quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Podemos não saber para onde ir , mas é imperdoável saber por onde não ir.

As lutas de hoje, leia-se greves nos transportes, estão aquém do esperado, são os próprios sindicatos que o afirmam.

Sem por em causa a justeza da luta, a qual para além dos contornos de solidariedade afronta ou tenta anular um dos maiores ataques ao serviço público de transportes, creio que é chegado o momento de rever a... estratégia sindical.

A população pobre é a principal vitima destas lutas [Os ricos continuam a dispor de meios próprios e não recorrem ao transporte público.] e está cansada, esgotada, quiçá farta… Os trabalhadores do sector por outro lado também estão cansados de tanta luta sem resultados práticos. A banalização retirou às greves eficácia e, grave, muito grave torna-as impopulares.

À atenção dos sindicatos: Sendo a principal arma do mundo do trabalho, na minha opinião, a greve só deve ser usada em momentos chave. Banalizá-la é retirar-lhe eficácia e, pior que isso, é dar tiros nos próprios pés. Creio que temos que reinventar novas formas de luta. O zelo, as horas extras, as acções relâmpago de agitação e propaganda, a resistência passiva ao código do trabalho… sei lá!...

Não tenho a solução na ponta dos dedos mas acredito na inteligência e capacidade dos meus camaradas do mundo do trabalho.

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