segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Já que comecei o dia com citações… termino-o com elas.





«Amar alguém ou alguma coisa é principalmente instalá-lo num clima de liberdade, com todos os riscos que a liberdade comporta: desejar é limitar na liberdade; a nós e aos outros!»

Agostinho da Silva

369 anos depois

Não deixa de ser premonitório, mau pronuncio escreva-se, que no dia em que comemoramos a Restauração da Independência Nacional – cativa que esteve do jugo espanhol – precisamente em 1 de Dezembro, entre em vigor o “Tratado de Lisboa”.
O Tratado de Lisboa tão do agrado de Sócrates e quejandos; dos pseudo socialistas – que não os socialistas – que se acoitam na liderança do PS, mas que em boa verdade não passam de um conjunto traidores e mentirosos; de uma certa pandilha que se asila no PSD e no CDS; dos patrões sanguessugas; dos capitalistas sem alma e sem regras; dos banqueiros sem escrúpulos; dos gestores oportunistas e de toda uma corja de patos-bravos – sem ofensa para a espécie – indigentes e miseráveis que já esfregam as mãos com os milhões que já alvitram nos seus bolsos subtraídos aos direitos, garantias e liberdades dos europeus e emigrantes que têm ao longo dos anos construído a Europa. Esse tratado é um verdadeiro atentado à nossa soberania política e económica.

O sorriso



"Não preciso de me drogar para ser um génio;
Não preciso de ser um génio para ser humano;
Mas preciso do teu sorriso para ser feliz!"


Charles Chaplin

domingo, 29 de novembro de 2009

Perder é

Sei de onde me chegou (quem a enviou) não sei quem o disse, mas que é uma grande verdade, lá isso é.

"Não venci todas as vezes que lutei.
Mas perdi todas as vezes que deixei de lutar''


testada todos os dias, sempre que desistimos de lutar, estamos a perder.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quercus Stop Global Warning

Enigmas (ou recados com direcção)

O excesso de confiança, por vezes, leva os mais cuidadosos e experimentados a descurar alguns cuidados, sobretudo quando vivem obcecados por fantasmas.
Aproveitam ausências para vasculharem os pertences… e tantas vezes o fazem que deixam rasto… cada vez mais visíveis...


e não percebem que:
 a corda estica, estica e tanto estica que parte.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 de Novembro




Pela mão deste triunvirato – Eanes, Jaime Neves e Vasco Lourenço. Mário Soares e outros dos seus apaniguados, não ficariam mal no retrato. – ou com a sua conivência, regressaram...


Voltaram!




Regressaram caducos… com mais raiva
e, passo a passo, recuperam, reinstalam-se…


Travestidos de democratas e "condescendentes",
reassumiram o poder.
Instalaram e instalaram-se…
Diabolizaram o trabalho e as organizações dos trabalhadores,
glorificaram e glorificam gestores e empresários, apenas…


Novo modelo?
Não! Decrépito paradigma.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Festa do alcunha (anexim) em Castelo de Vide


Castelo de Vide vai este ano ter um convívio para todos aqueles que, por este ou aquele motivo, foram alcunhados (anexins).
Festa do ANEXIM no dia 12 de Dezembro, Sábado, na Quinta "O Martinho", a partir das 16 horas.

ORT's e democracia

Embora o SINTEL (Actual SINTTAV Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual) fosse o primeiro sindicato paralelo do país (*) fui seu associado durante mais de duas décadas. Por razões que não interessam ao post, demiti-me desta ORT, e aderi a uma outra com intervenção e uma longa história no sector onde trabalho. A minha “nova” ORT (STPT) não é substancialmente diferente da anterior, por vezes mais parece uma organização de amigos que se protegem e ajudam, bem longe da combatividade que no meu entender deve caracterizar uma organização sindical, porem pratica e cultiva certos princípios que dão substancia à democracia e isso acaba por fazer toda a diferença.

Tal facto – deixar de ser associado do SINTTAV – não me impede de comentar, sobretudo porque intervimos na mesma área e na mesma empresa, a vida e as particularidades desta ORT. Até porque eles próprios me mantêm informado, com recurso ao meu e-mail, das suas actividades e decisões, sobretudo aquelas que querem tornar publicas. Para além de que, sendo o SINTTAV, um sindicato, ao contrário do meu, inscrito na CGTP (Confederação Sindical que reconheço como legitima e combativa) posso e devo prenunciar-me sobre as suas decisões e praticas.
Por isso não posso deixar de lamentar a decisão que leva aquela direcção, cuja presidência é vitalícia – o líder ao jeito dos dirigentes da Coreia só será apeado quando morrer – mascarando-se atrás de uma alteração estatutária, que sujeita a uma pretensa Assembleia Geral [na qual sabe-se de antemão, só participam os corpos gerentes e nem todos] fazendo aprovar as alterações que lhe interessam. Assim é dado como adquirido que os corpos gerentes, prolongam o seu mandato em mais um ano, passam de três para quatro, mantendo a reeleição tantas vezes quanto quiserem. A par desta cirúrgica alteração assistimos a um encapotado aumento da cotização em 25%. Como quem não quer a coisa o SINTTAV passou a cotização de 0,75% das renumerações ilíquidas para 1%.
Bem… dir-me-ão é um problema dos associados do sindicato, sobre o qual quem está de fora, não se deve pronunciar.
Talvez… até tenham razão. Porem enquanto militante do Bloco de Esquerda que sou não esqueço que a eleição da actual direcção do SINTTAV, foi apresentada no interior do BE, pelo então responsável do Grupo do Trabalho no partido, como uma grande vitoria do Bloco nas telecomunicações e que “tínhamos” naquele órgão, alguns bons camaradas.

