Mas um velho d’aspeito venerado,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, memeando
Três vezes a cabeça descontente
A voz pesada um pouco alevantado,
(…)
Os Lusíadas, Canto IV, 94
Medina Carreira cansa! É um tipo chato, pessimista e portador de um discurso populista e altamente reaccionário.
Ele que foi Ministro da Finanças, porventura um dos mais altos patamares da política, ou dos profissionais da política, pragueja contra a política e os políticos. Como se ele em cada palavra e em cada gesto não fizesse ou não fosse politico..
O homem diz-se apolítico fazendo política!
E, quando alguém lhe aponta o dedo, indigna-se, como se fosse a encarnação da virgem.
Não à pachorra para aturar mais Henrique Medina Carreira, mas a TV insiste em dar-lhe tempo de antena. Não chegava o Mário Crespo, sempre venerado e agradecido, volta não volta trazê-lo ao seu programa, era preciso também Fátima Campos Ferreira [Uma senhora que acha que os trabalhadores da PT são muito bem pagos! Logo ela que arrecada uma pipa de massa por cada Prós & Prós.] dar-lhe a oportunidade de mais uma vez vir vociferar a sua cólera contra a política.
Ontem, no programa de Fátima Campos Ferreira, Medina Carreira insistiu na tecla de sempre, e quando lhe foi observado, por Daniel Oliveira, que dos presentes ele era o único a já ter exercido o cargo de ministro, indignou-se.
Mas tem mais, Medina sempre tão douto nas opiniões, foi incapaz de apresentar uma ideia concreta, para além de que fossemos aprender com os concorrentes das nossas empresas. Fátima Campos Ferreira [Nem sei como.] confrontou-o então com o facto de tal proposta pressupor que deveríamos aprender com a China, que como sabemos no que confere aos direitos do trabalho entre outros princípios civilizacionais, não é recomendável. Ai Medina esbracejou e disse: “Esses não contam!”
E de repente, percebemos o simplismo do raciocínio base de Medina Carreira. Carreira pega numa borracha e de uma assentada, “limpa” quase um quarto da população mundial e porventura um dos mais apetecidos parceiros da elite dominante na velha Europa e nos EUA.
E ainda há quem sirva de correia de transmissão do pensamento de Medina Correia, reencaminhando e-mails com as ideias do dito, para todos os endereços da sua agenda.
Para mim escusam de o fazer, vai direitinho para o lixo!
Também editado no Sono do Monstro
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