sábado, 31 de outubro de 2009

Éticas...


A máfia tem os seus códigos de honra, a sua própria ética. Quem, mormente nos filmes italianos, nunca viu os operacionais da camorra, da napolitana e de outras máfias, beijarem a mão ao chefe supremo, ao padrinho como lhe chamam?
Pois bem, essa vassalagem, essa hierarquia de obediências e submissões não deixa de constituir no fundamental um código de conduta, um código de honra, enfim uma certa ética.
Ética é, no fundo algo que permite distinguir entre o bem e o mal, sendo que o que em determinado código é “mau”, no outro pode ser “bom”. Por isso é preciso, quando se invoca a ética dizer qual, de que ética falam.
Recentemente arguidos no processo das sucatas, vieram à liça invocar que a consciência não os acusa porque, dizem, as actuações que desenvolveram, enquanto titulares de cargos públicos e gestores de empresas, pautaram-se por rigorosos critérios de ética, quer na conduta pessoal quer na conduta profissional.
Mas que ética, de que ética estamos a falar?
Estamos a falar, aliás falam, da ética dos poderosos? Da do código de conduta de alguns detentores de cargos públicos e gestores de empresas que se protegem a si próprios com silêncios e depoimentos no sentido de arrecadarem a parte de leão? Falam da norma que determina aumento zero para os de baixo e aumentos significativos para a gestão? Referem-se a decisão “altruísta” que regula aumentos à taxa mínima para todos, sendo que para o debaixo esse valor é pouco mais de zero, quando para eles a mesma percentagem corresponde a milhares?
Tudo isto é ética, mas não certamente a ética republicana, a ética democrática…
Por isso a consciência não lhes pesa, até porque se a consciência pode ser sinónimo de moral, essa de certeza eles não têm!

Impostos sobre as grandes fortunas


A notícia está no suplemento de "O SOL" (Confidencial) de hoje.
E a verdade é que a li várias vezes...
Convenhamos estes títulos... colocados assim até parece que os Alemães estão a seguir as teses do Bloco, que preconiza, e bem diga-se, um imposto sobre as grandes fortunas para atenuar os efeitos da crise.
[A crise é geral, dizem, mas a verdade é que atinge alguns em particular e esses uns são sempre os mesmos, sempre!]
Curiosamente a proposta tem afinal como patronos um grupo de alemães ricos…
Até nisto é preciso ter falta de sorte, os nossos ricos são portugueses…

... e os submarinos não param de perseguir Portas...



Jornal "O SOL" de 30/X/2009 - Ultima página

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Barragem da Povoa devolvida ao Estado


A deputada do Bloco de Esquerda, Rita Calvário colocou uma serie de perguntas ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional. Leia aqui as perguntas da deputada Rita Calvário
O Bloco de Esquerda, que recorde-se não elegeu nenhum deputado pelo nosso distrito, levou ao parlamento pela via da pergunta o problema da Barragem da Povoa, que após 75 anos de concessão à EDP, voltou volta às mãos do Estado em condições degradadas por completa ausência de quaisquer obras de manutenção e requalificação. As perdas de água através das fissuras da barragem são evidentes, o que coloca em causa a capacidade de abastecimento dos cerca de 8 concelhos do distrito de Portalegre pelo sistema multimunicipal Águas do Norte Alentejano (AdNA), que tem nesta barragem a sua principal fonte de água.
Isto é a EDP “comeu” a carne e deixa os ossos para o Estado.

Bloco exige que o governo preste apoio aos trabalhadores despedidos na Ponte de Sôr

Tendo em conta que a Delphi da Ponte de Sor vai encerrar, lançando mais 435 trabalhadores no desemprego. A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Aiveca quis saber se o Ministério do Trabalho vai finalmente assumir um plano de apoio ás vítimas dos anunciados despedimentos e que outras medidas pretende tomar. Leia aqui as perguntas ao Governo.

BE - Taxa sobre pagamentos com cartão multibanco


José Gusmão, deputado do Bloco de esquerda quer ver esclarecida intenção do governo de criar taxa sobre pagamentos com cartão.

O Governo prepara-se para publicar muito em breve, ao contrário da maior parte dos parceiros da zona euro, que recusaram aplicar esta taxa, o diploma que transpõe para a lei portuguesa a directiva comunitária que autoriza a cobrança de taxas para pagamentos com cartão. O deputado do BE dirigiu ao Ministério da Economia algumas perguntas no sentido de esclarecer se o governo acautelou as consequências nefastas que deverão resultar de um aumento das transacções em dinheiro que retiram transparência no acto de compra e incentivam a fraude fiscal. Leia aqui as perguntas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Batoteiro!


Francisco van Zeller, patrão dos patrões portugueses, declarou sem rebuço, e as palavras são dele, que se deve fazer batota para que as empresas portuguesas ganhem concursos.

