quinta-feira, 25 de junho de 2009

Luz ao fundo do túnel

Como consequência directa da vontade expressa pelos trabalhadores da Auto-Europa, em referendo estes perdem entre 350 a 400€ com a “lay-off” imposta pela administração (10 dias sem trabalho e sem vencimento até ao fim do ano). O Pré-acordo previa uma perca de 48€ (dois sábados no mesmo período de tempo).
Como é evidente foi a vontade dos trabalhadores quem assim o quis e estes, por principio têm razão. Os trabalhadores decidiram, está decidido. Não faz pois qualquer sentido nova votação.
Contudo a CT e os trabalhadores não devem dar o assunto por encerrado, porque a Administração, liberta de um acordo, não desistirá de reduzir os chamados custos de produção, onde se inserem os cerca de apenas 5% de custos de pessoal. É preciso manter a unidade e impedir que o ruído externo quebre o elo de ligação dos trabalhadores com a CT e esta mantenha o discernimento necessário para ultrapassar as vicissitudes do processo democrático em que apostou. Até porque esta não foi a primeira vez que a CT perdeu um referendo sem que tal tenha quebrado o seu elo de ligação à maioria dos trabalhadores.
É com grande satisfação que a CT encara a salvaguarda dos 250 postos de trabalho, bem como a manutenção dos dois turnos de produção.
A CT anunciou que vai “usar todos os meios legais para impedir a aplicação da “lay-off” e para o efeito convocou um plenário já para 2 de Julho.
Em conclusão pode-se afirmar que os trabalhadores da Auto-Europa e a CT, CT que livremente escolheram, continuam a dar provas de maturidade e elevada consciência democrática, sendo nestes valores que assenta a sua força e a sua unidade.
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Também editado no "Preia-Mar"

1 comentário:

  1. O que eu acho estranho é o silêncio... o silencio dos comentadores de serviço que passaram o tempo a malhar no António Chora, na CT e no BE.
    Porque se calam agora?

    Mario Nunes

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