quarta-feira, 7 de outubro de 2009

E o mobil do crime foi?

Ontem em Montalegre, um pai a quem o filhote furtou 20 euros da carteira, dirigiu-se à escola deste e, em plena sala de aula, para uns, castigou o filho punindo-o com uma sova, para outros, espancou a pobre criança.

1 – O comportamento do pai é altamente condenável e passível de consubstanciar uma queixa-crime por violência doméstica. [Este tipo de crime enquadra-se no âmbito da violência domestica]
Todos estão de acordo! Escola, associação de Pais, Psicólogos e GNR.

2 – O crime [a linguagem técnica assim classifica esta acção] deu origem à respectiva queixa, formalizada pela GNR.
Apesar da queixa o Conselho Executivo da escola considerou que o pai teve uma alteração momentânea e desvaloriza o acontecimento.
Psicólogos e Associação de Pais consideram que nada justifica a atitude do pai.

3 – Sobre o móbil do crime que aquele pai cometeu, a razão pela qual aconteceu um acto, irreflectido para uns, e ou um crime sem razão para outros, que foi ao fim e ao cabo o roubo de 20 euros da carteira do pai perpetrado pelo próprio filho, nem uma palavra…
Minto, o rapaz precisa de “apoio psicológico”


2 comentários:

  1. Para que não nos enganemos, como comentário acrescento, que em circunstancia alguma aplaudo o comportamento daquele pai, acho-o também altamente reprovável.
    E digo isto com conhecimento de facto, porque fui filho e tenho filhos.
    Apenas estranho que ninguém faça uma alusão ao facto de a criança ter roubado. Mais, estranho que ninguém se interrogue sobre o destino que aquele pai tinha previsto para aqueles 20 euros…

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  2. O DN de hoje noticia que a Associação de Pais onde o acto tresloucado - agressão de um pai a um filho - [acto tresloucado é expressão minha]fez saber que há crianças, os restantes colegas de turma altamente traumatizados com o acontecido e não conseguem dormir.
    Eu acho, e continuam a ser palavras minhas, que para tudo há um limite.
    Não sou apologista dos pontapés pedagógicos que gente ligada à escola por vezes arvora, como forma de resolver certos problemas mais bicudos, mormente aqueles em que o aluno decide agredir fisicamente, repito fi-si-ca-men-te, o ou a professora; julgo no entanto que esta Associação de País, sedenta talvez de protagonismo, está carecida de alguma pedagogia. Não a do pontapé evidentemente, mas daquela que sugere contenção nas palavras para que elas possam ter efeito.
    As crianças de Montalegre vivem traumatizadas porque um pai deu, sem razão e sem justificação [sem razão e sem justificação são palavras minhas] uma sova no filho?!
    Que posso eu fazer se aquela associação tem sede de protagonismo?
    Entretanto, sem que isto sirva de atenuante, aquele pai já foi à escola e pediu desculpa pelo sucedido.
    Acresce também que a Proteção de menores já tem o caso em mãos e... pois é... pode, se o tribunal autorizar, acolher a criança.
    E, para terminar, recordo que ainda não vi, nem li a condenação do acto inicial, o mobil do crime!

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