Da sua obra destaco entre outros:
- Sangue negro (1923)
A epopeia do trabalho (1926)
Emigrantes (1928)
A Selva (1930)
Terra Fria (1934)
A tempestade (1945)
A lã e a neve (1947)
A missão (1954)
Os fragmentos (1974)
Ferreira de Castro faleceu há precisamente 35 anos, em 29 de Junho de 1974
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Vida e obra [Texto retirado da “Casa Museu Ferreira de Castro” (Aqui)]
José Maria Ferreira de Castro nasceu a 24 de Maio de 1898, no lugar de Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis. De origens humildes, órfão de pai, a sua educação foi rude e exigente, influenciando a sua personalidade triste e amargurada. Em 1904 entra para a escola primária de Ossela, que lhe confere as únicas habilitações que possui, motivo do qual se orgulhava. Interessa-se desde muito cedo pela leitura, adquirindo todas as obras de cordel que a sua parca condição financeira podia suportar. Passa os primeiros anos da sua vida em intensa comunhão com a natureza do vale banhado pelo rio Caima, em Ossela.
Aos 12 anos de idade emigra para o Brasil, passando parte da sua adolescência, de início no Seringal Paraíso, no interior da Amazónia, e posteriormente, em Belém do Pará, onde trabalhou arduamente para conseguir subsistir. Em 1916 consegue publicar o romance "Criminoso por Ambição", que distribui porta a porta. A partir daí, começa a colaborar com alguns jornais locais, estabelecendo, a pouco e pouco, relações com pessoas que lhe abrem o caminho na vida jornalística. Produz e pública, por esta altura, algumas novelas, que, apesar de renegadas mais tarde, lhe começam a conferir alguma notoriedade. Contudo, só em 1928, com a publicação de Emigrantes, se inicia definitivamente a sua carreira literária, alcançando notória consagração em 1930, ano em que publica a Selva, a obra lusófona com mais traduções feitas. Com este sucesso editorial, quer em Portugal, quer no estrangeiro, consegue, através da publicação de diversos e sucessivos êxitos literários, alimentar a auréola da notoriedade até falecer, em 1974, com 76 anos de idade. Mas, para além da notoriedade literária, a personalidade humanista de Ferreira de Castro, que tão bem alimentou a sua obra, constituiu uma referência cívica e moral na luta contra o regime ditatorial e em prol dos direitos humanos.
Outro link sobre Ferreira de Castro
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