Sem querer tecer juízos de valor acerca da necessidade de as empresas portuguesas ganharem concursos, que segundo o dito cujo, devem ser feitos à sua medida, as declarações proferidas, mais ao jeito de um vendedor da feira da Xepa que de um suposto parceiro social, creio que Van Zeller revelou até que ponto respeita os acordos estabelecidos. Aliás, ele que assinou o acordo de concertação onde estava regulado e definido o aumento do salário mínimo, vem agora à praça reclamar contra esse mesmo aumento.

Tudo isto é bem esclarecedor do nível da nossa classe empresarial, parasitária dos subsídios governamentais, avessa à modernidade e defensora de esquemas fraudulentos para preservação do seu status.

Absurdo é também o tratamento cirúrgico que os “média”, ditos de referência, dispensam as palavras de Francisco Van Zeller, depois de ele ter dito, e eu sou testemunha disso, e defendido abertamente a institucionalização da batota, limpam as declarações e deixam passar umas ridículas palavras, eivadas de um nacionalismo serôdio e falso, supostamente em defesa da nossa economia.

Pobre país este, que se sujeita e julga esta gente pilares da sociedade, desgraçados os trabalhadores que os têm como patrões.

Carta a Meus Filhos sobre os Fuzilamentos de Goya

Nota: Depois de escrever o post anterir na minha cabeça, insessantemente nartelam, ecoam as plavras de Jorge de Sena a proposito dos fuzilamentos de Goya, sobretudo aquele verso: «Não sei meus filhos que mundo será o vosso»

***

Carta a Meus Filhos sobre os Fuzilamentos de Goya

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível, ainda quando
lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer uma delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim, amaram o seu
semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente à secular justiça,
para que os liquidasse com suma piedade e sem efusão de sangue.
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anónimamente quanto haviam vivido,
ou as suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de uma classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos,
apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
alguém está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum juízo final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam "amanhã".
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é só nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

Mas que mundo é este?


Três casos apenas:

1 - Em França, já vai em 25 o número de trabalhadores da France Telecom que se suicidam, responsabilizando a empresa e o clima vivido desde a privatização.

2 - Os jornais vão dando notícias de pessoas escravizadas, autenticamente escravizadas... Noticias de  gente que escraviza e que  obrigam outras a trabalhar para si…

3 - Ontem uma jovem mãe, que sofria de stress, segundo o DN, «Ficou assim desde que deu à luz Daniel e, com o facto da criança ser bastante doente, nunca se recompôs. Foi uma das despedidas da empresa Yazaki Saltano em Abril de 2008 (…)» ter-se-á tentado suicidar, juntamente com o filho, deitando-se juntamente com a criança ao rio. A julgar pelos bilhetes que deixou na viatura despedindo-se da família, foi mesmo tentativa de suicídio. O filho ainda não apareceu.

Pegando no ultimo caso certamente dirão que estou a forçar a associação da depressão daquela mãe, cuja causa primeira parece ser a doença do filho, ao facto de ela ter sido despedida em 2008.

Talvez… Porem não diria tanto, tanto mais que é o próprio DN que escreve que ela «rapidamente arranjou novo emprego.» Contudo o mesmo DN acrescenta que «Só que estava sempre de baixa porque o menino está constantemente doente. (…)»

As coisas podem não ter ligação mas ninguém me tira da cabeça que ali anda a mãozinha desta desenfreada exploração capitalista alicerçada no neo-liberalismo.




Inveja social


Estranhamente, ou talvez não, sempre que se fala em corrupção, vigarices, luvas, etc… há um conjunto de nomes que são sistematicamente arrolados aos processos.

Há pessoas, coitadas - vá lá a gente entender uma coisa destas? - que se vêm, sem querer certamente, envoltas nalguns desses processos…
Armando Vara, azarado… subiu na vida a pulso – de simples operador de caixa na CGD, é hoje vice-presidente do BCP – e por tal facto alvo da inveja social como muito bem disse o seu amigo José Sócrates, já se viu envolvido por mais de uma vez nestas coisas.
Inveja é o que é. Nunca se provou nada, tá visto… é inveja e da grande!
Aliás este moço, coitado, tem sofrido vários reveses na vida, dos quais, felizmente, tem saído sempre por cima.
Depois de uma carreira politica à frente do PS de Bragança, Vara, que se licenciou na mesma Universidade onde Sócrates virou engenheiro, pela mão de Guterres chega à governação. As coisas correram mal, o rapaz criou uma fundação privada – Fundação para a Prevenção e Segurança – que, escapando ao escrutínio público, organizava campanhas de prevenção rodoviária para o Estado.
Nenhuma irregularidade foi provada, mas o pobre rapaz teve que arrumar a sacola e ir à vida.
Depois de uma mini travessia do deserto, [que se seguiu ao desaire socialista de 2001 nas autárquicas de que foi coordenador] salta para a administração da CGD e de lá para o cargo que hoje exerce, embora com o salário dobrado…
Agora, a imprensa associa-o à fraude do sucateiro. Tráfico de influencia, diz-se…
É preciso ter azar…

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Solidão



Esta imagem/texto chegou-me à mão por e-mail. O conteúdo é atribuído a Chico Buarque. Não sei se assim é... [estou a lembrar-me de um outro texto que circulou atribuído a Gabriel Garcia Marques, uma espécie de testamento final, onde o autor, supostamente com um cancro em fase terminal, se despedia do mundo. Era falso.] mas seja verdadeiro ou não a mensagem é de peso e muito bonita, assim com a ressalva da suposta autoria, aqui fica. Até porque também acho que solidão… solidão é quando nos perdemos de nós mesmos, essa é porventura a pior de todas, a mais terrível, a que mais dói.

