«Amar alguém ou alguma coisa é principalmente instalá-lo num clima de liberdade, com todos os riscos que a liberdade comporta: desejar é limitar na liberdade; a nós e aos outros!»
Agostinho da Silva
O Tratado de Lisboa tão do agrado de Sócrates e quejandos; dos pseudo socialistas – que não os socialistas – que se acoitam na liderança do PS, mas que em boa verdade não passam de um conjunto traidores e mentirosos; de uma certa pandilha que se asila no PSD e no CDS; dos patrões sanguessugas; dos capitalistas sem alma e sem regras; dos banqueiros sem escrúpulos; dos gestores oportunistas e de toda uma corja de patos-bravos – sem ofensa para a espécie – indigentes e miseráveis que já esfregam as mãos com os milhões que já alvitram nos seus bolsos subtraídos aos direitos, garantias e liberdades dos europeus e emigrantes que têm ao longo dos anos construído a Europa. Esse tratado é um verdadeiro atentado à nossa soberania política e económica.
Embora o SINTEL (Actual SINTTAV Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual) fosse o primeiro sindicato paralelo do país (*) fui seu associado durante mais de duas décadas. Por razões que não interessam ao post, demiti-me desta ORT, e aderi a uma outra com intervenção e uma longa história no sector onde trabalho. A minha “nova” ORT (STPT) não é substancialmente diferente da anterior, por vezes mais parece uma organização de amigos que se protegem e ajudam, bem longe da combatividade que no meu entender deve caracterizar uma organização sindical, porem pratica e cultiva certos princípios que dão substancia à democracia e isso acaba por fazer toda a diferença.
Parece que o Supremo Tribunal terá considerado nulas as escutas a Armando Vara em que são gravadas conversas com José Sócrates, por estas terem envolvido o primeiro-ministro sem autorização prévia do Supremo, como manda a nova lei.
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) congratulou-se com a decisão Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, que “manda” retirar os crucifixos das salas de aula por constituírem da liberdade religiosa. A escola laica é, diz a AAP, o “reflexo de um Estado laico onde, ao contrário dos estados confessionais, a liberdade não é apanágio da religião oficial mas um direito de todas, direito igualmente conferido aos ateus, cépticos, agnósticos e livres-pensadores.”
Se enquanto não crente, não católico, não cristão, agnóstico ou mesmo ateu não me intrometo nos assuntos da igreja – não discuto por exemplo o celibato dos padres – porque cargas dágua se imiscuem estas almas na vida da sociedade?
Não sei onde o PSD quer chegar, segundo o “Expresso” de ontem o PSD, estuda a hipótese de legislar sobre a matéria, no sentido de vir a responsabilizar os responsáveis por essas nomeações.
Sócrates faz bem em afirmar aquilo que todos sabíamos, inclusivamente podia também ter dito que foram colegas de escola, ao que parece cursaram na mesma universidade – não sabemos se o diploma de Vara é de Domingo ou de dia da semana mas isso não importa, o que importa mesmo é a amizade que os une – Sócrates mostra assim que não subalterniza as amizades, mesmo quando elas parecem incomodar.