E as minhas perguntas são:

Esses "alguns bons camaradas" deixaram de ser "bons"? Ainda estão na direcção do SINTTAV? Cádê eles que não os oiço?

E o Bloco...
O BE deixou de defender a limitação de mandatos?
Deixou de reclamar o método de Hondt nas eleições de todas as ORT’s?

Eu não estou certo de qual o melhor caminho, qual a mais eficaz estratégia sindical, mas sei que esta não é com toda a certeza. Esta é mais do mesmo, mais do que tem sido a pratica sindical da maioria das ORT´s [da CGTP e da UGT] e que ao longo das décadas que ando nestas coisas da militância sindical sempre combati. E vou continuar a fazê-lo, nomeadamente através da denúncia e da palavra.





(*) – Quando o SINTEL [Sindicato das Telecomunicações dos CTT] foi criado nos CTT, nesta empresa já existia o SNTCT [Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações]

domingo, 22 de novembro de 2009

A vida foi ruim! Um testemunho

É preciso lembrar e informar as gerações as presentes e as vindouras, que o caminho para chegar aqui, não foram apenas cravos e flores nas espingardas. Para chegar aqui “choramos” sangue e suor.

No Caleidoscópio do Sul, José Raposo presenteia-nos com um relato / testemunho desse percurso, dessa caminhada.



Apenas cinco anos…




O velho estava sentado à lareira com a filha, lastimava-se com o tempo e a ingratidão dos "ajudas", que só ficavam no campo quando andavam muito precisados, depois desapareciam sem dizer agua vai. Estávamos em Janeiro e o Inverno estava muito agreste com muita chuva e frio. Há mais de quinze dias que mal se via o sol, amanhecia a chover e por todo o dia a agua corria por todo o lado, descendo os valados e engrossando as ribeiras que extravasavam o leito inundando os campos, arrastando nas correntes os animais mais pequenos.
- Na semana passada perdi um cordeiro já grandote. Deve ter resvalado na encosta da Ribeira da Vide. Sem ajudas e com os cães fracos e [Ler mais aqui]

A uma rapariga



A uma rapariga



Somos assim aos dezassete.
Sabemos lá que a Vida é ruim!
A tudo amamos, tudo cremos.
Aos dezassete eu fui assim.



Depois, Acilda, os livros dizem,
dizem os velhos, dizem todos:
"A Vida é triste. A Vida leva,
a um e um, todos os sonhos."



Deixá-los lá falar os velhos,
deixá-los lá... A Vida é ruim?
Aos vinte e seis eu amo, eu creio.
Aos vinte e seis eu sou assim.


Sebastião da Gama

sábado, 21 de novembro de 2009

Publicidade enganosa


O Jumbo de Setúbal é especialista na publicidade enganosa, para além de se servir fraudulentamente de pareceres da DECO, como recentemente aconteceu quando esta instituição independente de defesa do consumidor anunciou, após estudo efectuado, ser esta grande superfície de Setúbal a que pratica preços mais baratos.
O estudo, como tudo de um modo geral, é subjectivo. Não vale a pena tampouco reflectir sobre a natureza do estudo. Para o assunto em epígrafe é irrelevante. Ainda assim não é admissível que o Jumbo faça uso desse estudo para se auto publicitar. A DECO deve ter protestado, porque essa publicidade acabou por ser retirada. Muito embora a lei preveja que a reposição da verdade, ou o contraditório, deva ter igual destaque o Jumbo perante a denuncia/reclamação da DECO, limitou-se a colocar uma informação, meio escondida e sem qualquer destaque, onde efectivamente reconhece que a publicidade com recurso ao estudo da DECO, era ilegal.
No fundo trata-se de mais uma habilidade do Jumbo.
Porem este meu desabafo não se prende com essa matéria, que em devido tempo abordei aqui, [muito embora sem ter percebido que era abuso do Jumbo]. Hoje o assunto prende-se com uma habilidade muito comum nesta grande superfície. O assunto conta-se em poucas linhas. A saber:
Há dois dias uma box no centro da área comercial, anunciava uns plovers com 60% de desconto, isto é em lugar dos 14 euros e qualquer coisa a que o produto estava marcado, o cliente pagaria apenas 6 euros. A relação qualidade novo preço pareceu-me aliciante e procurei um para comprar. Porem a peça que escolhi, contrariamente ao anunciado não custava originalmente 14,60 Euros, mas 9.98. Reparei contudo que não era a única, a peça fazia parte de um lote colocado naquela box.
Peguei na peça que me interessava e dirigi-me à caixa para pagar: pediram-me 6 euros. Reclamei! Seis euros não correspondem a um desconto de 60%. Veio um funcionário explicar-me que este produto não estava em promoção, porque afinal o que tinha promoção era com mangas e eu trazia sem mangas.
Retorqui, explicando que sendo assim a peça tinha que custar 9.90 que é o que está marcado na etiqueta, contudo passa a 6. Expliquei e demonstrei que a questão da maga não fazia sentido nenhum. Na mesma box estavam outros plovers sem mangas com o preço de 14.60 e passavam na registadora a seis euros.
Desmontada a argumentação, foi-me reconhecida a razão e o meu plover custou-me 3,88, isto é, o plover teve um desconto de 60%, tal como estava anunciado. Prometeram também corrigir de imediato a situação retirando aqueles plovers daquela box, ou então coloca-los não a 6 euros como os demais, mas a 3,88.
Hoje, voltei ao local do “crime” e qual não é o meu espanto quando verifico que tudo está exactamente na mesma?
Indignado pedi para falar com o responsável.
Apareceu uma menina toda sorrisos que logo argumentou que eu estava errado, quando muito era um produto que alguém lá tinha colocado, blá, blá, blá... depois, perante a falácia da argumentação, insistiu que o produto anunciado no catalogo era apenas plovers com mangas.
- Pois! … Então explique-me porque estão estes plovers sem mangas marcados a 9.90 e passam na maquina registadora a seis euros?
- Blá, blá… pois, tem razão, desculpe, blá, blá… - retorquiu a zelosa representante da loja, prometendo, perante a minha determinação em fazer reclamação junto das autoridades competentes, que a situação iria no imediato ser resolvida.
Mas, esta é a questão, quantos incautos não compraram aquelas peças convencidos quye as compravam com um desconto de 60%? Quantos?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Diz-me a quem serves, dir-te-ei quem és!


