terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não é qualquer pateta que nos ofende, porem...

Miguel Esteves Cardoso tem aquele ar esgazeado e até meio amalucado que uma certa intelectualidade denomina de modernaço.
Vai daí, o moço permite-se largar toda a espécie de baboseiras, tolices e bacoradas na presunção de que é engraçado.
Ontem, permitiu-se insultar – Com alguma subtileza, diga-se. – os alentejanos. Numa crónica que assina no Publico, o moço decidiu marrar connosco e vai daí aproveitou uma reportagem que abordava a presença de médicos cubanos no Alentejo, publicada no dia anterior naquele jornal, onde uma medica daquela nacionalidade fazia referencia ao facto de os alentejanos responderem com um lacónico «Calma doutora!» sempre que lhes faz alguma chamada de atenção.
Aquela cabeça, entalada entre as preeminentes e distintos pares de abanos que o caracterizam, permitiu-se concluir que a referida médica «com a inteligência e a empatia cultural dos cubanos, já descobriu que um dia não muito distante, vai começar a ter calma. (…) até ficar completamente alentejana, se não conseguir fugir dali. (…) Fica aqui um conselho amigo, os alentejanos não só são instáveis como tornam alentejanos todas as pessoas ou coisas em que tocam. Até cubanos.»
É sabido que a um alentejano não é qualquer pateta que o ofende, por mais bacoradas ou marradas que lhe dê, porem esta suposta piadola, género palerma de lacinho, consubstancia uma certa “putice”, tipo marrar por baixo [para causar mais dano] que me incomoda por isso, não obstante o adágio sempre lhe digo, não é qualquer filho da puta que nos afronta, mas quando o consegue não fica sem resposta…

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