Sócrates não é apenas o politico arrogante e pretensioso, é muito mais que isso… para pior!
Nas últimas legislativas, no debate televisivo Louçã vs Sócrates, o primeiro-ministro atirou-se ao líder do Bloco por causa da tributação dos PPR e dali não saiu, voltando sucessivamente ao mesmo. A cada questão que Louçã colocava, o artista com um sorriso cínico e olhar de manhoso ripostava: Então o senhor quer tributar as poupanças das pessoas?
Não discuto a valia da medida, está por demais demonstrada a sua justeza. Todos sabemos que apenas os serviçais de um certo modelo de estado sem estado, os neo-liberais e calhandras da mesma espécie, se lhe opõem. Mas não é da medida que quero falar, mas da reacção dos analistas.
Os analistas de serviço, todos a uma só voz, esgrimiram a coisa e concluíram que foi uma estratégia de mestre. Enalteceram até à exaustação a estratégia, a que convenhamos com justiça, chamaram de canina, tipo agarrar o osso e não largar.
Para os ditos Sócrates esfrangalhou, disseram, Francisco Louçã. Um desses badamecos até salivava de satisfação. E em boa verdade o homem agarrou-se ao osso e não largou.
Hoje no debate da AR, Louçã perguntou a Sócrates quanto custa, ou melhor, quanto vale a medida que com o apoio do mano gémeo (Passos Coelho) e de toda a direita se prepara para lançar contra os desempregados.
O primeiro-ministro como vem sendo habitual não respondeu, divagou, disse, desdisse e nada de concreto sobre a questão colocada. Louçã voltou a colocar a mesmíssima pergunta. O governante voltou a divagar, a dizer e a desdizer…
Novamente Louçã no uso da palavra recolocou a questão: Quanto vale a medida contra os desempregados? Em que estudos se apoia para a propor.
Sócrates voltou a nada responder sobre a matéria, apenas confirmou que não tem estudos. Sendo assim como muito bem observou Louçã, a questão é ideológica.
Em suma, os analistas que tanto valorizaram a estratégia de Sócrates no debate da TV, estratégia tipo cão agarrado ao osso. Rosna, rosna e não larga, remetem-se agora ao silêncio quando Louçã repetiu até à exaustão, sem largar, a pergunta: Quanto vale e em que estudos se apoiou para tomar a medida contra os desempregados?
Nem um só badameco veio à praça registar a estratégia e a vitoria no frente a frente, bem como a confissão do primeiro-ministro de que não tem estudo nenhum que credibilize a medida e que em boa verdade a questão é meramente ideológica e resulta de mais uma cedência à direita.
Cedência, à direita é uma maneira de dizer, porque só cede à direita quem não é de direita, ele reforçou o seu espaço político ideológico. Cedência a bem dizer ceder, apenas o fez para o seu companheiro de infantário político. Ambos, Sócrates e Passos fizeram a mesma escola.
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