A diocese de Vila Real saiu a terreiro para criticar a GNR, por supostos excessos na prisão do padre pistoleiro.

Por muito estranho que a coisa possa parecer [a igreja defender um homem que tem uma visão do evangelho estilo Texas] a verdade é que se trata da defesa de um dos seus. Defender os seus até à exaustão, mesmo perante indícios de tráfico de armas proibidas e de uma estranha visão do evangelho, não me parece consentâneo com o evangelho. Cristo oferecia a outra face perante a agressão, o padre em questão mesmo antes da agressão “saca” a pistola.
Bom… mas isto sou eu a escrever, eu que não sigo o evangelho. Adiante…
Estranhamente, e digo-o com toda a sinceridade, surpreende-me que esta mesma diocese tenha feito um silencio sepulcral sobre o assassínio do Padre Maximino Barbosa de Sousa.
Padre Max, assim era conhecido, juntamente com a jovem estudante Maria de Lourdes, foram assassinados à bomba no lugar da Cumieira, território desta mesma diocese em 3 de Abril de 1976.
Estranho, talvez não!
Padre Max dizia, de acordo com o evangelho, que seria “mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus”.
Ai igreja, igreja mostra-nos quem defendes para que saibamos  quem serves!

Antes da dívida temos direitos!


Lançamento de petição à Assembleia da República pelos direitos dos trabalhadores a recibos verdes nas contribuições à Segurança Social

É preciso agir perante as injustiças que a precariedade nos impõe. Foi isso que levou estes 4 movimentos - APRE! (Activistas Precários), FERVE (Fartos/as d'Estes Recibos Verdes), Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e Precários Inflexíveis - a juntarem-se para promover uma petição à Assembleia da República, que reunirá milhares de assinaturas para combater as injustiças nas contribuições para a Segurança Social dos trabalhadores e trabalhadoras a recibo verde.

[Ler aqui ]

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Petição da CGTP (alargar a protecção no desemprego)


A CGTP está a promover uma petição com vista a;
Alargar a protecção no desemprego;
Revogação do factor de sustentabilidade;
Alteração das regras de actualização das pensões e prestações

«Em consequência do encerramento de grande número de empresas, deslocalizações e salários em atraso, resultante da governação do PS e do comportamento do patronato, milhares de trabalhadores são hoje desempregados de longa duração e muitos outros, essencialmente jovens, devido ao emprego precário, estão desempregados e sem direito a protecção no desemprego, conduzindo muitos famílias à situação de pobreza.
Impõe-se alargar a protecção no desemprego, reduzindo os períodos de garantia para 365 e 90 dias dos subsídios de desemprego e social, e o prolongamento deste durante todo o período de recessão; majoração das prestações familiares e das prestações de desemprego quando há em simultâneo mais que um desempregado no mesmo agregado. [continua


Para assinar esta Petição, por favor click aqui.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O essencial faz a vida valer a pena



O texto apareceu-me no meu e-mail. Trata-se de mais um texto, de autor brasileiro suponho, como muitos outros que circulam na net. Vagos alguns, profundos outros. Este contudo por razões particulares a que não é alheio o facto de também eu ter descoberto «que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora» fez-me valoriza-lo e partilhá-lo com quem me lê, com quem passa de quando em vez por aqui e dá uma olhada aos meus desabafos, aos meus estados de alma.

Um muito obrigado a quem mo enviou.


* * *


O essencial faz a vida valer a pena.

Contei os meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma tijela de cerejas. As primeiras, ela chupou-as displicente, mas percebendo que faltam poucas, até rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabarolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando os seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projectos megalómanos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milénio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos factos a limpo".
Detesto fazer acareação de desafectos que lutaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
O meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Quero a essência, a minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na tijela, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir dos seus tropeções, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge da sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão-somente andar ao lado do Bem.
Caminhar perto de coisas e pessoas verdadeiras, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.

