quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Policia filma sem autorização

Recebi no meu correio electrónico um "mail", cujo texto reproduzo, bem como os dois anexos [Fotos que se seguem] que supostamente é da autoria do conhecido advogado e defensor dos trabalhadores António Garcia Pereira:




«Tendo presente que ao longo de toda a manifestação/concentração do passado dia 14/11 tinham sido vistos elementos policiais a procederem a filmagens dos manifestantes e ainda que, sem ter sido previamente obtida a autorização, legalmente devida, da Comissão Nacional de Protecção de Dados, tais filmagens seriam completamente ilegais, e finalmente sabendo-se que em duas manifestações anteriores a PSP tentara obter tal autorização mas esta fora-lhe negada, requeri no passado dia 22/11/12 me fosse informado se a PSP requerera ou não autorização para as ditas filmagens.

Por Ofício datado de 3/12/12 e recebido a 5/12/12 veio a mesma Comissão Nacional de Protecção de Dados informar e esclarecer que a PSP não requerera, e logo não obtivera, autorização para proceder às supracitadas filmagens da manifestação do dia 14/11.

Ora, confrontada com esta informação da Comissão Nacional de Protecção de Dados – e, consequentemente, com a ilicitude das filmagens feitas por elementos da PSP – veio a Direcção Nacional da referida Polícia, através do seu Gabinete de Imprensa e Relações Públicas, afirmar, pelo seu Ofício de 6/12/12, que “a PSP informa que não procedeu à instalação ou utilização de qualquer câmara de vídeo, fixa ou portátil,  na manifestação de 14 de novembro de 2012, em Lisboa” (sic).

Ora, tal informação é redondamente falsa, como o Director Nacional e a sua Direcção bem sabem, tendo tais filmagens por elementos da PSP sido presenciadas por centenas, para não dizer milhares, de pessoas presentes no local e constando de inúmeros registos fotográficos e videográficos, de que ora se juntam, a título meramente informativo, duas das fotografias que circulam na Net.

Esta conduta de ostensiva e dolosa violação da verdade dos factos por parte da Direcção Nacional da PSP é, além de profundamente lastimável, em absoluto inadmissível, pelo que o Sr. Director Nacional da PSP deve demitir-se de imediato ou, caso não o faça, deverá então ser demitido do cargo.


O Advogado,


(António Garcia Pereira)


António Garcia Pereira
Garcia Pereira e Associados - Sociedade de Advogados, R.L.
Av. Miguel Bombarda, 61 - 5º
1050-161 LISBOA
Tel. (351) 21 358 23 85 - Fax: (351) 21 352 14 02

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Troikanos...


Troika chega a Portugal para realizar terceira avaliação, ou para ser mais preciso, se saciar.

Nota: Com este post o Ribeiro da Fonte vai ibernar, estarei pelo "O meu capote" e no Facebook

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Acabar com a pieguice

A questão do sindicalismo.
Em boa verdade o artigo do "Jornal de Negocios", é bastante pertinente, põe o dedo em muitas das nossas feridas. Porque é tempo de discutir o sindicalismo sem tabus, deixo o linke [clicar] para o artigo de Leonel Moura no Jornal de Negocios sob o tema.
Pessoalmente estou de acordo com o texto.


Acabar com a pieguice- A Escolha do Editor - Jornal de negócios online
 
Pertinente ou não o autor acaba o artigo com este paragrafo: «Seguindo os ensinamentos de Passos Coelho, basta portanto de manifestações piegas. Façam uma a sério, daquelas que ocupam uma praça por tempo indeterminado. Ou uma greve geral a sério, daquelas que duram o tempo que for preciso até atingir o objetivo. E, já agora, porque a ofensiva do capital é global, acabem com a pieguice de dizer mal da Europa e criem sindicatos europeus, fortes e resilientes. Enfim, há muito para fazer quando se decide acabar com a pieguice.»






quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Podemos não saber para onde ir , mas é imperdoável saber por onde não ir.

As lutas de hoje, leia-se greves nos transportes, estão aquém do esperado, são os próprios sindicatos que o afirmam.

Sem por em causa a justeza da luta, a qual para além dos contornos de solidariedade afronta ou tenta anular um dos maiores ataques ao serviço público de transportes, creio que é chegado o momento de rever a... estratégia sindical.

A população pobre é a principal vitima destas lutas [Os ricos continuam a dispor de meios próprios e não recorrem ao transporte público.] e está cansada, esgotada, quiçá farta… Os trabalhadores do sector por outro lado também estão cansados de tanta luta sem resultados práticos. A banalização retirou às greves eficácia e, grave, muito grave torna-as impopulares.

À atenção dos sindicatos: Sendo a principal arma do mundo do trabalho, na minha opinião, a greve só deve ser usada em momentos chave. Banalizá-la é retirar-lhe eficácia e, pior que isso, é dar tiros nos próprios pés. Creio que temos que reinventar novas formas de luta. O zelo, as horas extras, as acções relâmpago de agitação e propaganda, a resistência passiva ao código do trabalho… sei lá!...

Não tenho a solução na ponta dos dedos mas acredito na inteligência e capacidade dos meus camaradas do mundo do trabalho.