quinta-feira, 25 de junho de 2009

É maluquinha contra o quê?


Manuela aposta tudo na bipolarização. “Cabe aos portugueses dizerem se querem manter José Sócrates ou se pelo contrário querem entregar o poder ao PSD”, diz ela.
Manuela aposta na aparente falta de memória dos portugueses, e já se imagina a cavalgar de novo o poder e com a sua mascara de ferro e insensibilidade social a impor-nos mais do mesmo.
Está enganada!
Os portugueses, apesar desse suposto handicap não esqueceram as mentiras de Sócrates e a sua arrogância e no passado dia 7 mostraram-lhe um cartão bem amarelo. Mas o PSD não ficou melhor na fotografia, os votos que teve foram os mesmos que provocaram a ultima hecatombe social-democrata com Santa Lopes a liderar o partido.
Manuela para ganhar credibilidade acena com um se for governo “Não aumentarei impostos” e espera que o pessoal acredite. Francamente, a sua governação, ela foi ministra não o esqueçamos, foi tudo menos exemplar. E no que confere aos impostos os aumentos que provocou não foram pequenos.
Manuela que disse não ser “maluquinha contra os comboios” [É maluquinha contra o quê?] entende que o país não se pode endividar mais. Se o país não estivesse endividado…
Enfim um discurso de economia de camponês, ao jeito de um tal Oliveira Salazar que não queria dividas e pretendia ter os cofres a abarrotar enquanto a malta penava as passas do Algarve. Por outro lado Ferreira Leite fala como se os governos do PSD se pudessem orgulhar do que fizeram enquanto gestores do país.
[Se não causar mau jeito, se, se lembrar Dª Manuela diga lá se faz favor onde foram parar os milhões que entraram no país quando vexas foram governo. (Em vexas incluo o Sr. Aníbal.) Onde para esse dinheiro?]
Pessoalmente considero que há investimentos faraónicos que podem comprometer gerações que devem ser bem ponderados. Não vejo por outro lado grande necessidade no TGV, trata-se a meu ver de uma “modernice” insustentável para quem tem tantos problemas de emprego e de pobreza. Contudo a Manuela Ferreira Leite falta-lhe autoridade moral para criticar esses investimentos, tanto que foi um governo, em que foi ministra, quem primeiro rubricou com Espanha esses acordos.
[Sobre o manifesto dos economistas, apenas lembro que a esmagadora maioria dos subscritores, foram ministros e estiveram ligados aos piores exemplos de gestão económica deste país. Alguns são os pais deste atoleiro em que nos encontramos. Não têm moral para falar.]
Ontem, ouvi um argumento interessantíssimo sobre o endividamento, consiste no seguinte:
“Se alguém se endividar para jogar no casino, estamos perante um mau negocio, uma divida ruinosa. Se, por outro lado o endividamento servir para tirar um curso ou algo que possa contribuir para a valorização das pessoas é um bom endividamento.”
Desconfio que na base do pensamento de Manuela Ferreira Leite, este raciocínio não funciona, digamos que ali funciona mais o raciocínio do pequeno agricultor, estilo politica de sobrevivência. Aqui um canteiro de couves, acolá de batata… arranca a batata, a terra está fresca, semeia feijão. Com todo o respeito para com os agricultores, de onde aliás provenho.
Manuela, vá pregar para outra freguesia, o seu discurso tresanda a bolor. Tem tanto de bolorento quanto o de Sócrates tem de incompetência e arrogância.

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