Recentemente, no decurso da Cimeira da NATO em Lisboa, diversos cidadãos europeus, jovens sobretudo, foram impedidos de entrar em Portugal e de juntar o seu grito aos milhares de manifestantes que em Lisboa reclamaram pela paz e exigiram o fim da NATO.
Também em 2001 ou 2002 não posso precisar fui, juntamente com centenas de outros portugueses, impedido de entrar em España para manifestar o meu protesto contra algo de semelhante que iria ocorrer em Madrid. Na fronteira a demonstração de força por parte dos polícias (Guardia Civil) espanhóis era arrepiante, o armamento que usavam mais parecia que se tratava de uma guerra, a consideração e respeito para connosco não existiu. Os “cães” chegaram mesmo a agredir Francisco Louçã e Miguel Portas. Enfim, mais um episódio da “livre circulação” de europeus no espaço comum. Na realidade, circulação livre, apenas o capital e os capitalistas, para os quais não há fronteiras. Para os cidadãos restauram-se as velhas fronteiras sempre que os interesses dos senhores do mundo sejam postos em causa, como recentemente aconteceu com os cidadãos europeus que pretendiam manifestar o seu protesto em Lisboa contra os senhores da guerra.
Em solidariedade com os activistas impedidos de entrar em Portugal, anexo algumas fotos dos acontecimentos de 2002 na fronteira e da manifestação de protesto que organizamos no próprio dia em Lisboa, bem como do grupo que saiu de Setúbal.
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