Ontem assistimos, durante o desenrolar daquilo a que se chamou o debate à esquerda, no frente-a-frente entre Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, a uma convergência de opiniões entre as duas forças politicas (BE e PCP) na prossecução de esforços para derrotar o inimigo comum, que é, sabemo-lo a politica de direita, defendida desde sempre por Manuela Ferreira Leite e prosseguida nos últimos quatro anos e meio por José Sócrates, em detrimento daquilo que as desune.
Os comentadores preferiam ver sangue – prefeririam talvez que os antagonistas esquecessem o essencial e se perdessem em questiúnculas que em tudo beneficiariam o inimigo comum Sócrates e Ferreira Leite – não o fizeram. Não o fizeram, bem! Oxalá o modelo pudesse fazer escola no dia a dia, nas lutas populares, nas manifestações, etc…
Oxalá, estes “adversários” se cingissem no futuro próximo à apresentação de ideias e de estratégias para almejar aquilo que um e outro dizem defender que é os direitos dos que trabalha e a defesa dos mais desfavorecidos.
Os comentadores de serviço, sempre os mesmos aliás, desvalorizam o debate, acham-no sem sabor, sonso, etc… , se porventura Louçã e Sousa enveredassem pelo explanar de divergências – e são muitas – logo os comentadores enfatizariam a “armadilha” em que teriam caído, digladiando-se e perdendo uma oportunidade de atacar o governo.
É a velha historia d’O homem, do rapaz e do burro…
A minha leitura em síntese:
Louçã foi mais expressivo, mais convincente e soube explanar com clareza o que o move e o que quer. Foi claro quando clarificou o eleitorado que disputa e o a adversário quem enfrenta. Na mira está o eleitorado do PS e até do PSD, o adversário é inequivocamente a direita e os seus putativos primeiros-ministros Sócrates ou Ferreira Leite.
Jerónimo não esteve à vontade. A natural empatia que gera não foi suficiente para ofuscar a prestação de Francisco Louçã e do Bloco. Ainda assim deixou a ideia de um homem e de um partido empenhado na defesa dos trabalhadores e das suas organizações.
Debates a serio terão quando enfrentarem as feras que o mesmo é dizer Ferreira Leite e José Sócrates.
Louçã foi mais expressivo, mais convincente e soube explanar com clareza o que o move e o que quer. Foi claro quando clarificou o eleitorado que disputa e o a adversário quem enfrenta. Na mira está o eleitorado do PS e até do PSD, o adversário é inequivocamente a direita e os seus putativos primeiros-ministros Sócrates ou Ferreira Leite.
Jerónimo não esteve à vontade. A natural empatia que gera não foi suficiente para ofuscar a prestação de Francisco Louçã e do Bloco. Ainda assim deixou a ideia de um homem e de um partido empenhado na defesa dos trabalhadores e das suas organizações.
Debates a serio terão quando enfrentarem as feras que o mesmo é dizer Ferreira Leite e José Sócrates.
Comentario deixado no "cantigueiro" em 4 de Setembro de 2009 11:38:
ResponderEliminarEvidentemente que o que se passou é de todo inadmissível. Não posso, não podemos tolerar, que o PS de José Sócrates, se envolva em mais uma sujeira destas para se ver livre de adversários. Convenhamos que o PS já veio reclamar inocência, e a presunção de inocência não é valor a desprezar, porem a experiência ensina-nos que este PS não é fiável. E, na verdade “a mulher de César, para além de séria, deve também parecer”.
No caso de estar inocente, que em boa verdade, é uma dúvida que me assalta o espírito, José Sócrates dificilmente sai incólume desta situação. Confesso que não tenho a mínima compaixão por ele, até porque “quem com ferros mata, com ferros morre”. Iria mais longe, Sócrates “está a provar do seu próprio veneno”. Merecidamente diga-se!
Apesar disto, não posso deixar de clarificar que em minha opinião Manuela Moura Guedes está longe de compaginar um modelo de jornalismo serio. Aliás a deontologia profissional da senhora não encaixa em nenhum modelo de jornalismo democrático e responsável, antes pelo contrário. Digamos que também ela” prova do seu próprio veneno”.
O comentário anterior refere-se ao post "Censura está de volta" por erro foi colocado nest post ao qual é totalmente alheio.
ResponderEliminarJota Cê