Parecer do "pai" da Constituição diz que cortes salariais de 2011 não ferem o texto fundamental da República.
Imprensa de hoje
(Por “pai” leia-se Jorge Miranda)
Esta coisa dos progenitores da constituição já cheira mal.
Acotovelam-se todos para receber o abono, todos querem ser os pais da dita. O que vale é que o descrédito a que a coisa chegou já não afecta ninguém.
A paternidade da Constituição lembra-me sempre aquela anedota do militar que queria passar uns dias em casa e resolveu apresentar como justificação que o pai faleceu. Fê-lo por diversas vezes embora de forma espaçada e a coisa resultou sempre.
«Mê sargento, recebi agora mesmo a noticia que o meu pai faleceu.»
De imediato o graduado mandava passar a guia de marcha e o magala lá ia passar uns dias a casa. Espantado com tanta sorte o militar um dia resolveu “matar” a mãe:
«Mê sargento, a minha mãe faleceu.»
O sargento apresentou-lhe os pesamos e deu-lhe nova guia de marcha até à santa terrinha.
O problema surgiu quando ele voltou a "matar" a mãe, ai o sargento retorquiu:
«Pais terás vários, muitos até, não conheço a tua mãe e não sei com quantos homens se deitou, mas mãe, boa ou má só tens uma.»
E o "espertalhão" do magala apanhou dois meses de prisão disciplinar.
Por cá, ou na real, tratamo-la, à Constituição, como se fosse uma meretriz... e é pena a nossa Constituição sendo séria, deveria ser tratada como tal, a começar pela paternidade…
Com pais destes ficamos todos órfãos!
ResponderEliminar