A crónica que hoje publica no Diário de Noticias, e que reproduzo n’O meu tabernáculo, é disso mesmo um bom exemplo. Baptista Bastos não se fica pela espuma das coisas…
Chamo a atenção para o segundo paragrafo do texto, quando se refere a José Sócrates dizendo que «O homem mente compulsivamente, denegou os testamentos da esquerda, bandeou-se com a direita procedendo às mais graves traições, não possui bússola ideológica, ignora o que são convicções, é destituído de compleição de estadista e cultiva uma mediocridade feliz dissimulada numa incontinência retórica que, amiúde, o emparelha com um vendedor de feira. » mas também para o ultimo paragrafo, e aqui faz toda a diferença com outros opinadores e ou fazedores de opinião que pululam por ai, quando escreve que «Há algo de torpe neste alvoroço. Um ex-ministro, agora protestador grave e atroz, foi, na sombria década cavaquista, controleiro da RTP. E um dos agora acusadores da falta de liberdade era o zeloso varejeiro do noticiário. Não cauciono, de forma alguma, tentativas de domínio da imprensa pelo poder político. Mas não colaboro neste imbróglio, que tem estimulado a perda do sentido das coisas e a adulteração da verdade histórica. A reabilitação de falsos fantasmas apenas serve para se ocultar a medonha dimensão do que ocorreu na década de 80. Os saneamentos, a extinção de títulos, a substituição de direcções de jornais e a remoção de jornalistas incómodos por comissários flutuantes eram o pão nosso de cada dia. Já se esqueceram?»
O problema é este a memória, ser tão curta… Já esqueceram?
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