quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Uma boa razão para votar Manuel Alegre nas próximas presidenciais
Valter Lemos prometeu, declarar-se objector de consciência, se o PS porventura vier a apoiar a candidatura de Manuel Alegre.
Conto votar Manuel Alegre. Sinto-me feliz e de bem com a minha consciência, “o meu voto certamente não se indignará” por poder ter a seu lado o de tão sinistra figura, oxalá ele mantenha a palavra…
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Belmiro vomitou.
De uma assentada, o patrão dos patrões, simultaneamente o mais retrógrado de todos eles, varreu os protagonistas da nossa cena politica e não só, [também atingiu os seus correligionários] e a todos intitulou de incompetentes, mentirosos, ditadores e outros epítetos que não chegaram à praça pública. Enfim, adjectivos que a ele assentam que nem uma luva…
O problema, nem é o que ele pensa ou deixa de pensar, o problema é a vassalagem que uns tantos lhe prestam, nomeadamente os fazedores de opinião e alguns patetas que andam por ai a escrever e a dizer umas coisas e que endeusam as palavras da fera.
Enfim, desgraçado povo, que atura e alimenta esta corja.
Reparei que, mais uma vez, Belmiro poupou nas suas criticas Salazar e o seu regime.
Porque será?
- Moços, que há cá que vos retém?
O banqueiro Ricardo Espírito Santo, insurgiu-se ontem contra uma proposta do OE para 2010, que prevê taxar os prémios dos seus correligionários em 50%.
Ricardo, que fora isso, até considera a proposta governamental muito boa, considera que a medida vai afectar a competitividade da “nossa” banca e que pode até provocar uma debandada dos nossos gestores da banca.
Curiosamente eu acho a medida pouco ousada – maneiras de ver é certo – tanto mais que ela não vai devolver a “qualidade de vida” que a corja que desde o 25 Novembro se vem assenhorando do poder nos tem retirando, ainda assim saúdo-a.
Quanto a debandada dos gestores bancários...
- Moços, que há cá que vos retém? Ide-vos, não fáceis cerimonia…
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
21 de Janeiro, dia mundial das religiões.
As religiões tentam responder a uma série de questões, nomeadamente: Quem gere a nossa existência? De onde vimos? Para onde vamos depois da morte? E a morte o que é?
Pois, se fosse isso, ou, somente isso… seria uma filosofia.
Mas não, para alem do negócio -Fátima é apenas um pequeno exemplo. – é também fonte de conflitos. Sangrentos, muito sangrentos.
E aliena, desvia, alucina, exacerba, enraivece, estupidifica…
Marx dizia-a: “Ópio do povo!”
Apesar de tudo há valores que apenas a religião, ou as religiões, conseguiram inspirar e incutir.
Valores, claro!
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Sorrisos!

Não é a felicidade que deles parece transbordar, que me incomoda, antes pelo contrário… Há qualquer coisa, sinistra diria, naquele sorriso algo que não augura nada de bom…
Quando eles se riem assim, o pobre desconfia… Ou já me foderam ou estão-me fodendo!
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Futebois...

Pois, a questão nem sequer tem a ver com o facto de Liedsen, ser ou não ser um brilhante futebolista… a questão é a de não entender a razão pela qual um indivíduo quezilento, mal formado, chega a Director desportivo de uma agremiação como a do SCP. Eu sei que não é para eu entender, mas convenhamos...
Para que conste, declaro que não tenho qualquer interesse no SCP, nem tão pouco simpatizo com o clube, é apenas uma opinião.
PS: As noticias dão agora nota de que o dito cujo já não é director de futebol no SCP, - Terá sido demitido, digo eu… - valha-nos isso!
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Mas a quem é que eu conto isto?
Estranhamente, ou talvez não, a “Instituição Justiça” considerou improcedentes as queixas no âmbito do processo Casa Pia contra o dirigente socialista Paulo Pedroso.
Pedroso passou alguns meses em prisão preventiva, sendo depois libertado e “desligado do processo.
Em face disso Paulo Pedroso exigiu uma indemnização de alguns milhares ao Estado Português e em simultâneo apresentou queixa contra os jovens casapianos que o acusaram. Apresentou queixa por difamação.
