terça-feira, 16 de junho de 2009

Algo vai mal no reino da educação

Quando por mês em média se reformam 429 professores, a meio do ano lectivo inclusivamente. A minha filha perdeu dois professores por esse facto no início do terceiro período. Quando tal acontece e em muitos casos com penalização para os próprios professores, que as preferem a continuar no sistema, qualquer pessoa bem formada deve questionar-se com o que se está a passar. Algo vai mal, muito mal, no país quando uma classe profissional com o peso estratégico desta classe, desiste.
Sim desiste. Mas nem sempre a desistência é sinónimo de cobardia, diria antes que são actos de profunda lucidez.
Repito, não critico os professores por decidirem aposentar-se, antes pelo contrário, se estivesse em circunstâncias iguais não hesitaria um só instante em antecipar a reforma. Antecipar é uma maneira de falar, na verdade a equipa ministerial, mudou as regras do jogo a meio, logo não há uma antecipação. Mas, continuando, só por puro masoquismo quem pode sair se mantém no sistema.
Aquela equipa cujo principal responsável é Sócrates, mas onde imperam figuras como Lurdes Rodrigues, Valter Lemos e Jorge Pedreira, para não falar nos pequenos tiranetes que a nível regional vão fazendo das suas, só pode esperar que os professores batam com a porta.
O país não aguenta mais esta gente, o país não pode pactuar com o hipotecar do futuro a toda uma geração.

Chega! Pim!

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