Projecto: Bom Dia Coração:
Participe dessa ideia, passe esta mensagem para a frente.
Nada neste mundo faz sentido se não tocamos o coração das pessoas. Se a gente cresce com os
golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma.

janemaryabreu@yahoo.com.br

Golpes de rins


Eu sei que o nosso sistema judicial, diria sistema ocidental, representa sem duvida alguma, um avanço civilizacional. Sobretudo se comparado com alguns sistemas judiciais – Serão mesmo judiciais? – islâmicos ou africanos. Porem há nele algo de perverso que faz com que cada vez mais desconfiemos dele.

O direito à defesa por um ou vários advogados [dependendo da carteira do arguido.] de todo e qualquer arguido é sem duvida um aspecto basilar e determinista dos fundamentos civilizacionais aqui reconhecidos.
É aliás, impensável uma justiça onde esse principio não esteja reconhecido e, diria mesmo, facilitado.
A questão que vou colocar, não significa, nem de perto nem de longe qualquer oposição a esse principio, porem a postura de alguns advogados leva, a que o meu espírito, porventura duro de cintura, se arrepie com alguns golpes de rins. "Golpes" esses que levam a que um advogado seja capaz de, hoje defender na barra um trabalhador despedido e enxovalhado na sua dignidade por um qualquer pato-bravo que lidera uma qualquer empresa e amanhã esteja a defender esse mesmo patrão noutro qualquer conflito.
Evidentemente que o advogado é pago para isso para defender e que de um modo geral o faz com honestidade e respeito pelo sistema vigente. Mas esta “promiscuidade”, esta mudança de campo, estes posicionamentos perturbam, incomodam. A mim pelo menos…
Outros há, que no que confere as defesas que patrocinam, conseguem fazer o pleno. Por exemplo o advogado que defendeu Fátima Felgueiras no processo “Saco Azul”, é o mesmo que defendeu o vice da CM de Gondomar, José Luis Oliveira no “Apito Dourado”, o mesmo que defendeu o celebérrimo Domingos Névoa do Bragaparques e o mesmo que agora defende Hugo Godinho sobrinho do principal arguido no “Face Oculta”.
Mediatismo é o que é. Pois, que mais podia ser?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Confraternização - castelovidenses nascidos em 1959



«A vida esgota a vida hora a hora. O tempo gasta o tempo e marca a gente. O espelho mostra como estou diferente. Não estou novo, não sou novo! Mas não me peçam que a vida se apague do fundo de mim.» (*)

Os castelovidenses nascidos em 1959 vão confraternizar, para tal vão juntar-se num jantar (previsto para o primeiro fim de semana de Dezembro) e comemorar meio século de vida.
Amigo, se você, tal como o escriba, completou ou ainda completa esta bonita idade este ano, inscreva-se e… apareça.
Contacte a Lena (da Phamácia Freixedas) ou ligue para o 245901152.
[Se quiser tambem pode pedir informações ao escriba, contactando este e-mail]
Se conhece a morada ou o contacto dos muitos artilheiros e artilheiras da colheita de 59 que andam por fora diga-lhe que todos nós vamos gostar de os rever… diga-lhes para aparecerem.



(*) Poeta não identificado

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eis o ZÉ! ZÉ Sapatilhas... da Covilhã

Covilhã, Socrates em 1986.



Vem da serra um infeliz,
vender semea por farinha
passado uns tempos já diz
- Esta terra é toda minha! (*)



(*) António Gedeão

Oculta face

Parece que o Supremo Tribunal terá considerado nulas as escutas a Armando Vara em que são gravadas conversas com José Sócrates, por estas terem envolvido o primeiro-ministro sem autorização prévia do Supremo, como manda a nova lei.
Alguma imprensa diz mesmo que a legislação que proíbe essas escutas, é da responsabilidade exclusiva do PS, do PSD e claro do CDS…
O Portas, habitualmente tão eléctrico, tem feito um silêncio ensurdecedor… Convém, convém não fazer ondas até porque ao que parece foram dois e não um, os cheques que o sucateiro da “Face Oculta” ou [vou escrever de forma poética, para deixar o Pinto de Sousa satisfeito] “Oculta Face”, passou ao CDS.
A imprensa entretanto vai dizendo, escrevendo ou entretendo, sei lá…


A liberdade é um direito de todos, crentes, ateus, cépticos, agnósticos e livres-pensadores.

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) congratulou-se com a decisão Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, que “manda” retirar os crucifixos das salas de aula por constituírem da liberdade religiosa. A escola laica é, diz a AAP, o “reflexo de um Estado laico onde, ao contrário dos estados confessionais, a liberdade não é apanágio da religião oficial mas um direito de todas, direito igualmente conferido aos ateus, cépticos, agnósticos e livres-pensadores.”