Devo, antes de avançar com mais considerações declarar que em todo este processo nunca acreditei na culpa de Paulo Pedroso, nem dele nem de outros arguidos. Trata-se de uma intuição evidentemente, assente naquilo que conheço – e é muito pouco – dos arguidos e das vítimas. Ainda que tenha também a profunda convicção de que efectivamente os jovens foram abusados. Abusados uns, outros prostituíram-se… adiante, que o post não versa sobre esses meandros…
Hoje sou surpreendido com a notícia de que a “Instituição Justiça” considerou que os jovens que Pedroso acusou de falsos testemunhos, considerou os seus depoimentos verdadeiros. Verdadeiros ou, outra qualquer denominação técnica, cujo efeito é o mesmo.
Assim cria-se um imbróglio.
Pedroso não é pedófilo, Pedroso não abusou daqueles jovens, assim o considerou a justiça ao libertá-lo e, os jovens que o acusaram não mentiram, assim o decidiu pela terceira vez, ao que parece, a justiça…
Mas afinal em que ficamos?
Estou desconfiado que, o desfecho da indemnização pedida por Pedroso é capaz de ser diferente, isto é o Estado, que o mesmo é dizer, todos nós, vai pagar uma bruta indemnização a Paulo Pedroso por ter estado injustamente preso num processo em que os que o acusam estão igualmente inocentes…
Como as coisas mudam?!
Os ex-administradores da banca reformados [a peso de ouro], embora reformados usufruem das regalias e mordomias dos colegas no activo, nomeadamente motorista e segurança pessoal.
O emigrante madeirense que virou comendador, insurgiu-se contra essas regalias [pudera, ele que é um dos principais accionistas da banca percebeu que lhe estavam a ir ao bolso…] e ao que parece venceu o braço de ferro. Os ditos cujos perderam algumas mordomias…
Foi o bom e o bonito. Os administradores reformados logo vieram reclamar contra essas percas e, como qualquer militante sindical invocaram a norma “direitos adquiridos não podem ser retirados”.
Como as coisas mudam… então não era esta corja que reclamava contra o excesso de direitos dos trabalhadores, da banca inclusive?
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Soltas: Debate na AR
Hoje, durante o debate na Assembleia da Republica [Tema: Ensino Superior] José Sócrates, sempre ele, respondeu com o maior despudor a uma questão colocada pelo líder do PCP: «Senhor deputado, devia saber que a banca não pode correr riscos!»
Isto porque Jerónimo de Sousa lamentou que nesta questão [Empréstimos aos estudantes para prossecução dos estudos.] com excepção da banca, ninguém tem garantias de nada. Isto porque sabemos, uma “grande” medida impulsionada por Sócrates, consiste em ser o governo a dar garantias aos banqueiros chamando a si a responsabilidade do risco. Isto é; O governo [à conta dos impostos de todos nós] assume o risco a banca fica com os lucros e os estudantes, eventualmente com um curso e uma inscrição nos centros de emprego.
Claro, a banca não pode correr riscos, muito menos percas, tudo isso é para o erário público.
Na minha terra a malta tem um nome para isto, para esta esperteza… que por obvias razões não refiro.
PS: Não está em causa a instituição deste tipo de crédito, nem tão pouco a fiança do estado – é até louvável – o que se questiona é o esforço, a ausência de qualquer esforço da banca e dos banqueiros para com o todo nacional. Para a banca é apenas mais um negócio, uma fonte de lucros…
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Obama e os vencimentos dos gestores
Obama acha deplorável que empresas a quem foram atribuídas ajudas estatais para superar a crise, continuem a pagar chorudas benesses aos seus gestores e administradores.
É certo que por si só estas afirmações nada querem dizer e nada resolvem, porem agrada-me que o presidente Obama não se cale e manifeste a sua indignação perante esta falta de escrúpulos, perante o despudor destes pulhas.
É por estas e por outras, que não sendo o meu presidente, tenho estima pelo senhor.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Não é qualquer pateta que nos ofende, porem...

Vai daí, o moço permite-se largar toda a espécie de baboseiras, tolices e bacoradas na presunção de que é engraçado.
Ontem, permitiu-se insultar – Com alguma subtileza, diga-se. – os alentejanos. Numa crónica que assina no Publico, o moço decidiu marrar connosco e vai daí aproveitou uma reportagem que abordava a presença de médicos cubanos no Alentejo, publicada no dia anterior naquele jornal, onde uma medica daquela nacionalidade fazia referencia ao facto de os alentejanos responderem com um lacónico «Calma doutora!» sempre que lhes faz alguma chamada de atenção.
