fez decretos para a Câmara de Lisboa, que deixou de ser a derrota do machão Macário Correia, para poder passar a ser a derrota do Dr. Sampaio, com notas negativas do Professor Rebelo de Sousa.
E as pinoquices do Vasco Pulido Valente passadas no tempo em que “emborcava copos” na Secretaria de Estado da Cultura e no semanário “O Independente”! E as infelicidades de Carlos Pimentinha? E o talento insólito de Urbano Rodrigues! E as gaitadas do Vilhena! E as traduções só para homens do ilustríssimo excelentíssimo senhor António Barreto? E o Frei Hermano da Câmara!

E a Leonor Beleza co-responsável por uma série de contaminações de sangue nos nossos hospitais! E as imbecilidades do Pacheco Pereira! E mais pedantices do Albeto Pimenta! E o Pinto Coelho, o cavaquista do desenho! E alguns jornalistas cavaquistas, socialistas e fascistas d´”O Público”, e da “Capital”, e do “Diário de Notícias”, e d´ “O Diabo”, e d´ “O Dia”, e d´ “O Crime”, e do “Correio da Manhã”, e do “Expresso” e de todos, todos os jornais que não derem sempre notícias sobre a UDP nas primeiras páginas e ainda tempos de antena diários de meia hora na rádio e na TV.

E os Actores de todos os quatro canais de televisão e de todos os teatros pseudo-vanguardistas! Mário Viegas, incluído.

E todos os artistas que andaram a mamar dinheiro de Lisboa Capital Europeia da Cultura de 94 e futuramente da Expo 98 de que nós já desconfiamos! E os Valentins Loureiros do Porto e os palermas de Coimbra que não votarem UDP! E a estupidez do caso das gravuras de Foz Coa e o Dr. José de Figueiredo e oh oh os Mota Pinto hu hi e os burros de Boliqueime e os menus das festas do Centro Cultural de Belém e a Caixa Geral dos Depósitos feitos pelo Michel! E o raquítico Marques Mendes, palerma do PSD a quem o Dr. Soares com imensa piada intrujou que era mais alto do que parecia numa recepção em Belém! E todos os que são Políticos e Artistas, excepto os da UDP, como é evidente.

E as Exposições anuais no A.C.A.R.T.E. da Gulbenkian! E todas as obras de fachada? E as do Eduardo Prado Coelho em Paris; e os Vaz da Silva, os Estrela, os Josés de Magalhães, os Pintos da Costa, os Louçãs, os Arnaldos Matos, os Hermínios Martinhos, os Almeidas Santos, os Narcisos de Miranda, os Falcões e Cunha, os Jaimes Gamas, os Torres Coutos, os Fernandos Gomes, os velhos antigos salazaristas, os idiotas eanistas, os arranjistas socialistas, os racistas, os impotentes do PSN, os celerados do PP, os vendidos do PRD, os imbecis do MRPP, os párias vendedores de droga, os ascetas democratas-cristãos, os Fernandos Teixeiras da Maçonaria, os das coligações das Câmaras, os diabo que os leve, os Filipes Menezes, os Jardins, os Ricardos Pais, os La Férias, os Guedes, os Manúeis Alegres, os Esteves Cardosos, os Abrunhosas, as Veras Lagoas, os Motas Pinto, os Joões Bosco, os Alpoins Galvões, os Duartes Pios de Bragança, os Silvas Melos, os Marcos Paulos, as Zitas Seabras, as Simonetas Luz Afonso, os Mendes Botas, os Jaimes Neves, e todos os laranjas cor de rosa que houver por aí!!!!!

E as convicções urgentes do Soares Pai e as convicções catitas do Soares Filho!…

E os concertos de “Os Madre de Deus”! E as estátuas a fascistas, ao Amaro da Costa e ao despertar e a tudo! E tudo o que seja Arte e Cultura, em Portugal! E tudo! Tudo por causa do Cavaco disfarçado de Nogueira afónico!

Pôrra pró Cavaco, pôrra! Pim!

Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação de País mais atrasado da Europa e de todo o Mundo! O País que tão pouco tem ajudado os irmãos Africanos e Timorenses! O exílio dos desiludidos, dos abstencionistas e dos desacreditados e indiferentes dos políticos! A África reclusa dos europeus! O entulho de lixos tóxicos europeus, da poluição e da entrada de droga internacional! O Paraíso dos ricos que não pagam impostos, nem pagam a Crise e a Fome! Portugal inteiro (incluíndo Madeira e Açores) há de abrir os olhos no dia 1 de Outubro de 1995 - se é que a sua cegueira não é incurável - e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ter vozes diferentes na Assembleia da República, Deputados duma “Esquerda a Valer”! Deputados da UDP, claro, e a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado e despoluído.

Pôrra pró Cavaco, (e seus camaradas de várias cumplicidades, cores, silêncios e futuros compromissos), Pôrra! Pim!

Mais de oitenta anos depois do Manifesto dum tal Almada Negreiros.

UDP

UNIÃO DE POETAS “DA ESQUERDA A VALER” HUMORISTAS, FUTURISTAS, REVOLUCIONÁRIOS E BOA GENTE E TUDO!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manifestação anti-NATO (OTAN)

Este blog é pela paz e por consequência contra a cimeira da OTAN em Portugal, contra a existência de um comando dessa organização militarista e guerreira em Portugal e defende a extinção dessa “máquina” de guerra.


PORTUGAL FORA DA NATO!

NATO, NÃO OBRIGADO!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ESCÂNDALO E IMPUNIDADE

9 . 7 1 0 . 5 3 9 . 9 4 0 , 0 9
(NOVE-MIL-SETECENTOS-E-DEZ-MILHÕES-DE-EUROS)


CASO BPN: ESCÂNDALO E IMPUNIDADE

 
A burla cometida no BPN não tem precedentes na história de Portugal !!!
O montante do desvio atribuído a Oliveira e Costa, Luís Caprichoso, Francisco Sanches e Vaz Mascarenhas é algo de tão elevado, que só a sua comparação com coisas palpáveis nos pode dar uma ideia da sua grandeza.

  • Com 9.710.539.940,09 ¤ (NOVE MIL SETECENTOS E DEZ MILHÕES DE EUROS.....) poderíamos:
  • Comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo).
  • Comprar 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid.
  • Construir 7 TGV de Lisboa a Gaia.
  • Construir 5 pontes para travessia do Tejo.
  • Construir 3 aeroportos como o de Alcochete.
  • Para transportar os 9,7 MIL MILHÕES DE EUROS seriam necessárias 4.850 carrinhas de transporte de valores!

Assim, talvez já se perceba melhor o que está em causa.
Distribuído pelos 10 milhões de portugueses, caberia a cada um cerca de 971!!!

Então e os Dias Loureiro e os Arlindos de Carvalho onde andam?!

[Recebido por e-mail]

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Avivar a memória

Recebido por e-mail.



POR MIM, NÃO DEIXAREI DE AVIVAR A MEMÓRIA DOS ESQUECIDOS !...


Um dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transacções intra bancárias......???
Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.
Correcto???? Se pensa que não, vejamos:



EIS A LISTA :

Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola


José de Oliveira e Costa: (O TAL QUE ESTEVE NA GAIOLA)
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)


Rui Machete: (AGORA NINGUÉM O OUVE)
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; (o banco falido, é só gamanço)
              Presidente do Conselho Executivo da FLAD


Armando Vara: (AQUELE A QUEM O SUCATEIRO DAVA CAIXAS DE ROBALOS)
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP (demissionário a seu pedido, antes que levasse um chuto no cú)


Paulo Teixeira Pinto: (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de 'trabalho',
Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:
Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Agora -Vice-Presidente da PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas 'patacas' como comentador RTP)


Celeste Cardona: (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens - mas o vencimento era muito curto)
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD (QUE MARAVILHA - ORDENADO PRINCIPESCO - O ZÉ PAGA)

José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES (VIVA O LUXO)

João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português (O TAL QUE DEU O BERRO).

Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
Agora - Vogal do CA do BES (POIS CLARO, AGORA É BANQUEIRO)

Ferreira do Amaral: (O ESPERTALHÃO, QUE PREPAROU O TERRENO)
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato (POIS CLARO, À TRIPA FORRA).

etc etc etc...
O que é isto ?
Cunha ?
Gamanço ?
É Portugal no seu esplendor .

...e depois até querem que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.

Já é tempo de parar esta canalha nojenta !
Não te cales, DENUNCIA!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Felecidade de um, tristeza de outros.

Este tipo está feliz, aprovaram-lhe o orçamento...
Se ele está feliz, o povo está constrangido.