A AAP vai mais longe e diz que “esta decisão histórica deve servir de aviso às professoras que pretendem dar aulas de burka, às comunidades que pretendem ver as escolas transformadas em madraças e a todos os prosélitos que querem uma escola ao serviço das suas crenças.
Este artigo que encontrei aqui, vem mesmo a propósito do post anterior e dos comentários que ele suscitou. Nomeadamente quando alguns não almejam que todos os cidadãos têm direito a ser crentes e a ser descrentes ou mesmo anti-crentes.
Ser “anti” não significa que tenha o direito de se imiscuir na vida de cada um, porem julga que a sociedade civil, o Estado em concreto, não tem que dar ouvidos a nenhuma religião, seita ou crença por mais que ela esteja enraizada na sociedade. Dai que o protocolo de estado deva relegar todo e qualquer representante das convicções religiosas das cerimónias oficiais.
Se assim não for, na próxima investidura presidencial ou outra, quero ver em lugar de destaque a Bruxa do Pego mulher virtuosa que tantas "maleitas tem tratado". Ou porque não, o Bruxo de Alter, curandeiro se quiserem. Ou até o "prof." não sei quantos, aquele senegalês que tem aliviado as carteiras do pagode que lhe cai nas garras...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Excomunguem, condenem ao fogo eterno dos infernos, mas enquanto não CALEM-SE!

Se enquanto não crente, não católico, não cristão, agnóstico ou mesmo ateu não me intrometo nos assuntos da igreja – não discuto por exemplo o celibato dos padres – porque cargas dágua se imiscuem estas almas na vida da sociedade?
Quando um casal homossexual, pretender “santificar” o nó, submetendo-o à benzedura da igreja, pois bem, reclamem, excomunguem-nos, condenem-nos ao fogo eterno dos infernos, coloquem-nos debaixo do ceptro desse deus castigador e omnipresente que rege e comanda a vossa passagem pela terra… mas enquanto não calem-se que esse ganir incomoda.
Sou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, na medida em que entendo que a orientação sexual não pode descriminar ninguém. Outra coisa é a adopção por casais homossexuais. Sobre essa matéria, salvo melhor opinião devidamente fundamentada, manifesto desde já a minha oposição. Mas isso é matéria para outro fórum.

Aquele empinocado nariz, que quase lhe oculta a face, cresce, cresce, cresce…



Os parolos são assim; toscos, broncos, quadrados tanto quanto, inoportunos quase sempre…

Pinto de Sousa, cuja propensão para a piada fácil lhe está na massa do sangue, como na minha terra se define o gene, quis ironizar no debate parlamentar sobre o programa de governo, e tentou ridicularizar a oposição que se opõe à Europa do capital, à Europa dos banqueiros, à Europa dos senhores das guerras, contrapondo-lhe a Europa da paz, a Europa dos povos, a Europa da solidariedade…
São Europas distintas.
A primeira merece a confiança e o esforço de uma cáfila de oportunistas que esgotaram os recursos nacionais, das diversas nações que a compõem e querem mais espaço para saciar a sua gula.
A outra, e foi esta que Pinto de Sousa tentou achincalhar, (Europa, outra como dizem para ficar mais poetico. Disse.) opõe-se à primeira contrapondo valores outros, que não os do dinheiro, mas da solidariedade, da fraternidade, do respeito e consideração por todos, pelas minorias religiosas, étnicas, sexuais, por todos. Uma outra Europa que cultive a paz em prol da preservação da humanidade. Ecológica e desenvolvida. Uma Europa do Sec. XXI, uma Europa com direitos.
Esta é outra Europa, a Europa outra que a grosseria de Pinto de Sousa belisca com o seu sarcasmo mas jamais conseguirá travar, atrasa-a quanto muito.
Mas eu reparei que aquele empinocado nariz, que quase lhe oculta a face, cresce, cresce, cresce…

domingo, 8 de novembro de 2009

Taxas moderadoras


Correia de Campos a sinistra figura que apadrinhada por Sócrates, ocupou a pasta da saúde no anterior governo e malbaratou a logística do nosso sistema de saúde, apostado que estava em enterrar o que ainda resta do Serviço Nacional de Saúde, implementou nesse âmbito, na linha aliás de alguns dos seus antecessores na pasta, taxas ditas moderadoras. A medida foi fortemente contestada pela população e pela oposição, mas o peso claustrofóbico da “maioria absoluta” de então não teve contemplações e avançou com as taxas. Com as taxas e com os encerramentos de maternidades e hospitais…
Apesar da aprovação, do seu apoio aquela politica, face à contestação popular, Sócrates despediu o ministro, mas manteve as politicas…
Agora, num parlamento onde a arrogância tem que baixar as orelhas e perante a iminência de o parlamento legislar sobre a matéria, jogador habilidoso, Sócrates antecipa-se e propõe-se acabar com duas dessas taxas.
Vale mais tarde que nunca é certo, mas convenhamos fazê-lo sem reconhecer que estavam errados quando insistiram, contra tudo e todos, incluindo gente do PS, na medida não é bom sinal. Antes pelo contrário, tal facto indicia que o “animal feroz” é agora uma espécie de camaleão, ou talvez seja mais do género lapa…

Telhados de vidro

A história da nossa justiça não regista condenações, nem parece que haja legislação adequada, para responsabilizar legalmente quem nomeia corruptos.
Não sei onde o PSD quer chegar, segundo o “Expresso” de ontem o PSD, estuda a hipótese de legislar sobre a matéria, no sentido de vir a responsabilizar os responsáveis por essas nomeações.
Creio que não passa de uma iniciativa, de uma suposta iniciativa, e que a curto prazo a ideia cairá no saco dos esquecidos, ou então vai para a gaveta onde Soares arrecadou o socialismo, mas ainda assim, não posso deixar de alertar o PSD no sentido de se cuidar e se, porventura avançar mesmo com a ideia, deve legislar no sentido de que a mesma não tenha efeitos retroactivos…

