quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

II INTERNACIONAL





"O desvio reformista com o fim à vista"

Os dados estavam lançados. Desfeita a organização internacionalista que teve Karl Marx como figura de proa, doze anos depois era fundada, na cidade de Paris, a II Internacional. Mantém, nos primeiros anos, a matriz socialista-marxista e faz do 1.º de Maio o Dia do Trabalhador. A partir de 1914, entra num impasse: a maioria dos partidos socialistas solidariza-se com a política dos seus governos. No livro O Primeiro Congresso do Partido Comunista Português, o historiador César Oliveira refere que a II Internacional "foi levada ao parlamentarismo e ao legalismo de acção que redundaram num reformismo sem saída". Émile Vandervelde, do Partido Socialista Belga, foi um principais dirigentes da organização que presidiu de 1900 a 1918. A II Internacional reaparece, em 1923, com o nome de Internacional dos Trabalhadores Socialistas, mas sem o vigor de outrora, e também sem qualquer relevo no movimento operário mundial. A partir de 1947 passa a Comité da Conferência Internacional Socialista. Quatro anos mais tarde, assume o nome de Internacional Socialista. António Guterres foi presidente da organização que reúne hoje 162 partidos sociais-democratas, socialistas e trabalhistas de todo o mundo.

DN/Susana Salvador

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