Diz-me com quem acompanhas dir-te-ei quem és!

Valter Lemos foi nomeado secretário de estado do emprego!

Este figurão, que chegou a perder o mandato de vereador na Câmara de Penamacor, em 1993, por faltas injustificadas, [segundo declaração que consta na acta daquela autarquia] destacou-se como secretário de estado da educação ao serviço da sinistra ministra daquela pasta no XVII governo constitucional (1º Governo de Sócrates) no desenfreado ataque à educação e à escola pública perpetrado por aquela equipa. Ao nomeá-lo secretário de estado do emprego, Sócrates dá indicações de qual o sentido da sua governação. E logo numa pasta tão sensível quanto é a do emprego.

Mau pronuncio para a governação…




Preconceitos

Respeite o emigrante


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Procriar. Pois!


domingo, 25 de outubro de 2009

História do absurdo no nosso sistema judicial

O DN de hoje, dá nota de uma notícia algo insólita, segundo a qual um agente da PSP da esquadra de Rio de Mouro foi detido pelos colegas por ordem de uma juíza que ordenou a detenção porque o agente terá faltado a uma sessão de um julgamento onde era testemunha.
O episódio lembra-me um outro em que me vi envolvido e no qual o tribunal acabou por condenar a arguida mas quem na verdade foi penalizado foi o queixoso e as suas testemunhas.
A história conta-se em breves palavras.
Estava calmamente encostado ao meu carro è espera da minha companheira, à época a leccionar na escola da minha filhota, quando sou surpreendido por uma estranha gritaria.

Olhei para o sítio de onde me pareceu vir os gritos. Qual não é o meu espanto quando verifiquei que os mesmos eram proferidos por alguém visivelmente transtornado que “entalara” com um jeep a minha companheira entre este e o seu carro.
Aproximei-me. Verifiquei que se tratava de uma mãe, a protestar e a ameaçar em plena via pública, a professora do seu filho. Só que a professora em questão era a minha companheira… Como a agressividade estava em crescente e ameaçava entrar em vias de facto a qualquer instante… intrometi-me entre as duas.
Não disse nem fiz absolutamente nada, para alem de cruzar os braços e meter-me entre as duas. Aí a mãe, chamou-me capanga para alem de outros impropérios que o bom senso e o decoro me inibem de reproduzir aqui. Depois ameaçou chamar a polícia, ameaçava fazer trinta por uma linha. Calmamente disse-lhe então que fosse dar uma voltinha para acalmar. Irritou-se ainda mais… gritou, berrou, insultou, voltou a insultar enquanto eu num desmesurado esforço de contenção me contive sem descruzar os braços.
Confesso que ainda hoje não percebo porque não lhe dei dois estalos naquela tromba histérica e desalmada… mas ainda bem que não o fiz.
Resolvemos chamar a polícia. Enquanto se fazia a ligação a tipa arrancou, foi queixar-se à sede do agrupamento escolar e posteriormente à polícia.
[Abro um parêntesis para esclarecer que o “diferendo” terá começado porque a mãe queria que a professora ensinasse o aluno a chamar pai ao seu novo namorado e sentia-se no direito de entrar pela sala de aula sempre que lhe aprouvesse.]
Escusado será dizer que apresentei queixa na polícia contra a senhora.
O processo levou anos até chegar à barra do tribunal.
Em tribunal apresentei duas testemunhas, uma que assistiu da sua janela a todo o desenrolar da contenda e outra, meu colega de trabalho, que embora não assistisse a nada iria abonar a meu favor, na medida em que me conhecia à mais de 20 anos.
Marcada a audiência, soube entretanto que a arguida se tinha ausentado para o estrangeiro com um namorado novo e levara o filho. Na escola, quando pediu o processo de transferência do filho terá dito que iam viver para a Austrália.
Assim, sabendo que a arguida não iria estar presente, e como a minha testemunha abonatória iria estar estava numa acção de formação, resolvi solicitar à minha advogada que renuncia-se ao testemunho daquela testemunha, tanto mais que era apenas abonatória e a não iria haver sessão por falta da arguida.
Chegados ao dia da sessão, pouco depois da hora marcada, fomos todos chamados por um funcionário do tribunal.
Tal como o previsto a arguida não compareceu. As minhas duas testemunhas também não. Porem quando a testemunha abonatória foi chamada informei a razão pela qual não estava presente e esclareci que prescindíamos do seu depoimento. Surpresa das surpresas, eu prescindia mas o Ministério Publico não. Repito, a testemunha em questão era apenas abonatória.
Em resume, a sessão foi adiada por falta de comparência da arguida e as minhas testemunhas foram multadas em duzentos euros cada uma e na véspera da sessão seguinte detidas para serem presentes a tribunal no dia seguinte.
Escusado será dizer que a arguida voltou a não comparecer e as minhas testemunhas foram trazidas a tribunal por agentes da autoridade e estiveram à sua guarda enquanto a sessão não se iniciou.
Para concluir, ganhei o processo a arguida foi condenada a indemnizar-me em cerca de 900 euros. [Pedi 1000, mas o juiz não considerou tudo provado e abateu 100 euros à indemnização. Por essa razão embora tenha ganho o processo fui condenado a pagar um terço das custas.] Mas a verdade é que demonstramos e o tribunal assim considerou que a arguida insultou e ofendeu a minha pessoa mas em termos práticos a arguida nada pagou, nunca mais a vi, e as testemunhas que nada fizeram, antes pelo contrário, foram detidas e multadas.
De uma coisa tenho a certeza, aquela testemunha que assistiu a tudo da sua janela, “jamais verá qualquer coisa” que tenha que testemunhar e o meu colega, duvido que volte a aceitar abonar em tribunal a favor de alguém. Quanto ao policia, que me fez recordar tudo isto, presumo que, quando voltar a acontecer qualquer coisa é capaz de estar a “olhar para o outro lado”.
Esta é afinal de contas a justiça que temos. À ré nada acontece em concreto, o tribunal não se preocupou em localizar a senhora, e não era difícil fazê-lo, as testemunhas são detidas e multadas!
Ganda justiça!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ainda que travestido é mais do mesmo.