“Sarna” para se coçar

Armando Vara é um amigo de peito do primeiro-ministro. É o próprio Sócrates quem o afirma ao dizer que Vara “é meu amigo de há muitos anos, fiz com ele carreira política.”
Sócrates faz bem em afirmar aquilo que todos sabíamos, inclusivamente podia também ter dito que foram colegas de escola, ao que parece cursaram na mesma universidade – não sabemos se o diploma de Vara é de Domingo ou de dia da semana mas isso não importa, o que importa mesmo é a amizade que os une – Sócrates mostra assim que não subalterniza as amizades, mesmo quando elas parecem incomodar.
Estranho que Sócrates, apesar disso, continue à procura de “sarna” para se coçar, sempre tão arrogante, tão provocador…
Com amigos como os dele para que precisa de inimigos?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um desenho da Catarina


Autoretrato?!

Um vasto leque de conhecimentos, de amizades... pagas evidentemente!


Segundo a revista Visão, Narana Coissoró fazia parte do rol de contactos de Manuel Godinho, o principal arguido no caso “Face Oculta”.
Narana, antigo deputado do CDS confirma que foi “advogado de Manuel Godinho depois da inauguração da Expo 98” (…) depois manteve-se uma relação não profissional, de vez em quando fazia uma espécie de consultadoria jurídica informal (…) quando ele vinha a Lisboa, telefonava-me, almoçávamos (…) nos últimos 5, 6 anos jamais vi o Sr. Godinho”.
Ao que parece o ex-deputado do CDS terá dado a Godinho cartões-de-visita com a indicação para que “fosse bem recebido” facilitando esses encontros.
Não sei se esta situação consubstancia alguma promiscuidade entre a política, a profissão e os negócios do empresário. Quer-me parecer que sim, mas em boa verdade não sei. Contudo o fio condutor revela uma teia muito complexa e indica igualmente que Manuel Godinho era multifacetado no que confere a conhecimentos. Para já sabemos que as amizades vão do CDS/PP ao PS. Enfim digamos que pragmatismo não lhe falta, quando se trata de negócios. Há quem insista em chamar a estes negócios tráfico de influência, enfim… seja. É!
Vamos ver onde isto nos leva, ou onde acaba, sendo certo que há quem fale num processo para mobilizar a nossa justiça durante uns “curtíssimos” sete anos.
Mas porque é que a “bomba” só estalou depois de encerrado o ciclo eleitoral?
Não consigo entender este timing…se a coisa já era conhecida porque estalou tão tarde?
O meu dedo mindinho “diz-me” que foi por causa das eleições…
Calhando…

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Francisco Assis, um homem às esquerdas!


Uma saudação muito especial para o líder parlamentar socialista, Francisco Assis, o qual ao contrário dos sinais emanados pelo governo soube balizar as coisas. Disse ele: "É bom que os portugueses saibam o que o Governo pensa e preconiza, mas, ao mesmo tempo, é bom que também saibam que tem de haver, da parte do Governo e da maioria parlamentar que o sustenta, a abertura de espírito suficiente para garantir a obtenção dos consensos necessários, porque há hoje uma evidência absoluta, é que nada se poderá fazer sem o mínimo de consenso".


Porque não dá Sócrates ouvidos a esta gente? Porque insiste em ouvir e seguir os trauliteiros? Porque é tão arrogante!

Francisco Assis, um homem às esquerdas! Que o mesmo é dizer um homem para fazer pontes, para procurar consensos.

Cumplicidades


«E eu pergunto: porque se atirou então para a comunicação social com nomes de pessoas conhecidas, que são atingidas na sua honra e dignidade quando, apesar de já, ao que se diz, serem arguidas, ainda gozam da presunção de inocentes, até porque podem deixar de o ser, dadas as averiguações em curso?»

Mário Soares
***

É aqui, neste particular que a admiração que não escondo, pelo Dr Mário Soares, de quem divirjo e muito, mas que me habituei a respeitar, me causa sérios incómodos. Da mesma forma também me incomoda, porque respeito e até admiro a retórica, o Dr Almeida Santos. Ambos me suscitam uma espécie de amor e ódio.
O Dr Mário Soares, não hesitou em vir à praça pugnar pela honra dos arguidos no processo “Face Oculta” a citação a que recorro é bem elucidativa. Tanto mais que não lhe vejo igual fervor quando estão outros nomes em causa. Mas Mário Soares nesta questão da presunção de inocência dos arguidos nem sempre foi comedido. Quando, já lá vão uns bons anos, foi desmantelado o grupo “terrorista” FP-25, um dos militantes ou dirigentes desse grupo tinha o mesmo nome e apelido de um dirigente do PCP. Mário Soares acabadinho de chegar de uma das muitas viagens que fez, é confrontado com a prisão desse dirigente. Soares sem a mínima contenção, de imediato associou o PCP as FP-25. “Azar”, o militante em causa era o tal que tinha o mesmo nome e apelido do dirigente comunista. O nome era tudo o que tinham em comum.
Não foi apenas uma das muitas gafes de Soares, não! Soares viu ali uma oportunidade para entalar o PCP.
Vistas as coisas à distância de quase 30 anos, e tendo em conta todo o processo, Soares hoje até não me é antipático… mas estas suas ressabiadas defesas da família dão-me comichões…
Quanto a Almeida Santos… bom… basta ler a sua vasta obra literária e compara-la com a prática diária e a sua permanente disponibilidade para “defender” os seus. Poucas vezes a retórica encontra similitude com a pratica e, por muito que eu aprecie a eloquência e o verbo, esbarro constantemente nas atitudes e alinhamentos de deles…
Contraditório o post, talvez… mas fique sabendo que eu sou mesmo assim, contraditório, mas tem mais… desconfio dos alinhadinhos…


