Marinho Pinto criticou o sistema judicial portugues, em particular o seu imobilismo bem como a incapacidade deste em acompanhar o desenvolvimento social e cultural. O homem dispara em todas as frentes...
Marinho Pinto criticou o sistema judicial portugues, em particular o seu imobilismo bem como a incapacidade deste em acompanhar o desenvolvimento social e cultural. 
O apelo de Ilda Figueiredo vai no sentido de os deputados portugueses renunciarem ao aumento de vencimento para os parlamentares europeus. Confesso que ao ouvir Ilda Figueiredo a lançar este desafio, num mercado, tipo feira… me fez lembrar o “Paulinho das feiras”, assim muito ao estilo de um certo populismo demagógico, que de tempos a tempos parece tomar conta de uma certa classe política, sobretudo em época eleitoral.
Mas... “diacho”... o PCP tem, na minha opinião, muitos defeitos, mas este não é propriamente uma característica sua... Pois!
Estou solidário com a indignação da deputada Ilda Figueiredo quando considera que os vencimentos dos deputados europeus, [Depois deste nivelamento aprovado em que todos os deputados europeus independentemente do pais de origem, ao contrário do que até aqui, ganham a mesmíssima coisa.] ganham ordenados muito elevados. Vão passar a ganhar qualquer coisa como 7 700 €, fora outras despesas igualmente pagas. Estou solidário porque creio que um vencimento de sete mil e tal euros é uma afronta aos nossos vencimentos enquanto trabalhadores por conta de outrem. Sobretudo para os trabalhadores portugueses, porventura os mais mal pagos desta Europa. A cabeça de lista da CDU merece pois toda a minha solidariedade por se indignar.
Porem, quando Ilda lança o desafio aos seus congéneres portugueses, no sentido de estes abdicarem do excedente ao de deputado nacional, não está a ser seria.
Não está a ser seria por duas ou três ordens de razões, a saber:
1 – Não disse se pela sua parte abdica do excedente, ou se pelo contrário o recebe e entrega como doação ao seu partido. Seria importante esclarecer esta questão. Porque se assim for, o seu altruísmo não é tanto quanto o que poderia parecer e, no fundo é apenas uma fonte de receita para o PCP. Na minha opinião isso é legítimo. Se esse for o seu entendimentotem tem todo o direito de o fazer. Não pode é exigir que os outros deputados que façam o mesmo. Embora, se estes o fizerem, não venha dai nenhum mal ao mundo, antes pelo contrario… Que não fazem! Nem Vital, nem Rangel nem o Portas, abdicam de parte do seu vencimento em favor do partido… É o abdicas… Vai lá vai…
Mas a questão consiste em esclarecer se é assim, se há doação ao partido ou se pura e simplesmente acha que é legitimo um deputado português receber metade do que recebem outros deputados europeus que não lusos?
Acha confortante e legitimo os deputados europeus arrecadarem sete mil e tal e os nossos eleitos não serem credores de igual vencimento? Este desafio, assim da forma como é feito e dirigido apenas aos portuguese, serve apenas para menorizar os deputados portugueses naquele parlamento. No fundo é absurdo e é demagógico!
2 – Contudo este desafio pode ter outro alcance. É de apoiar se porventura for no sentido de os deputados portugueses, em conjunto, exigirem a redução não apenas do seu ordenado mas o de todos os parlamentares europeus. Esta seria uma proposta seria, ainda que de difícil concretização. Mas a seriedade não pode ficar refém de possibilidades, ou é seria ou não é seria!
3 – Abdicar por abdicar … então a deputada Ilda Figueiredo que tome como bitola o vencimento médio dos trabalhadores portugueses e não o dos deputados portugueses na Assembleia da Republica.
Convenhamos... não vejo porque há-de um parlamentar receber mais que a média dos trabalhadores por conta de outrem. Francamente não vejo razão para isso.
O meu desafio vai então no sentido de Ilda defender como princípio, que nenhum parlamentar receba, nacional ou europeu, mais que a media dos trabalhadores por conta de outrem e, já agora, que os vencimentos dos trabalhadores em toda a Europa, não tenham a disparidade que têm hoje. Se o fizer, e se decidir não receber o que considera excedente do mseu vencimento, então temos DEPUTADO EUROPEU (maiúsculas).
Abdicar não é entregar ao partido, isso é outra coisa. Abdicar é não receber do Estado ou da Europa aquilo que considerar excesso.
De resto e até prova em contrário esta proposta, ou melhor, este desafio é populista e demagógico.
Mas como?
Como é possivel que 35% se revejam em Socrates e outros tantos no PSD?!
“Incompetência, não é o mesmo que mentir.” afirmou João Semedo, deputado bloquista a propósito do pedido de demissão que uma certa direita vem fazendo a Vitor Constâncio.
O que mais incomoda nesta corja neo-liberal que a seu tempo foram colocados em lugares chave no sentido de fazerem a cabeça das pessoas, com doutas opiniões ou artigos pretensamente fundamentados na ciência económica é a ligeireza com que mudam de opinião.

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ão tem o esse âmbito. O sentimento de “amor pelo PCP”, mesmo que partilhado com algum “odiosinho” de estimação, não consegue assegurar lugar nos afectos políticos.
ténue lembrança de quando eram operários, metalúrgicos, ladrilhadores, etc., etc.…
Goste-se ou não do estilo, a verdade é que Marinho Pinto tem mexido com muitos interesses e agitado demasiadamente as aguas. Por isso não é um homem a que sejamos indiferentes e jamais a ordem teve um bastonário tão acutilante.


De forma repetida, o PS e os seus homens estrategicamente colocados em lugares chave, têm impedido o aprofundamento da nossa democracia, a qual não pode coexistir com entraves ao esclarecimento e à transparência. A maioria parlamentar do PS tem-se prestado, sem nenhum rebuço e sem incomodo ao vergonhoso papel de força de bloqueio, na medida em que reiteradamente se tem predisposto a fazer todos os fretes ao governo, nomeadamente barrando a audição de figuras e personalidades envolvidas em escândalos que gradualmente minam os alicerces da nossa democracia. O último episódio está relacionado com o processo Freeport vs Lopes da Mota. A maioria impediu o parlamento de ouvir o que este senhor, Lopes da Mota, tem a dizer sobre as alegadas pressões. Pressões essas que já deram origem a um processo disciplinar, mas que pelos vistos para os senhores deputados socialistas não é relevante.
Quando os analistas económicos apontavam para uma quebra do resultado trimestral da PT, quando a própria PT, em nome da contenção de custos, impõe um aumento zero para os seus colaboradores, somos agora confrontados com esta realidade; a PT só nos três primeiros meses do ano apresenta um resultado líquido de 166,4 milhões de euros, acima do esperado.