Sob o título “O POLVO” o semanário “O SOL” continua uma cruzada contra José Sócrates [A verdade é que a personalidade, o carácter – ou a falta dele – a teimosia, as amizades, sei lá que mais, tudo parece contribuir para o cerco que se vai fechando em torno do pior secretário geral em termos político-ideológicos que o Partido Socialista já teve.] a cruzada, porque de facto tudo indica que assim é, tem apesar disso algo que aprecio e louvo, nomeadamente porque a governação socialista e em particular o seu secretário geral, têm estado envolvidos em demasiados casos. È demasiado fumo para ser só fumaça.
Mas o problema é que, muitos dos que aparecem agora como paladinos das liberdades foram os mesmos que durante a década cavaquista fizeram exactamente o mesmo, senão pior, que o que estes agora fazem, como muito bem lembrou o grande jornalista, Baptista Bastos de seu nome, na sua crónica da passada quarta-feira. Acresce e aqui cito Vicente Jorge Silva, n’O SOL de hoje, «com a degradação crescente dos padrões deontológicos e até técnicos do jornalismo português e nunca escondi que alguns alvos das obsessões persecutórias do primeiro-ministro – como o Jornal de Sexta apresentado por Manuela Moura Guedes ou a orientação editorial que José Manuel Fernandes imprimiu ao Público enquanto foi seu director – não mereciam, de todo, o estatuto de heroísmo que lhes foi, ou ainda é, oportunistamente atribuído.»
Repito: o estatuto de heroísmo que é atribuído a Manuela Moura Guedes ou a José Manuel Fernandes, para só referir estas duas figuras é, de todo, imerecido. Eles, um e outro, envergonham o jornalismo sério e responsável. Da mesma forma que a denominação socialista que Sócrates invoca para se classificar ideologicamente é imerecida. Não apenas imerecida, trata-se de usurpação ideológica que nunca partilhou ou subscreveu. Sócrates será tudo, menos socialista que é aquilo que ele quer que nós acreditemos que é.
Repito: o estatuto de heroísmo que é atribuído a Manuela Moura Guedes ou a José Manuel Fernandes, para só referir estas duas figuras é, de todo, imerecido. Eles, um e outro, envergonham o jornalismo sério e responsável. Da mesma forma que a denominação socialista que Sócrates invoca para se classificar ideologicamente é imerecida. Não apenas imerecida, trata-se de usurpação ideológica que nunca partilhou ou subscreveu. Sócrates será tudo, menos socialista que é aquilo que ele quer que nós acreditemos que é.
Mas, sejam uns e outros, o que quer que sejam, nós temos direito à verdade e ninguém nos pode sonegar esse direito.
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