Irreverência, escreveu.


Hoje pela manhã, a dona do quiosque onde compro o jornal – que normalmente está maldisposta – estava particularmente mal-humorada. Zangada.

A senhora estava indignada com os grafites feitos durante a noite no quiosque e nos prédios em redor.
Fiquei sem saber o que dizer, dividido entre o politicamente correcto e o incomodo por aqueles garatujes e gatafunhes a torto e a direito.
Um sorriso amarelo foi tudo o que consegui…

***

Agora leio no mesmo jornal que comprei no quiosque, uma reportagem sobre o julgamento dos assassinos, ou assassino, do aluno da Casa Pia.
Não me surpreende a frieza e a ligeireza com que um dos assassinos confessou em tribunal a forma como matou Eucrides Varela de 16 anos em 12 de Dezembro de 2008. Disse ele: «Espetei-lhe a faca, por trás, junto às costas, quando ele estava a levantar-se do chão.»
Mas fico transtornado quando a reportagem refere que: «No banco dos réus sentam-se 16 "miúdos", com idades entre os 17 e os 20 anos, todos portugueses de origem africana, a maioria residente na bairro de Casal da Mira, na Amadora, e alguns do bairro de Porto Salvo, em Oeiras. Sobressaem na irreverência, até no modo de estar em tribunal.»

Irreverência? Francamente!

A irreverência sempre foi motora de transformação radical da sociedade, em busca do bem comum. Confundir “irreverência” com má-criação, com má educação, com ausência de valores constitui porventura um branqueamento das atitudes que a tempo acabaremos por pagar bem caro.
É tempo de chamarmos os bois pelos nomes, e crime é crime independentemente das causas sociais. Estas não podem ser ignoradas, devem alias ser estudadas e ser objecto de reflexão, mas não podem aligeirar e banalizar o crime ou os comportamentos desviantes.
Isto não significa que estas atitudes e comportamentos sejam comparáveis aos crimes de colarinho branco e outros de nível semelhante. Claro que não, o que não significa que não tenham em comum o crime.


PS: Para que não surjam leituras enviesadas do meu post, quero deixar claro que não estabeleço nenhum paralelismo entre os grafites e o julgamento dos assassinos de Eucrides Varela.

Escrevi apenas, ou tentei, sobre a ligeireza com que tratamos comportamentos desviantes e ou aceitamos que nos imponham determinado gosto. Nomeadamente não percebo a razão pela qual sou obrigado a conviver e a aceitar garatujes e outras sujeiras em nome da arte ou da liberdade. Evidentemente que os artistas podem e devem continuar a sua obra, no respeito pelo direito da sociedade… convenhamos… é uma questão de liberdade.

Estás demitido, obviamente demitido!

Armando Vara pediu a suspensão do cargo de vice-presidente do BCP.
Mas não foi de vontade... foi empurrado!

Será que foi merecido?


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Levantamentos nas caixas ATM vão custar 1,50€




Os bancos preparam-se para cobrarem 1,50 Eur por cada levantamento nas caixas ATM.
Isto é, de cada vez que levantar o seu dinheiro com o seu cartão, o banco vai almoçar à sua conta. Este 'imposto' (é mesmo uma imposição, e unilateral) aumenta exponencialmente os lucros dos bancos, que continuam a subir na razão directa da perda de poder de compra dos Portugueses.
Este é um assunto que interessa a todos assine a petição aqui.


Quando a voz do dono fala mais alto.



«Tal como há quatro anos e meio, é de enaltecer que, por coerência e respeito pelos eleitores, o PS tenha apresentado exactamente o mesmo programa de governo que tinha sufragado nas urnas»
In-Editorial do DN de 3/11/2009



Coerência?
Quando dispunha de maioria absoluta para governar com o seu programa o PS mandou-o às malvas, agora por voz própria ou por encomenda vem falar de coerência?
Francamente! Um mínimo de decoro e pudor, já que honra não têm, é tudo o que se exige.

Respeito pelos eleitores?
Estes tipos por vezes enojam-me, outros fazem-me rir…
A que eleitores se refere o escriba? À minoria que sufragou aquele programa ou à imensa maioria que disse não e retirou a maioria absoluta ao Sócrates?
Um mínimo de coerência, diria de compostura, não ficava mal.

Aos donos e aos serviçais, evidentemente.