O novo governo ai está.
Dando o benefício da dúvida, até porque as clarificações far-se-ão sobretudo com a apresentação do orçamento, a amostra não pronuncia nada de bom.
Convenhamos que não se podia esperar nada de substancialmente diferente de um governo sobre a égide de Sócrates, pela sua própria natureza, muito avesso a consensos, e sobretudo tendo em conta que Sócrates propôs uma solução de governo a qualquer um dos partidos da oposição, do CDS ao Bloco, passando pelo PSD e pelo PCP. Como se governar com o CDS e ou com o PSD fosse a mesma coisa que governar com a esquerda, com o Bloco ou com o PCP ou com os dois em conjunto?
Sócrates não é sério! Se o fosse tinha que fazer escolhas. Ou governa à esquerda e propunha uma coligação ou aquilo que bem entendesse dentro desse espírito, aos partidos de esquerda ou então, deixa a sua natureza assumir-se, e propõe aos seus apaniguados do PSD ao CDS uma aliança ou aquilo que muito bem entendesse. Mas tem que fazer escolhas; ou quer a esquerda ou quer a direita. Com “deus” e com o “diabo” ao mesmo tempo é areia para os olhos dos incautos.
No que confere as caras governamentais… convenhamos que a manutenção do seu núcleo duro, a transferência de Vieira da Silva para a economia, (mesmo a gosto dos patrões e pai da recauchutagem ao Código Laboral do CDS/PSD), o lugarzinho para o ministro “caceteiro”…
Rui Pereira continua na justiça assim como Luís Amado nos negócios estranjeiros [O homem que sem rebuço declarou que preferia uma aliança com o CDS a uma aliança com a esquerda.]. Enfim,  preciosos indicadores das escolhas de Sócrates… Mas Poderia ele fazer outras escolhas sem trair a sua natureza? Claro que não… Os animais ferozes jamais viram cordeiros…
Isabel Alçada na educação, não fora as declarações que fez, subscrevendo a política da sua antecessora, poderia ser uma tentativa seria de conciliação ou reconciliação com a classe docente…
Assim tenho duvidas, muitas duvidas acerca deste governo… desconfio que ainda que travestido, este governo, é mais do mesmo.
Continuidade a mais, como muito bem sublinhou  novo Lider Parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza.

Post Scriptun:  O prémio para a UGT, oferecendo-lhe a pasta do tabalho, parece ser, oxalá me engane, uma prenda envenenada... para os trabalhadores claro



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Poetando...


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ainda as legislativas 2009

Curiosidades dos números

Cada deputado eleito pelo PSD, nas legislativas de 2009, “custou20429 votos [tal numero é obtido pela divisão do numero total de votos pelo numero total de eleitos], pelo mesmo processo concluímos que os deputados do PS foram um pouquinho mais caros, “custaram” qualquer coisa como 21420 votos.
O CDS por seu turno “investiu28238 votos em cada um dos seus deputados e a CDU qualquer coisa como 29800 votos por cada deputado. Claramente “inflacionados” estão os “custos” dos deputados do Bloco os quais representam nada mais nada menos que 34879 eleitores cada.
O factor qualidade, nem sempre tem uma correspondente em termos de custos, por isso o cômputo dos números não nos permite concluir que os deputados do Bloco, porque mais caros, ou mais representativos, sejam os melhores deputados. Mas a verdade, perdoe-se-me a presunção, é que são!
Mas voltando aos números que é deles que reza o post, as legislativas produziram ainda coisas tão díspares quanto estas: O Bloco com mais 111060 votos que a CDU [558062 – 446994] elege apenas mais um deputado que a coligação liderada pelo PCP e, com apenas menos 34935 votos que o CDS, elege menos 5 deputados que a extrema-direita parlamentar.
Há no meio de tudo isto qualquer coisa, algo que não corresponde ou não contempla plenamente a vontade popular, que nos deixa apreensivos, perplexos com a “lucidez” dos números, no entanto esta parece ser a melhor forma de, com todas as vicissitudes, exercermos e vivermos a democracia que se deseja plena e queremos participada.

