sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Reforma Agrária

Há pouco mais de 30 anos (1975/76) estas terras [fotos abaixo] eram cenário de uma experiência inolvidável. Sendo palco da Reforma Agrária foram também cenário de uma experiencia comunitária que os tempos que então vivíamos convidavam a experimentar…
Fui ocupante primeiro e, depois cooperante.
Lá plantei e colhi tomate, semeei searas de pão, de centeio, semei tremocilha para azotar as terras, apanhei e sequei figos, guardei gado... e trabalhei no lagar...
O trabalho do lagar era duro... à noite as mãos gretadas eram um desafio a desistir...
Tenho saudades dos amigos e amigas que lá fiz... do Joaquim Alberto, do Armando, do Zé António, da Manuela companheira do Joaquim Alberto, do Zé Inocêncio... da Cristy a jovem alemã que nos ofereceu uma ambulância, das belgas cujo nome não recordo já, daquela moça de Torres, da Francesca... e porque os últimos são os primeiros tenho saudade do Tó Mê Pê (António Mendes Pinto de seu nome. Um verdadeiro Maltês, que meses depois de eu ter deixado a cooperativa me foi procurar à minha terra para me abraçar e... beber um copo.) e do Lambuças... o nosso "serra da estrela".
Outro dia passei por lá… encontrei isto…
Vidigal, Entroncamento

[As terras, o monte e o lagar de azeite faziam então parte da Cooperativa Agrícola do Vidigal integrada na Cooperativa de Argea]






Ai, tanta terra abandonada, tanta terra sem dar pão!

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