CGTP- Petição pelo alargamento da protecção no desemprego

A CGTP lançou uma petição para ser entregue na Assembleia da República, que exige respostas sociais urgentes para os desempregados e pensionistas.
Assina a petição, aqui.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estranhos suicidas…


Segundo a imprensa de hoje, Diana Blefari Milazzi [Foto à esquerda] condenada a prisão perpetua por assassínio, ter-se-á suicidado na prisão.
Diana Milazzi era ao que parece uma neobrigadista. Neobrigadista é a denominação que a imprensa italiana atribui aos militantes das novas “Brigadas Vermelhas”, ditas seguidoras das antigas “Brigate Rosse” responsáveis entre outros pelo assassinato, 55 dias após o sequestro, do líder da Democracia Cristã italiana Aldo Moro.
Há nisto, nos suicídios de opositores ao poder instituído, enquanto presos qualquer coisa de estranho algo que indicia que as coisas não acontecem assim como nos querem fazer crer.
Sobre o suicídio de Diana Blefari Milazzi, a Itália “leu” que também a mãe de Diana morreu por suicídio, como que para justificar o suicídio da filha. Propensão hereditária para o suicídio.
Enfim guerra psicológica.
Estranho a ligeireza e a facilidade com que os adversários do estado se suicidam quando presos…

Este “suicídio” fez-me lembrar o fim do Grupo Baader-Meinhof nos anos 70 na Alemanha Federal.
Os principais dirigentes, um após outro foram-se “suicidando”
Tenhamos em conta que os terroristas estavam presos em prisões de alta segurança do estado alemão, no entanto em 9 de Maio de 1976, Ulrike Meinhof [Foto da direita] foi encontrada morta em sua cela, enforcada com uma toalha. A investigação concluiu que se tratara de suicídio.
Pouco mais de um ano após o “suicídio” de Meinhof, em 18 de Outubro de 1977, Baader e Rasper foram encontrados mortos, com ferimentos a bala.
O Ministério da Justiça informou que ambos se haviam suicidado com tiros de pistola.
Estranhamente ninguém informou como entraram na prisão as pistolas de uso exclusivo das Forças Armadas da Alemanha.
Suicídios? Pois…

domingo, 1 de novembro de 2009

José Sócrates é um maganão

Quando recebeu um inequívoco mandato popular para governar com o programa socialista, Sócrates borrifou-se no programa sufragado pela maioria do povo português, refiro-me evidentemente as eleições legislativas de 2005, e governou com o programa do PSD e do PP.
Não poucas vezes o PSD se insurgiu, reclamando muito justamente, que o PS de Sócrates lhe estava a roubar as propostas.
Bagão Felix (CDS/PP) pai do Código do Trabalho ria-se de gozo quando o PS, que na legislatura anterior se comprometera a logo que chegasse ao poder revogaria o malfadado Código. A verdade é que não só não o revogou como o agravou.

No que confere à Europa, Sócrates foi eleito debaixo do compromisso de referendar aquilo a que quiseram chamar "constituição europeia" e uma vez no poder, cagou, a palavra é mesmo esta, no programa socialista e mandou o referendo às malvas. Estou a abordar a coisa pela rama, porque todos sabemos o que foi a governação de José Sócrates nomeadamente nos capítulos da saúde, da educação, da agricultura, etc..
Em 2005 o mandato popular era inequívoco, os portugueses maioritariamente deram um voto de confiança ao programa socialista. Mas em 2009 os portugueses, que as vezes parece que sofrem de amnésia, sem equívocos disseram claramente que não queriam Sócrates a governar a seu belo prazer. A maioria dos portugueses confiou o seu voto no PSD, no CDS, no Bloco e na CDU. Estes partidos, embora tão diferentes uns dos outros, receberam no conjunto 57.22% dos sufrágios enquanto Sócrates mereceu a confiança de 36,55% dos portugueses que votaram. Isto em poucas palavras quer dizer que o PS, porque individualmente foi o mais votado, tem legitimidade para formar governo, porem para governar tem que negociar e procurar entendimentos com os restantes partidos.
Seja à esquerda – Seguramente que não. Com este maganão na liderança socialista, jamais será possível. - seja com a direita, seja uma vez com uns outras vezes com outros, tem que procurar entendimentos. Goste ou não, terá que negociar. O seu programa, foi de longe rejeitado pela maioria dos eleitores que exerceram o voto. [Também não havia necessidade, assim como assim aquilo não é para cumprir…]
Estranhamente Sócrates diz que vai governar com o seu programa. Agora que não tem maioria quer – mentira! – aplicar o seu programa. É caso para perguntar: Porque não o fez quando podia?
Mas Sócrates não é apenas maganão. Não, Sócrates gosta de  provocar… Então não é que o maior adversário do dialogo com os professores um tal Valter, responsável pelo agravar de tensões entre aquela classe profissional e o ministério de Lurdes Rodrigues vs Sócrates, transita da educação para a secretaria do emprego.
Se Sócrates quisesse paz, se porventura estivesse interessado em resolver os problemas do pais, jamais entregaria uma pasta tão delicada quanto aquela a uma pessoa que para alem de inábil para negociar, faz gala disso mesmo e quer a todo o custo impor a sua vontade.
Sócrates aposta no conflito na esperança de se vitimizar, porem o tiro pode sair-lhe pela culatra.
Oxalá!