terça-feira, 10 de novembro de 2009

Aquele empinocado nariz, que quase lhe oculta a face, cresce, cresce, cresce…



Os parolos são assim; toscos, broncos, quadrados tanto quanto, inoportunos quase sempre…

Pinto de Sousa, cuja propensão para a piada fácil lhe está na massa do sangue, como na minha terra se define o gene, quis ironizar no debate parlamentar sobre o programa de governo, e tentou ridicularizar a oposição que se opõe à Europa do capital, à Europa dos banqueiros, à Europa dos senhores das guerras, contrapondo-lhe a Europa da paz, a Europa dos povos, a Europa da solidariedade…
São Europas distintas.
A primeira merece a confiança e o esforço de uma cáfila de oportunistas que esgotaram os recursos nacionais, das diversas nações que a compõem e querem mais espaço para saciar a sua gula.
A outra, e foi esta que Pinto de Sousa tentou achincalhar, (Europa, outra como dizem para ficar mais poetico. Disse.) opõe-se à primeira contrapondo valores outros, que não os do dinheiro, mas da solidariedade, da fraternidade, do respeito e consideração por todos, pelas minorias religiosas, étnicas, sexuais, por todos. Uma outra Europa que cultive a paz em prol da preservação da humanidade. Ecológica e desenvolvida. Uma Europa do Sec. XXI, uma Europa com direitos.
Esta é outra Europa, a Europa outra que a grosseria de Pinto de Sousa belisca com o seu sarcasmo mas jamais conseguirá travar, atrasa-a quanto muito.
Mas eu reparei que aquele empinocado nariz, que quase lhe oculta a face, cresce, cresce, cresce…

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