Figura lendária da luta pela liberdade, Hermínio da Palma Inácio desafiou a PIDE , levando-a mesmo a cair nas suas próprias armadilhas, para desespero dos inspectores da ex-polícia política.
Antigo militante da LUAR aderiu posteriormente ao Partido Socialista.
Começou a sua actividade de combatente da liberdade aderindo ao "Golpe dos Militares", em 10 de Abril de 1947, um movimento desencadeado pelo general Godinho e pelo almirante Cabeçadas cabendo-lhe a tarefa de sabotar os aviões da base aérea da Granja, Sintra. Esta acção acabou por lhe valer sete meses de clandestinidade, a que se seguiu, a prisão pela PIDE, ficando encarcerado no Aljube, de onde fugiu em 16 de Maio de 1948.
Com a PIDE na sua peugada, seguiu para Marrocos, de onde, após várias peripécias pelos mares, consegue chegar aos Estados Unidos de onde saiu depois para o Brasil.
Palma Inácio, acompanhado de Camilo Mortágua, Amândio Silva, Maria Helena Vidal, João Martins e Francisco Vasconcelos, preparou então uma operação que haveria de acordar Lisboa de espanto - na manhã de 10 de Novembro, um avião da TAP, que partira de Casablanca, é desviado para sobrevoar Lisboa, onde são lançados cerca de 100 mil panfletos antifascistas. Os caças da Força Aérea não conseguem interceptar o avião, que regressa a Casablanca, para desespero do Regime.
No Brasil, o grupo preparou outras operações espectaculares, de entre as quais se destaca o espectacular golpe contra a Ditadura, o assalto à dependência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, operação que mais feriu o regime de Salazar, concretizada em Maio de 1967 com Camilo Mortágua, António Barracosa, e Luís Benvindo.
Depois desta operação nasceu em Paris a LUAR - Liga de Unidade e Acção Revolucionária, que reivindicou o assalto para como operação manifestamente política.
Na capital francesa, Palma Inácio planeou outro golpe, talvez mais arrojado que o anterior, mas que acabaria por fracassar: tomar a cidade da Covilhã. Na sequência desse fracasso é detido pela PIDE. Contudo Palma Inácio volta a fugir humilhando a policia politica do regime, serrando as grades da cela com lâminas que a sua irmã lhe fizera chegar. Nesta operação estiveram envolvidos informadores da PIDE, um tal “Canário” que se havia introduzido na LUAR, e era do conhecimento dos inspectores Barbieri Cardoso e Sachetti,. Ambos os inspectores sabiam da existência das lâminas mas nunca as conseguiram localizar, apesar das inúmeras revistas à cela.
Em Novembro de 1973, é de novo detido pela PIDE, depois de ter entrado clandestinamente em Portugal para mais uma operação, foi barbaramente espancado.
Saiu da prisão em 26 de Abril de 1974.
Perante o combatente da liberdade Hermínio da Palma Inácio que hoje partiu, inclino-me agradecido.
Foi a tenacidade e a coragem de combatentes como ele que tornaram possível Abril.
Antigo militante da LUAR aderiu posteriormente ao Partido Socialista.
Começou a sua actividade de combatente da liberdade aderindo ao "Golpe dos Militares", em 10 de Abril de 1947, um movimento desencadeado pelo general Godinho e pelo almirante Cabeçadas cabendo-lhe a tarefa de sabotar os aviões da base aérea da Granja, Sintra. Esta acção acabou por lhe valer sete meses de clandestinidade, a que se seguiu, a prisão pela PIDE, ficando encarcerado no Aljube, de onde fugiu em 16 de Maio de 1948.
Com a PIDE na sua peugada, seguiu para Marrocos, de onde, após várias peripécias pelos mares, consegue chegar aos Estados Unidos de onde saiu depois para o Brasil.
Palma Inácio, acompanhado de Camilo Mortágua, Amândio Silva, Maria Helena Vidal, João Martins e Francisco Vasconcelos, preparou então uma operação que haveria de acordar Lisboa de espanto - na manhã de 10 de Novembro, um avião da TAP, que partira de Casablanca, é desviado para sobrevoar Lisboa, onde são lançados cerca de 100 mil panfletos antifascistas. Os caças da Força Aérea não conseguem interceptar o avião, que regressa a Casablanca, para desespero do Regime.
No Brasil, o grupo preparou outras operações espectaculares, de entre as quais se destaca o espectacular golpe contra a Ditadura, o assalto à dependência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, operação que mais feriu o regime de Salazar, concretizada em Maio de 1967 com Camilo Mortágua, António Barracosa, e Luís Benvindo.
Depois desta operação nasceu em Paris a LUAR - Liga de Unidade e Acção Revolucionária, que reivindicou o assalto para como operação manifestamente política.
Na capital francesa, Palma Inácio planeou outro golpe, talvez mais arrojado que o anterior, mas que acabaria por fracassar: tomar a cidade da Covilhã. Na sequência desse fracasso é detido pela PIDE. Contudo Palma Inácio volta a fugir humilhando a policia politica do regime, serrando as grades da cela com lâminas que a sua irmã lhe fizera chegar. Nesta operação estiveram envolvidos informadores da PIDE, um tal “Canário” que se havia introduzido na LUAR, e era do conhecimento dos inspectores Barbieri Cardoso e Sachetti,. Ambos os inspectores sabiam da existência das lâminas mas nunca as conseguiram localizar, apesar das inúmeras revistas à cela.
Em Novembro de 1973, é de novo detido pela PIDE, depois de ter entrado clandestinamente em Portugal para mais uma operação, foi barbaramente espancado.
Saiu da prisão em 26 de Abril de 1974.
Perante o combatente da liberdade Hermínio da Palma Inácio que hoje partiu, inclino-me agradecido.
Foi a tenacidade e a coragem de combatentes como ele que tornaram possível Abril.
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