Aquela cabeça, entalada entre as preeminentes e distintos pares de abanos que o caracterizam, permitiu-se concluir que a referida médica «com a inteligência e a empatia cultural dos cubanos, já descobriu que um dia não muito distante, vai começar a ter calma. (…) até ficar completamente alentejana, se não conseguir fugir dali. (…) Fica aqui um conselho amigo, os alentejanos não só são instáveis como tornam alentejanos todas as pessoas ou coisas em que tocam. Até cubanos.»
É sabido que a um alentejano não é qualquer pateta que o ofende, por mais bacoradas ou marradas que lhe dê, porem esta suposta piadola, género palerma de lacinho, consubstancia uma certa “putice”, tipo marrar por baixo [para causar mais dano] que me incomoda por isso, não obstante o adágio sempre lhe digo, não é qualquer filho da puta que nos afronta, mas quando o consegue não fica sem resposta…
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Capote Alentejano
Quando eu era menino, as brincadeiras estavam sujeitas a épocas: havia então a época do pião, e todos trazíamos o nosso pião no bolso; a época do botão, e os bolsos andavam carregados de botões; a época do jogo da pata, e lá andávamos nós com a pata e bastão nas mãos; a época do jogo do prego, etc…
Os miúdos e miúdas de hoje, terão porventura as suas épocas, com estas ou outras diversões, agora porventura com substancial peso para as brincadeiras tecnológicas, a vida é mesmo isso, e sem se repetir propriamente os ciclos esses continuam….

Pois, mas aí pelos anos sessenta, primeiros anos da década de setenta, em Castelo de Vide, recuperámos o capote, que entretanto caíra em desuso. Creio que a responsável pela iniciativa foi a Escola Preparatória Garcia de Orta. Se a memória não me falha, tudo se deveu a uma aula de história, onde a professora fez alusão aquela característica peça do trajar alentejano…
Depois fomos as arcas e baús, aos roupeiros dos nossos avós e pais e agarramos os que por lá havia. Furados pela traça uns, coçados pelo uso outros, a verdade é que o Capote ganhou nova vida. O meu, comprou-o minha mãe na Loja do Sr Macena (Massena?) na Carreira de Cima.
Usei-o dois invernos, tantos quantos os que depois do seu ressurgimento, vivi em Castelo de Vide, antes da diáspora que então iniciei…
Mas durante essa década, o capote passou a indumentária sazonal para a miudagem do ciclo, tal como os jogos e brincadeiras…
[Post também publicado em "O meu capote"]
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
"Futebóis"
Com o devido respeito aos apaixonados do futebol – adeptos de bancada inclusivamente – ilustrando um pouco a ideia que deixei no post de ontem [Referência ao facto das assinaturas da petição à AR reclamando um referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo género, terem sido recolhidas nos estádios de futebol.] aqui fica um “clip” de uma pequena entrevista a um adepto do futebol [ainda por cima simpatizante do glorioso].
A estruturação das respostas, diria desestruturação do discurso, não é comum entre os adeptos e amantes desta disciplina desportiva – futebol de bancada – aliás, alguns superam mesmo, quer em metáforas, quer no recurso a aforismos e até a estrangeirismos, a dissertação de muitos mestres na língua portuguesa. Outros, com cadeira reservada nas televisões, dissertam sobre a matéria, como se de ciência certa falassem. Enfim…
Por ultimo ressalvo: Gosto de futebol e tenho a maior estima e consideração por quem, ao contrário de mim frequenta esses recintos. Pelo que este post não deve ser levado à letra, mas tão só como um simples apontamento que está longe de caracterizar ou tipificar o espectador de futebol ou o simples adepto desse espectáculo.
Declaro por ultimo que não me sinto no direito de desclassificar ou reduzir quem pensa diferente e ou de quem tem gostos que eu não equaciono, nomeadamente no que confere ao futebol.
Declaro por ultimo que não me sinto no direito de desclassificar ou reduzir quem pensa diferente e ou de quem tem gostos que eu não equaciono, nomeadamente no que confere ao futebol.
