sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O essencial faz a vida valer a pena



O texto apareceu-me no meu e-mail. Trata-se de mais um texto, de autor brasileiro suponho, como muitos outros que circulam na net. Vagos alguns, profundos outros. Este contudo por razões particulares a que não é alheio o facto de também eu ter descoberto «que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora» fez-me valoriza-lo e partilhá-lo com quem me lê, com quem passa de quando em vez por aqui e dá uma olhada aos meus desabafos, aos meus estados de alma.

Um muito obrigado a quem mo enviou.


* * *


O essencial faz a vida valer a pena.

Contei os meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma tijela de cerejas. As primeiras, ela chupou-as displicente, mas percebendo que faltam poucas, até rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabarolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando os seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projectos megalómanos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milénio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos factos a limpo".
Detesto fazer acareação de desafectos que lutaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
O meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Quero a essência, a minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na tijela, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir dos seus tropeções, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge da sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão-somente andar ao lado do Bem.
Caminhar perto de coisas e pessoas verdadeiras, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.

Projecto: Bom Dia Coração:
Participe dessa ideia, passe esta mensagem para a frente.
Nada neste mundo faz sentido se não tocamos o coração das pessoas. Se a gente cresce com os
golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma.

janemaryabreu@yahoo.com.br

4 comentários:

  1. Já dizia "O Princepezinho" : -"O essêncial é invisivél aos olhos "... É com os olhos do coração,da alma ,que deve-mos ver a vida e para nos ensinar ,não há melhor professor que as crianças, pois estas ficam felizes com atitudes sinceras e puras , com um simples sorriso. E não levam a vida a pensar (por muito, que por vêzes muitas delas sofram)no que não têm, mas sim alegram-se com as pequenas alegrias da vida sem mágoas e rancores e outros sentimentos próprios de quem cresceu e se esqueceu de deixar viva a criança que existe em cada um de nós, que ri ou chora espontaneamente. Felizmente ainda existe quem a mantenha viva e activa. Se for para me tornar num adulto, amargo e sem esperança, não quero crescer. Susana

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  2. Muito bem!
    É isso mesmo:«É com os olhos do coração, da alma, que deve-mos ver a vida».

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  3. deve-mos .... lava-mos ... chupa-mos , que belo português

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  4. Senhor anónimo das 14:45 de 6/6/2010

    A sua observação, embora pertinente, é desprovida de sentido se dirigida ao responsável do espaço. Neste post de minha responsabilidade é apenas o preambulo, o qual diz, repito, «O texto apareceu-me no meu e-mail. Trata-se de mais um texto, de autor brasileiro suponho, como muitos outros que circulam na net. Vagos alguns, profundos outros. Este contudo por razões particulares a que não é alheio o facto de também eu ter descoberto «que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora» fez-me valoriza-lo e partilhá-lo com quem me lê, com quem passa de quando em vez por aqui e dá uma olhada aos meus desabafos, aos meus estados de alma.»
    O autor deixou um endereço «janemaryabreu@yahoo.com.br», porque não se lhe dirige e do alto da sua erudição “lhe explica” que o português, que no caso é português do Brasil, não é correcto?
    Meu caro, minha cara… sei lá quem você é… se escreve e reclama debaixo do anonimato, hà emendas que são piores que o soneto.

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