Se enquanto não crente, não católico, não cristão, agnóstico ou mesmo ateu não me intrometo nos assuntos da igreja – não discuto por exemplo o celibato dos padres – porque cargas dágua se imiscuem estas almas na vida da sociedade?
Quando um casal homossexual, pretender “santificar” o nó, submetendo-o à benzedura da igreja, pois bem, reclamem, excomunguem-nos, condenem-nos ao fogo eterno dos infernos, coloquem-nos debaixo do ceptro desse deus castigador e omnipresente que rege e comanda a vossa passagem pela terra… mas enquanto não calem-se que esse ganir incomoda.
Sou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, na medida em que entendo que a orientação sexual não pode descriminar ninguém. Outra coisa é a adopção por casais homossexuais. Sobre essa matéria, salvo melhor opinião devidamente fundamentada, manifesto desde já a minha oposição. Mas isso é matéria para outro fórum.
Aparentemente o JC desconhece o significado de "Liberdade de Expressão". Tiques de um Trostskismo recauchutado.
ResponderEliminarMeu caro
ResponderEliminarJotaCê não desconhece o significado da "Liberdade de Expressão", até porque o que está em causa não é a "Liberdade de Expressão" da padralhada e de tudo o que os cerca e move, o que está em causa é o direito a cada um seguir a sua própria orientação sexual e não ser excluído por isso. O resto é conversa para embalar meninos e ratas de sacristia…
Quanto ao meu hipotético trotsequismo você revela não apenas ignorância, como faz o papel daqueles comentadores parolos que não dão uma para a caixa e de quando em vez mandam uma dessas para a frente a ver se pega. O meu percurso, não é melhor nem pior, mas nunca passou por ai...
Mas claro, você é livre de dizer e de escrever o que lhe apetecer e até tem liberdade para me "insultar aqui em minha casa"...
Sabe o que lhe digo? Passe bem e se puder seja feliz...
Porem se não consegue adormecer sem dar uma bicadinha, lançar um insultosinho, amigo apareça e dê as bicadas que quiser, aqui o "ista" não têm preconceitos nem lida mal com a diferença de opinião e vai publicando os disparates. Do próprio e dos comentadores, mais que não seja para quebrar o tédio….
A Igreja pode tecer considerações sobre o que muito bem entender e tomar posição sobre os assuntos que quiser nomeadamente sobre o casamento civil. O catolicismo propugna uma ética integral para a vida dos homens e das sociedades sendo expectável que os seus clérigos se movimentem quando acham que uma determinada disposição legal afecta a ética em que acreditam. Que o JC discorde deles, é uma coisa; que ponha a questão em termos do tipo «...calem-se que esse ganir incomoda...» é apenas ignorância e parolice com insultos à mistura.
ResponderEliminarO JC não gosta da liberdade de expressão quando ela é usada para expressar ideias contrárias às suas, sim. Terá, no entanto, de as engolir, ainda que em seco.
A igreja tomará as posições que entender. É um direito que lhe assiste e enquanto cidadãos, os padres podem "ganir" [cá está eu a roçar o insulto] como quiserem.
ResponderEliminarO que está em causa é a igreja enquanto instituição arrogar-se no direito de querer referendar algo que não é da sua competência. Pode, se quiser, referendar entre os seus acólitos - mesmo ai não estou certo de haver legitimidade, mas… - mas nunca exigir à sociedade civil que o faça.
Quando aos considerandos marginais repito-lhe; não me incomoda o que você pensa do que eu penso, isso é perfeitamente irrelevante. Mas incomoda-me sobremaneira, que queira, ou queiram, fazer lei dessa moral, desse fundamentalismo que se arroga no direito de moralizar as nossas vidas.
Quando escreve que «O catolicismo propugna uma ética integral para a vida dos homens e das sociedades sendo expectável que os seus clérigos se movimentem quando acham que uma determinada disposição legal afecta a ética em que acreditam.» não está em colisão com , por exemplo, o fundamentalismo islâmico. Antes pelo contrario está em convergência com um qualquer talibã que pretende impor um sistema medieval assente no credo e nas convicções de uma certa casta, de uma tribo ou de um grupo social.
Não meu caro, por muita regressão social que nos imponham, há idade das trevas não voltaremos. Jamais!
Já imaginou que essa lógica permite concluir que também eu, ateu confesso, tenho o direito de exigir um referendo ou mesmo legislar por exemplo sobre o celibato dos padres e das freiras? E olhe, [aqui que ninguém nos lê], confesso-lhe que me arrepia, é mesmo uma dor de alma, ver algumas freiras esvaírem-se, perderem a sua mocidade nas paredes escuras e frias de um convento…
Inté…
Tendo crescido e feito parte de grupos de jovens da igreja católica , durante muitos anos,assisti muitas vezes a actitudes descriminatórias por parte dos senhores padres , que me revoltaram e que ñ faziam sentido nenhum como dizerem em plena eucaristia, para, e passo a citar"quem tiver Sida ou Hepatite B para estenderem a mão no acto da comunhão"...Na altura há uns aninhos atrás,pensei e e os meus amigos que aquela actitude ñ tinha qualquer sentido e ñ era de modo algum coerente com o que a igreja nos pregava,na catequese.Ñ aceito,( por essas e por outras que fui vendo ao longo da vida )que a igreja descrimine seja quem for ,qdo comete absurdos como excomungar uma rapariga por ter feito um aborto (de uma gravidez resultante de uma violação)e deixá-se por excomungar o violador .Afinal quem se julgam eles para" atirar pedras quando têm tantos telhados de vidro".Comecem por ver a quantidade de padres que seguem a orientação sexual que a igreja abomina, e vejam se realmente podem julgar ou descriminar seja quem for.È mais facil ver os defeitos e criticar os outros do que a nós mesmos. Susana
ResponderEliminarEste testemunho (ultimo comentário), se duvidas ainda há, sobre as atitudes discriminatórias da hierarquia eclesiástica, deita por terra toda e qualquer duvida que possa subsistir nessa matéria.
ResponderEliminarO testemunho é de alguém que desde muito nova, por circunstâncias que bem conheço, sentiu na alma e no corpo o peso da santa caridade percorrendo a via-sacra dos que nascem deserdados de fortuna e de direitos.
Obrigado Susana