Árvore Genealógica


Há imagens que valem mais que mil palavras
Vejam, que vale a pena!
É o País, é o PS

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As palavras de Saramago

A bíblia pode ser tudo aquilo que Saramago disse [Um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana, (um livro escrito) sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável.] – Pode ser. Provavelmente é! – mas ninguém me convence que estas declarações não se inserem numa estratégia de promoção do seu livro “caim” e porque assim é, ou parecem ser, deixam de ter credito e são apenas estratégia comercial.
Saramago não precisava disto, escreve muito e bem, vende ainda mais.
Usar convicções profundas, serias (Saramago, tenho-o como homem serio quando critica a igreja, a bíblia neste caso.) para uma estratégia comercial é dispensável e, pior, descredibiliza a critica, justa e necessária à igreja.
Também eu sou crítico desta igreja, mormente aquela que à revelia da minha vontade, me despejou uma pouca de água pela cabeça, que disse benta, e me considerou desde então seu filho, seu membro se quiserem.
Não sou nem uma coisa nem outra - Embora as circunstancias da vida me tenham feito vacilar muitas vezes no que ao divino confere. – e por isso tomei as adequadas medidas no que confere aos meus actos conscientes, que foi não casar pela igreja e não baptizar os meus filhos, eles se quiserem que o façam. A escolha será sempre deles.
Mas voltando a Saramago, que é ele o centro da polémica, não aprovo as criticas, sobretudo pela forma e pela oportunidade, porque estão claramente fora de contexto e são excessivas no que confere à força do verbo. Até porque sendo a bíblia cruel, como vamos adjectivar o capitalismo? Sobretudo aquele em que vivemos, que leva as pessoas ao suicídio, como acontece por exemplo na France Telecom?
Comparada com o capitalismo e no contexto actual a bíblia é qualquer coisa de insonso, que ninguém lê, que não aquece nem arrefece…
A força das palavras, não é o que elas querem dizer, é o que elas dizem em cada instante!

Candidatura ao Mundial de futebol



Sou totalmente contra a candidatura que Madaíl e o secretário de estado para o desporto (É para o desporto ou é para o futebol?) insistem em promover.
Não faz qualquer sentido insistir numa lógica despesista, quando o país enferma por falta de recursos. O europeu de futebol e as despesas inerentes, estádios ultra modernos que hoje estão às moscas, até já se fala na demolição – do de Aveiro por exemplo - porque os custo são incomportáveis. O estádio do Algarve, consome em despesas de manutenção milhares de euros por dia. Tudo isto e o mais que não se escreve, atestam bem a loucura que foi avançar com aquele evento em Portugal, repetir a loucura, é entrar na demência.
São loucuras com custos e com serias e graves repercussões na nossa qualidade de vida.
Quem não tem dinheiro não tem vícios, ponto final paragrafo!
No que confere à candidatura conjunta com os nuestros hermanos, acho que se trata de um exercício de subserviência incomensurável. Como é evidente, até pelas declarações de Gilberto Madaíl, que diz que apenas três dos estádios portugueses contam para as contas dessa candidatura - Luz, Dragão e Alvalade - nós seremos sempre, neste processo o parente pobre, uma espécie de quintal das traseiras.
De uma vez por todas, aprendam com o passado e vejam o atoleiro em que nops metemos com o europeu de futebol.
Ganhos? Para quem?
Só se for para os constritores e outros patos bravos…
Claro, mas esses nunca perdem!!

