Na linha a que nos tem habituado o PCP vai ter um candidato próprio nas próximas presidenciais. Ribeiro da Fonte, sem que isso signifique algum mérito, já tinha previsto essa mesma decisão, a qual como se escreveu, ficou seriamente facilitada com o surgimento da candidatura do Dr Fernando Nobre.
Eu creio que a candidatura do PCP não é para levar a sério, como o não será o próprio partido, ao prosseguir com esta politica. Mas cada um é o que é e do PCP só é quem quiser. A decisão é respeitável evidentemente, mas muito pouco credível. O PCP diz que nenhum dos candidatos no terreno Manuel Alegre e Fernando Nobre correspondem ao perfil que o PCP traçou e, grosso modo, nenhum dos dois dá garantias de defender o que o PCP defende.
Creio que tem razão. Na verdade nenhum destes dois candidatos corresponde ao perfil traçado e dificilmente se identificam com o todo do espaço ideológico do PCP. Nada mais certo.
O CC do PCP acertou em cheio, trata-se pois de uma sabia análise e consequente decisão!
Contudo algo fica por entender no que confere a anteriores eleições. Ora vejamos.
No tempo da outra senhora o PCP apoiou Rui Luís Gomes, Arlindo Vicente, apoiou Humberto Delgado, apoiou depois, já em democracia, Octávio Pato e Carlos Carvalhas estes claramente identificados com o partido. Mas apoiou também Francisco Salgado Zenha em 1986 depois do abandono/desistência de Ângelo Veloso e ainda nessas eleições (1986) acabou por dar o seu apoio a Mário Soares.
Será que Rui Luis Gomes, Humberto Delgado, Salgado Zenha, Mário Soares e outros que receberam ao longo dos diversos actos eleitorais o apoio do PC, deram então garantias ao PCP? As mesmas que agora Alegre e até Nobre não dão?
Francamente, este partido não é para levar a sério.
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