As nacionalizações entraram na ordem do dia, primeiro porque José Sócrates no auge da sua governação, arrogante e prepotente, não se coibiu de mexer na coisa e as nacionalizações passaram a fazer parte do léxico governamental.
[Não! Se o leitor está a pensar que Sócrates fez uma guinada à esquerda e, [roubando a chave ao Dr Mário Soares] foi à gaveta “desengavetar” o socialismo, está muito enganado.]
É claro que Sócrates “nacionalizou” apenas a divida e a “má moeda” da banca, apenas e só isso. O que dá lucro, o que está em alta, continua nas mãos dos privados. O erário público assume, na lógica “socretina” [So… + Cretino] as dívidas e os calotes que uma certa escumalha parasitária vai fazendo.
Também na campanha eleitoral para as legislativas as nacionalizações entraram também na terminologia eleitoral. Tanto o Bloco como o PCP reivindicaram a nacionalização ou não privatização de sectores estratégicos da nossa economia. E a extrema-direita parlamentar, pela voz de Portas, não se cansou de agitar o papão das nacionalizações. Mas também a direita e centro direita parlamentar (PSD + a ala direita do PS, maioritária no partido Socretino) não se cansaram de sacudir o tema. E vimo-los à vez ou ao molho a jurar fidelidade ao liberalismo absoluto.
Vem tudo isto a propósito de uns números divulgados por sindicatos ferroviários acerca do processo de desnacionalização, privatização, fragmentação da CP iniciado em 1992.
Vale a pena ler e reflectir sobre eles.
[Não! Se o leitor está a pensar que Sócrates fez uma guinada à esquerda e, [roubando a chave ao Dr Mário Soares] foi à gaveta “desengavetar” o socialismo, está muito enganado.]
É claro que Sócrates “nacionalizou” apenas a divida e a “má moeda” da banca, apenas e só isso. O que dá lucro, o que está em alta, continua nas mãos dos privados. O erário público assume, na lógica “socretina” [So… + Cretino] as dívidas e os calotes que uma certa escumalha parasitária vai fazendo.
Também na campanha eleitoral para as legislativas as nacionalizações entraram também na terminologia eleitoral. Tanto o Bloco como o PCP reivindicaram a nacionalização ou não privatização de sectores estratégicos da nossa economia. E a extrema-direita parlamentar, pela voz de Portas, não se cansou de agitar o papão das nacionalizações. Mas também a direita e centro direita parlamentar (PSD + a ala direita do PS, maioritária no partido Socretino) não se cansaram de sacudir o tema. E vimo-los à vez ou ao molho a jurar fidelidade ao liberalismo absoluto.
Vem tudo isto a propósito de uns números divulgados por sindicatos ferroviários acerca do processo de desnacionalização, privatização, fragmentação da CP iniciado em 1992.
Vale a pena ler e reflectir sobre eles.
«Em termos de efectivos globais, desde 1992 até 2008 o número de trabalhadores diminuiu 10.218 em todas as áreas, à excepção do núcleo dirigente, onde houve um aumento de 11 gestores e 502 quadros superiores.Daqui resultou que a relação trabalhador/quadro superior, que em 1992 era de 35 para 1, passou em 2008 a ser de 9 para 1...
(…)
Os números não enganam e são arrasadores: Em 1992, a CP tinha um défice acumulado de 178.048.602,87 euros (cerca de 178 milhões de euros); em 2008, o conjunto das três empresas (CP+REFER+EMEF) atingiram o défice acumulado de 433.202.416,46 euros (cerca de 433 milhões de euros), ou seja, entre 1992 e 2008 a CP aumentou quase duas vezes e meia o seu défice acumulado.»
É certo que a história não anda para traz… mas…
[Leia n’O meu tabernáculo, Comboios por Henrique Custódio, jornalista]
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