sábado, 17 de outubro de 2009

Aí estão as primeiras propostas do Bloco


O Bloco apresentou esta sexta-feira algumas das suas principais propostas para esta sessão legislativa. Em conferência de imprensa em Lisboa, no parlamento, José Manuel Pureza, novo líder parlamentar do Bloco, apresentou os projectos de lei que podem mudar a vida de milhares de pessoas.
São propostas claras e combativas nas áreas do trabalho, da saúde, da educação e da segurança social e ainda em relação ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
José Manuel Pureza foi eleito presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda e apresentou em conferência de imprensa as primeiras leis do Bloco na XI Legislatura.
O pacote inclui alguns dos compromissos da campanha eleitoral: suspensão da avaliação dos professores e revisão do estatuto da carreira docente; revogação do Código do Trabalho e fim das taxas moderadoras de cirurgia e internamento; subida das pensões e direito à reforma por inteiro com 40 anos de descontos; alargamento da atribuição do subsídio de desemprego e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Suspensão da avaliação dos professores: Na sequência dos fundamentos e propostas apresentados na anterior legislatura, o Bloco de Esquerda reafirma uma vez mais a imperiosa necessidade de suspender o actual modelo de avaliação de desempenho de docentes do ensino pré-escolar, básico e secundário.
Apoios a desempregados: Para responder ao desemprego e à falta de protecção dos desempregados, o Bloco propõe o aumento do montante do subsídio de desemprego para 70% do salário, mais 5% do que a lei actual. Por outro lado, em vez dos actuais 450 dias de trabalho em 24 meses como condição e garantia para receber o subsídio, este projecto propõe a redução deste prazo para 180 dias durante um período de 12 meses. A proposta do Bloco alarga também a duração da atribuição do subsídio, sublinhando-se a importância desta medida principalmente para jovens com menos de 30 anos, que são os que mais sofrem com a actual lei.
Casamento de pessoas do mesmo sexo: O presente diploma altera o Código Civil, em matéria de casamento civil, permitindo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, eliminando a discriminação em função da orientação sexual. O Bloco de Esquerda considera fundamental a alteração do Código Civil, conformando a lei ordinária com o espírito da lei constitucional, e conformando essencialmente a lei com a realidade social, permitindo assim a celebração do casamento independentemente de se tratar de pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo.
Reforma por inteiro ao fim de 40 anos de contribuições: Na anterior legislatura, o Bloco apresentou já, por duas vezes, o Projecto de Lei que estabelece a pensão de reforma por inteiro ao fim de 40 anos de contribuições, sem penalização, independentemente da idade.Por duas vezes o Partido Socialista chumbou o diploma do Bloco de Esquerda, mas este impõe-se novamente, para acabar com o desprezo com que os governos têm tratado milhares de trabalhadores.
Pensões e outras protecções sociais: Este projecto visa alterar as regras da atribuição das pensões no sentido em que não haja uma diminuição das pensões em 1 de Janeiro de 2010, tendo em conta que a sua actualização anual é condicionada pelos valores da inflação, pelo crescimento do produto interno bruto e pelo valor do indexante dos apoios sociais. Com a previsão de uma inflação negativa em 2010, as pensões e outras prestações sociais baixarão, pelo que o Bloco propõe, nesse contexto, um aumento mínimo de 2,5%.
Fim das taxas moderadoras: As taxas moderadoras têm, aliás, um efeito profundamente perverso. De facto, elas aprofundam as injustiças e desigualdades económicas e sociais, na medida em que pesam mais nos orçamentos dos mais desfavorecidos do que nos dos mais ricos. A sua extinção é um imperativo do direito à protecção na doença, constitucionalmente consagrado.
Carreira docente: Através deste diploma propõe a revogação imediata de todos os artigos que consagram a divisão e a impossibilidade de progressão na carreira, constantes no Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores do Ensino Básico e Secundário, Decreto-Lei 15/2007 de 19 de Janeiro, no prazo máximo de 45 dias a partir da aprovação deste projecto de resolução. O Bloco defende ainda a revisão do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores do Ensino Básico e Secundário no sentido de atender a uma visão global da carreira mais equilibrada, ponderando os efeitos do modelo de avaliação credível a definir até final do presente ano lectivo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O PIQUENIQUE DA MINISTRA

Somos um povo de anedotas, queria dizer, propenso para a piada, esta recebi-a no correio electrónico, enviou-a a Susana.

O PIQUENIQUE DA MINISTRA
A ministra da educação foi convidada para participar num piquenique em sua honra, oferecido pelos alunos que passaram o 9º ano.
Quando chegou ao local, estranhou ver um monte enorme de sacos cheios de um pó branco. Dirigiu-se ao rapaz que estava a preparar o churrasco e perguntou:
- O que é que está dentro daqueles sacos?
- É cal, senhora ministra.
- Cal? Mas para quê?
- Eu também não percebi, senhora ministra mas as ordens que recebi foi de comprar 102 sacos de cal!
Intrigada, Maria de Lurdes Rodrigues dirigiu-se ao responsável pelo piquenique (um antigo seu aluno que conseguiu evoluir tirando uma especilização no programa das novas oportunidades) e perguntou-lhe o que é que pretendia fazer com tanta cal.
Esse seu antigo aluno, espantadíssimo, comentou que não tinha encomendado cal nenhuma. Foram os dois ter com o rapaz que fizera as compras para esclarecerem o assunto.
- Olha lá, quem é que te mandou comprar estes sacos de cal?
- Foste tu, pá! Agora não te lembras? Ainda tenho aqui o papel que escreveste. E exibiu a lista enorme de compras que lhe tinha sido dada.
O antigo aluno mirou, tornou a mirar e disse:
- Eh pá... mas tu és mesmo burro! Não vês que me esqueci de pôr a cedilha? O que eu queria dizer era Çal! E não era 102 sacos mas sim 1 ô 2 !

