quinta-feira, 18 de junho de 2009

É preciso não ter pitada de vergonha!

Todos sabemos que a introdução do tema TGV em Portugal é obra de um governo, do qual José Pedro Aguiar-Branco foi ministro.
Independentemente do que cada um pensa sobre o assunto – Eu faço desde já a minha declaração de interesses sobre a matéria. Assim apesar de o partido em que tenho votado, não se opor ao TGV, eu sou totalmente contra a iniciativa. Considero-a fútil e desnecessária, não acrescenta nada de significativo ao que temos e é incomportável para a bolsa dos contribuintes portugueses, os quais, se o processo for avante, acabarão por ter que o pagar e, por outro lado, é um empreendimento que vai invariavelmente comprometer uma geração que não pode ainda ser ouvida. – entendo que tem que haver honestidade na argumentação, seja ela a favor ou contra. Pois bem, ontem Aguiar-Branco deve o despudor e o descaramento de, tal como o fez nos últimos dias, manifestar total objecção ao projecto.
Mas afinal em que ficamos? Não foi o PSD e o governo onde Aguiar-Branco foi ministro quem assumiu os primeiros compromissos sobre a matéria? Então o TGV é bom se for obra do PSD e é mão se for obra do PS?
Francamente, vergonha e ética não abundam naquela bancada.

Nota: Do debate da moção de censura de ontem ressalta ainda um primeiro-ministro a tentar uma nova imagem, mais cordata, mais humilde… porem a ser traído pela sua própria natureza, em cada instante e em cada interpelação. O homem não tem emenda é mesmo assim e quer continuar nesse mesmo rumo

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