domingo, 1 de novembro de 2009

José Sócrates é um maganão

Quando recebeu um inequívoco mandato popular para governar com o programa socialista, Sócrates borrifou-se no programa sufragado pela maioria do povo português, refiro-me evidentemente as eleições legislativas de 2005, e governou com o programa do PSD e do PP.
Não poucas vezes o PSD se insurgiu, reclamando muito justamente, que o PS de Sócrates lhe estava a roubar as propostas.
Bagão Felix (CDS/PP) pai do Código do Trabalho ria-se de gozo quando o PS, que na legislatura anterior se comprometera a logo que chegasse ao poder revogaria o malfadado Código. A verdade é que não só não o revogou como o agravou.

No que confere à Europa, Sócrates foi eleito debaixo do compromisso de referendar aquilo a que quiseram chamar "constituição europeia" e uma vez no poder, cagou, a palavra é mesmo esta, no programa socialista e mandou o referendo às malvas. Estou a abordar a coisa pela rama, porque todos sabemos o que foi a governação de José Sócrates nomeadamente nos capítulos da saúde, da educação, da agricultura, etc..
Em 2005 o mandato popular era inequívoco, os portugueses maioritariamente deram um voto de confiança ao programa socialista. Mas em 2009 os portugueses, que as vezes parece que sofrem de amnésia, sem equívocos disseram claramente que não queriam Sócrates a governar a seu belo prazer. A maioria dos portugueses confiou o seu voto no PSD, no CDS, no Bloco e na CDU. Estes partidos, embora tão diferentes uns dos outros, receberam no conjunto 57.22% dos sufrágios enquanto Sócrates mereceu a confiança de 36,55% dos portugueses que votaram. Isto em poucas palavras quer dizer que o PS, porque individualmente foi o mais votado, tem legitimidade para formar governo, porem para governar tem que negociar e procurar entendimentos com os restantes partidos.
Seja à esquerda – Seguramente que não. Com este maganão na liderança socialista, jamais será possível. - seja com a direita, seja uma vez com uns outras vezes com outros, tem que procurar entendimentos. Goste ou não, terá que negociar. O seu programa, foi de longe rejeitado pela maioria dos eleitores que exerceram o voto. [Também não havia necessidade, assim como assim aquilo não é para cumprir…]
Estranhamente Sócrates diz que vai governar com o seu programa. Agora que não tem maioria quer – mentira! – aplicar o seu programa. É caso para perguntar: Porque não o fez quando podia?
Mas Sócrates não é apenas maganão. Não, Sócrates gosta de  provocar… Então não é que o maior adversário do dialogo com os professores um tal Valter, responsável pelo agravar de tensões entre aquela classe profissional e o ministério de Lurdes Rodrigues vs Sócrates, transita da educação para a secretaria do emprego.
Se Sócrates quisesse paz, se porventura estivesse interessado em resolver os problemas do pais, jamais entregaria uma pasta tão delicada quanto aquela a uma pessoa que para alem de inábil para negociar, faz gala disso mesmo e quer a todo o custo impor a sua vontade.
Sócrates aposta no conflito na esperança de se vitimizar, porem o tiro pode sair-lhe pela culatra.
Oxalá!

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