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ernesto Guevara de La Serna, CHE

N: a 14/07/1924 (Rosário, Argentina)
F: a 09/10/1967 (La Higuera, Bolivia)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ainda os submarinos do Portas

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Democracia, pois claro!

E querem estes pilantras convencer-nos, a bem ou a mal, que a Europa, o Tratado de Lisboa, é uma escolha livre dos europeus.
No próximo Domingo, dia 11 de Outubro, ao que parece o presidente da Polónia vai finalmente assinar o Tratado. Parece que é uma “pessoa de palavra” e, pasme-se, o seu compromisso era assinar o tratado em nome dos polacos, quando os irlandeses decidissem. Não percebeu?! Eu repito… O presidente polaco vai assinar o Tratado de Lisboa em nome dos polacos, porque os irlandeses escolheram.
E pronto, é a democracia a que temos direito.
Um homem de carácter é o que é!!!!!
O Sócretino também… comprometeu-se com o referendo e cumpriu. Referendou entre os seus comparsas que não haveria referendo e mandou às malvas as promessas eleitorais e pimbas...assinou de cruz.
São pessoas de palavra… de carácter!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

E o mobil do crime foi?

Ontem em Montalegre, um pai a quem o filhote furtou 20 euros da carteira, dirigiu-se à escola deste e, em plena sala de aula, para uns, castigou o filho punindo-o com uma sova, para outros, espancou a pobre criança.

1 – O comportamento do pai é altamente condenável e passível de consubstanciar uma queixa-crime por violência doméstica. [Este tipo de crime enquadra-se no âmbito da violência domestica]
Todos estão de acordo! Escola, associação de Pais, Psicólogos e GNR.

2 – O crime [a linguagem técnica assim classifica esta acção] deu origem à respectiva queixa, formalizada pela GNR.
Apesar da queixa o Conselho Executivo da escola considerou que o pai teve uma alteração momentânea e desvaloriza o acontecimento.
Psicólogos e Associação de Pais consideram que nada justifica a atitude do pai.

3 – Sobre o móbil do crime que aquele pai cometeu, a razão pela qual aconteceu um acto, irreflectido para uns, e ou um crime sem razão para outros, que foi ao fim e ao cabo o roubo de 20 euros da carteira do pai perpetrado pelo próprio filho, nem uma palavra…
Minto, o rapaz precisa de “apoio psicológico”


Nacionalizações vs privatizações

As nacionalizações entraram na ordem do dia, primeiro porque José Sócrates no auge da sua governação, arrogante e prepotente, não se coibiu de mexer na coisa e as nacionalizações passaram a fazer parte do léxico governamental.
[Não! Se o leitor está a pensar que Sócrates fez uma guinada à esquerda e, [roubando a chave ao Dr Mário Soares] foi à gaveta “desengavetar” o socialismo, está muito enganado.]
É claro que Sócrates “nacionalizou” apenas a divida e a “má moeda” da banca, apenas e só isso. O que dá lucro, o que está em alta, continua nas mãos dos privados. O erário público assume, na lógica “socretina” [So… + Cretino] as dívidas e os calotes que uma certa escumalha parasitária vai fazendo.
Também na campanha eleitoral para as legislativas as nacionalizações entraram também na terminologia eleitoral. Tanto o Bloco como o PCP reivindicaram a nacionalização ou não privatização de sectores estratégicos da nossa economia. E a extrema-direita parlamentar, pela voz de Portas, não se cansou de agitar o papão das nacionalizações. Mas também a direita e centro direita parlamentar (PSD + a ala direita do PS, maioritária no partido Socretino) não se cansaram de sacudir o tema. E vimo-los à vez ou ao molho a jurar fidelidade ao liberalismo absoluto.
Vem tudo isto a propósito de uns números divulgados por sindicatos ferroviários acerca do processo de desnacionalização, privatização, fragmentação da CP iniciado em 1992.
Vale a pena ler e reflectir sobre eles.

«Em termos de efectivos globais, desde 1992 até 2008 o número de trabalhadores diminuiu 10.218 em todas as áreas, à excepção do núcleo dirigente, onde houve um aumento de 11 gestores e 502 quadros superiores.Daqui resultou que a relação trabalhador/quadro superior, que em 1992 era de 35 para 1, passou em 2008 a ser de 9 para 1...
(…)
Os números não enganam e são arrasadores: Em 1992, a CP tinha um défice acumulado de 178.048.602,87 euros (cerca de 178 milhões de euros); em 2008, o conjunto das três empresas (CP+REFER+EMEF) atingiram o défice acumulado de 433.202.416,46 euros (cerca de 433 milhões de euros), ou seja, entre 1992 e 2008 a CP aumentou quase duas vezes e meia o seu défice acumulado.»

É certo que a história não anda para traz… mas…

[Leia n’O meu tabernáculo, Comboios por Henrique Custódio, jornalista]

domingo, 4 de outubro de 2009

Foi melhor asSIM...

