segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quando o Bloco deixa de ser novidade e incomoda de verdade os poderes instituídos

Ao contrário do que dizem certos detractores do Bloco, a subida eleitoral deste partido é feita a pulso, palmo a palmo, passo a passo… Com verdade, com coerência, com seriedade, com modernidade e com a inabalável convicção ideológica de que o socialismo configura o sistema politico mais justo e mais capaz de, com respeito pelas diferenças, a todos dar as mesmas oportunidades.
Certa gente, que lida muito mal com a caminhada do Bloco, acusa-o de ser levado ao colo pela imprensa. Na verdade esses comentários e observações mais não são que a assumpção de uma imensa dor de cotovelo. No fundo trata-se de desculpas de mau pagador ou vãs tentativas de esconder as suas próprias fragilidades.
É injusta a acusação de que a imprensa traz o Bloco ao colo. Enquanto o BE foi novidade e sobretudo quando, quase que em regime de exclusividade, defensor de temas fracturantes, não escondo que a curiosidade da imprensa pode ter-lhe dado algum destaque. [Pode, não significa que o tenha feito.] Mas, mesmo que o tivesse feito, o mérito cabe por inteiro ao Bloco que soube construir a sua agenda de forma a conquistar esse destaque, ou se quiserem, houve demérito de quem não foi capaz de ganhar a atenção dos “media”. Mas a verdade é que, hoje, particularmente quando a força do Bloco começa a poder influenciar a governação, a determinar politicas a imprensa, fala pela “voz do dono” e o Bloco passa a fazer parte da lista negra.
Basta para tanto ler “O Expresso”, “O Público”, o “Sol”, o “Correio da Manhã ou o “oficioso” Diário de Noticias. Por omissão ou pela mentira a imprensa mas sobretudo o “Expresso” e o “Público” tudo fazem para ignorar ou denegrir o Bloco. Por vezes, talvez adivinhando, ou desejando, uma suposta fragilidade do PCP, eles que tão maltrataram Jerónimo quando este assumiu a liderança do Partido Comunista, hoje desdobram-se em elogios ao mesmo.
Não, não se trata de inveja, é constatação. No fundo “eles” não querem proteger ou valorizar o PCP, na verdade trata-se de apoiar um, quiçá adversário, diria um putativo inimigo do Bloco, para atingir este, como antes poderão ter feito o contrário “acarinhando” o Bloco para atingir o PCP.
Espero que as intervenções de um e de outro (Louçã e Jerónimo) ontem à noite identificando com clareza os seus adversários, não seja uma mera operação de cosmética, cortesia quiçá, e possa fazer escola para que finalmente possamos coexistir nas associações sindicais e populares em defesa dos direitos dos mais desfavorecidos que são os trabalhadores deste país.
È apenas um desejo, em boa verdade creio que esse tempo ainda não chegou.
Quanto à imprensa... pois a voz do dono!


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