terça-feira, 22 de junho de 2010

Exéquias de José Saramago, o Nobel do nosso contentamento

As palavras foram-se, Saramago levou-as com ele, alguém o disse...
Assim socorro-me das palavras de Paulo Ferreira para manifestar o meu desconforto pelo facto de o Presidente de todos os portugueses - todos... é uma maneira de escrever... - ter faltado às exéquias de José Saramago, o Nobel do nosso contentamento.
As desculpas, esfarrapadas e sem jeito, apresentadas por Aníbal Cavaco Silva para ter faltado ao funeral são, não apenas banais como escreve Paulo Ferreira, mas ofensivas para a nossa dignidade. Sinto-me enojado... é tudo o que me apraz escrever... valem-me as palavras de Paulo Ferreira... «Em boa verdade, Cavaco detestava Saramago, que um dia lhe chamou, numa estação televisiva, o "génio da banalidade". Ironia: na hora da morte de José Saramago, o presidente da República voltou a ser "banal", quando aquilo que se lhe exigia era, apenas, grandeza institucional.»

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