A crise é pau para tudo, serve para dar cobertura aos maiores disparates, alguns profundamente contraproducentes. Serve até para que alguns calhordas, incapazes e incompetentes venham à praça para se fazer ouvir.
Neste particular abundam as opiniões dos gestores e economistas, quiçá os principais responsáveis pela crise. Uns por manifesta incompetência, mas nem por isso menos responsáveis, outros claramente por opção, por escolha e por empenho no rumo que as coisas tomaram. Outros ainda por roubo. Roubo puro e simples. Roubar, meter ao bolso o que não lhes pertence.
É claro que no campo da incompetência o exclusivo não cabe por inteiro aos economistas e aos gestores. Alguns políticos, nomeadamente alguns que já assumiram altos cargos políticos, no seu exercício deram provas de profunda inabilidade e manifesta incompetência para as funções. Outros há, cuja personalidade para além de revelar tiques ditatoriais, manifestam igualmente incapacidade. Por vaidade, por personalidade e por aversão à cultura democrática a realidade é que esta espécie fez escola e tem alguns seguidores no activo. Uns em exercício outros a caminho ou posicionando-se muito perto disso. Parecem por vezes diferentes, mas só por fora por dentro são da mesma massa. Propensos para a mentira e cultores do verbo fácil.
Escrever que me surpreendi é exagero, mas a verdade é que não esperava as palavras de Santana. Então não é que o moço veio à liça reclamar um governo de salvação nacional?! Um governo de Salvação Nacional que, nas palavras de Santana, inclua também o PCP.
O PCP e não o Bloco porque estes são demasiadamente contestatários.
O PCP e não o Bloco porque estes são demasiadamente contestatários.
No que às minhas cores diz respeito confesso que não sei se hei-de rir, se hei-de chorar. De facto ser contestatário reconhecido pode ser um trunfo, mas vindo de quem vem… Também fazer parte do espectro da governação, desta governação evidentemente, pode ser um pau de dois bicos. Para o PCP pode ser o ambicionado reconhecimento das suas capacidades governativas, mas vindo de quem vem… não será seguramente para levar a sério.
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