O “SIM” ao Tratado de Lisboa, ganhou o referendo da Irlanda…
Foi melhor assim! Ganhou-se tempo e poupa-se dinheiro com novos referendos. Eles não riam desistir...

sábado, 3 de outubro de 2009

Ainda a propósito dos PPR

O “insuspeito” Diário de Noticias de ontem, trazia no seu caderno de economia um artigo intitulado “PPR? Não, obrigado! “.Aconselha-se vivamente a leitura do texto na medida em que ele acaba de corroborar a tese defendida por Francisco Louçã, segundo a qual a única beneficiária com os PPR é a banca.
O articulista diz mesmo que “O PPR é o produto ideal para os bancos e seguradoras. Dificilmente se encontra outro produto de investimento que lhes permita cobrarem comissões de gestão anuais elevadas, às vezes superiores a 2%; comissões de subscrição que praticamente não existem em nenhum outro produto e em que a expectativa de permanência do cliente seja o resto da sua vida activa.”
Leia aqui o artigo na integra, onde o autor afirma que “ os PPR são um péssimo produto” e acrescenta que “Os clientes são seduzidos com os benefícios fiscais que permitem deduzir à colecta 20% do valor aplicado (ver quadro), mas esquecem-se de que, com um horizonte de investimento tão longo, este benefício tem um impacto muito reduzido.

Comentários! Para quê? Leia o artigo e diga de sua justiça...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CGTP - 39 anos de luta


Reforma Agrária

Há pouco mais de 30 anos (1975/76) estas terras [fotos abaixo] eram cenário de uma experiência inolvidável. Sendo palco da Reforma Agrária foram também cenário de uma experiencia comunitária que os tempos que então vivíamos convidavam a experimentar…
Fui ocupante primeiro e, depois cooperante.
Lá plantei e colhi tomate, semeei searas de pão, de centeio, semei tremocilha para azotar as terras, apanhei e sequei figos, guardei gado... e trabalhei no lagar...
O trabalho do lagar era duro... à noite as mãos gretadas eram um desafio a desistir...
Tenho saudades dos amigos e amigas que lá fiz... do Joaquim Alberto, do Armando, do Zé António, da Manuela companheira do Joaquim Alberto, do Zé Inocêncio... da Cristy a jovem alemã que nos ofereceu uma ambulância, das belgas cujo nome não recordo já, daquela moça de Torres, da Francesca... e porque os últimos são os primeiros tenho saudade do Tó Mê Pê (António Mendes Pinto de seu nome. Um verdadeiro Maltês, que meses depois de eu ter deixado a cooperativa me foi procurar à minha terra para me abraçar e... beber um copo.) e do Lambuças... o nosso "serra da estrela".
Outro dia passei por lá… encontrei isto…
Vidigal, Entroncamento

[As terras, o monte e o lagar de azeite faziam então parte da Cooperativa Agrícola do Vidigal integrada na Cooperativa de Argea]






Ai, tanta terra abandonada, tanta terra sem dar pão!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Esta mulher brinca com a nossa inteligência

Ontem, no debate entre candidatos à CM do Porto, esta mulher conseguiu superar em arrogância Rui Rio.
Crispação, sobranceria e desdém pelos adversários parece que não lhe falta. Foi de todos os intervenientes no debate a prestação mais mal-educada a ponto de não deixar os adversários falar e, imitando o pior estilo de Sócrates, insurgir-se contra o moderador pelo simples facto de este pretender fazer uma síntese da questão colocada.
Adiante que os portuenses decidirão.
...
Hoje, depois da polémica nas europeias, onde a moça quis agarrar o tachinho de eurodeputada vem sem rebuço afirmar que «Perco uma 'gamela' para vir para a Câmara do Porto»

Eu acho que Elisa Ferreira brinca com a nossa inteligência. Ai brinca, brinca…

Submarinos II



Paulo Portas diz que o caso dos submarinos é «história mal contada» e esclarece:
- Não, não foi um! Na realidade para alem desse foram mais estes!

Sumarinos...


A história tem já alguns anitos, é do tempo em que a extrema-direita parlamentar tomou conta de alguns ministérios.
O Bagão montou-se no Ministério da Segurança Social e “ofereceu-nos” o Código do Trabalho [O tal que o PS oposição jurou revogar e que uma vez na governação serviu-se dele para sustentar a sua politica e ainda o agravou.], trocou o nome do Rendimento Mínimo Garantido por Rendimento de Inserção Social [Agora o CDS farta-se de ganir contra o RIS, mas quando esteve o ministério nada fez no sentido de corrigir aquilo que está mal. Conversa… demagogia…] e o Paulo das feiras ficou na defesa e foi o que foi. Estranhamente, só depois da campanha é reactivada a questão dos submarinos e o desaparecimento do contrato dos 30 milhões. Estranho… ou talvez não.
Será que o líder da extrema-direita parlamentar sabe do contrato. Onde para o dito?
O Dr Louçã sugere que se pesquise por entre as sessenta mil fotocópias que o dito cujo levou consigo quando foi corrido do ministério. Calhando não é mal pensado os investigadores procurarem no meio das fotocopias, as vezes por engano podia acontecer, né?