Até porque em boa verdade não se trata de bons ou de maus gostos. São gostos e eu… até nem gosto do bom gosto.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Casamento entre pessoas do mesmo genero
Sobre a petição/referendo
Sendo uma ferramenta constitucional da nossa democracia representativa, o referendo tem sido instrumentalizado e servido como arma de arremesso - geralmente por quem está do contra – que como forma de resolver descriminações e problemas legislativos. Foi assim na questão do aborto, quando o padreca do Guterres foi na cantiga do maganão do prof Marcelo e fez a expiação dos seus “pecados” lançando a anátema da decisão sobre a matéria para cima de um povo pouco avesso a envolvimentos e participações desta natureza. Está a ser agora na questão do casamento entre pessoas do mesmo género. Neste segundo caso a questão coloca-se logo no universo dos subscritores da petição, cuja recolha incidiu no mundo bronco dos adeptos da bola; as recolhas das assinaturas ocorreram sobretudo nos estádios de futebol. Evidentemente que a opinião destes adeptos é tão valida quanto a minha, quanto a dos apoiantes e defensores do fim desta humilhante discriminação, porem estou ciente de que aquela ambiência é propensa a uma opinião grosseira, preconceituosa e condicionada a estereótipos ultrapassados e retrógrados que ofuscam a convicção e a reflexão.
Não é a democracia que move os defensores deste referendo, na realidade apenas querem condicionar e meter pedras na engrenagem. Até porque o problema não é uma questão de democracia, mas tão só de igualdade de direitos. Quando a democracia norteia as nossas vidas os direitos não são objecto de referendo ou de discussão, são pura e simplesmente normativos legais.
Sobre a matéria [casamento entre pessoas do mesmo género], já o escrevi, não aprecio, mas não tenho nem admito qualquer reserva mental ou legislativa. No que confere à adopção, apesar do “massacre” a que os meus filhos me sujeitam, defensores que são da inclusão dessa premissa no processo em curso, tenho algumas reservas, que admito preconceituosas, na medida em que envolvem uma terceira pessoa, regra geral em idade que não lhe permite decidir sobre a matéria. Neste particular, apenas por esta razão, tenho reservas, pelo que aceito que a matéria possa ser objecto de um debate mais aprofundado envolvendo técnicos e a sociedade civil antes de uma decisão.
Voltando ao referendo, sobretudo à petição enquanto ferramenta constitucional: Em meu entender deve ser reequacionando a sua validade e o seu papel enquanto instrumento de participação dos cidadãos, porque uma coisa é certa, a petição não pode ser boa quando nos é favorável e péssima quando nos é contrária. A democracia não se compadece com esses conceitos, tende a esmorecer tornando-se pálida… por vezes esfuma-se mesmo.
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Costumes
Um homem feliz
«Reconheçamos que ele [Anibal Cavaco Silva] nunca foi consumidor do pensamento de outros. Kant ensinava que a razão partia das coisas simples e Nietzsche que as ideias nasciam do corpo. Ambos explicavam, afinal, que o difícil seria evitá-las. O dr. Cavaco conseguiu-o. É um homem feliz. »
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domingo, 3 de janeiro de 2010
50º aniversário da Fuga de Peniche
Faz hoje 50 anos, meio século que de Peniche se evadiram 10 prisioneiros políticos, a saber: Álvaro Cunhal, Francisco Martins Rodrigues, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares e Rogério de Carvalho.
Sabe-se hoje que a fuga contou com a conivência de um guarda prisional, José Alves de seu nome. – O qual acabou os seus dias, diz-se, alcoolizado num país da chamada cortina de ferro. – Esse envolvimento do guarda em nada diminui o envolvimento das estruturas clandestinas do PCP, que com essa acção deram mais um a machadada no decrépito regime salazarista. Aliás a fuga só foi possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão sob a orientação do Partido Comunista Português.
Depois, a maioria dos fugitivos, seguiu o seu rumo ligados ao PCP, excepto Francisco Martins Rodrigues que haveria de romper com Álvaro Cunhal tornando-se o pai, papa para alguns, da panóplia de partidos ML que saíram das estruturas do PCP e engrossaram a corrente popular de resistência ao fascismo, atingindo o apogeu no PREC. Dai nasceu a UDP, - na qual militei durante anos – partido fundador do Bloco de Esquerda.
Independentemente dos caminhos seguidos, perante todos inclino-me com prova da minha gratidão ao seu empenho e à sua luta a qual tornou possível o 25 de Abril.
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Fuga de peniche
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